OlíviaNa manhã seguinte...— Minha nossa senhora, que coisa mais linda é essa?! — Victória fala assim que entro na cozinha chamando a atenção de Anne, que está dando papinha para os bebês. Ambas me olham com curiosidade da cabeça aos pés e eu começo a me arrepender de caprichar tanto no meu visual.— O que houve com você? — Anne inquire ficando de pé.— Eu... exagerei, não é?— Exagerou? Meus Deus, garota você está arrasando! — Respiro fundo me sentindo incomodada— Tudo isso é para aquela perdição do Senhor Duran? — Minha amiga inquire e eu reviro os olhos.— Não. Na verdade, não é para ninguém em especial. Só quero me sentir bem comigo mesma — minto.— Sério? Não é o que parece.— Ok, acho que vou tirar isso tudo antes que eu...— Nada disso, mocinha! Você está linda e é isso que importa.— Tem certeza?— Você vai chamar a atenção dos homens daquele escritório inteiro, pode apostar. — Suspiro para o seu comentário e decido me desviar dessa conversa um pouco para dar a devida atençã
Athos— Ok, vamos para os tópicos dessa reunião — digo para uma equipe de advogados que circundam a mesa retangular da sala de reuniões e logo um a um começa a falar sobre os seus avanços e as dificuldades com suas respectivas audiências. No entanto, vez ou outra me pego verificando o relógio no meu pulso. Já passa das oito e meia e ela ainda não chegou. — E quanto ao caso do desfalque da fábrica de laticínios? — questiono usando o meu habitual tom profissional. Ok, estou lutando para manter o meu foco aqui e agora, mesmo depois de uma noite em claro com a perturbadora imagem de Olívia entrando naquele carro, mas está difícil. O Tim do elevador anuncia a chegada de alguém e o meu coração dispara por antecipação, porém, ele logo perde o seu ritmo quando vejo o zelador passar pelas portas metálicas. — Muito bem, estou orgulhoso de vocês e espero que continuem assim. Já podem voltar para os seus trabalhos. — Encerro a reunião e volto para a minha sala. Bo entanto, não demora para a porta
Olívia— Você me prometeu que ele não estaria em casa — ralho em um tom de confidência para ter certeza de apenas o Artêmis me escutou e sentindo-me um tanto chateada com essa situação.— Me desculpe por isso, Olívia! O meu irmão idiota tende a fazer o que quer e quando quer. Eu tinha certeza de que ficaria no escritório o dia todo com sempre faz, mas não se preocupe, ele não vai te aborrecer. — Suspiro audivelmente.— Não sei, acho melhor eu ir para casa, Artêmis.— Nada disso, você é a minha convidada e ele pode se retirar se quiser. — Me pego sorrindo, mas acho que é de nervoso mesmo.— Você não existe, Artêmis. — Meu amigo abre um sorriso que me lembrar com perfeição o sorriso do meu chefe e para desviar os meus pensamentos de tal observação, resolvo mudar o rumo dessa conversa, e claro, mudar essa atmosfera melancólica que eu odeio.— Vamos, prove do penne ao molho branco. É o meu prato preferido.— Hum, parece gostoso!— Acredite, é o melhor dessa região. — E graças a Deus mante
AthosEstou me despedaçando. Tudo dentro de mim está em ruínas agora. Falar sobre o meu passado com o meu presente é mais do que a minha própria destruição, é o meu exílio e eu sei que quando chegar no final dessa conversa, ela irá embora de vez. Portanto, não ouso olhá-la nos olhos. Não quero encontrar o seu julgamento neles e menos ainda a minha condenação. Ela sente muito, mas estou tão acostumado com toda essa lama me sufocando que já não sinto mais nada....— Nossa mãe lhe ofereceu uma quantia, Athos. — Meu irmão disse quando lhe devolvi o celular. Contudo, o fitei com tanto ódio e com tanto rancor. A minha garganta se fechou de um jeito que a respiração passava por ela com dificuldade. — E ela aceitou o acordo. Quinhentos mil dólares mais as passagens para fora do país e uma cobertura para morar. — Completou. — Saia daqui! — ordenei, mas ele continuou lá parado me olhando. Eu queria gritar com alguém, quebrar alguma coisa e Deus se ele ficasse ali na minha frente eu não hesita
Athos— Obrigada, Athos, você pode ir se quiser. — Ela diz deixando um beijo rápido na minha boca. Contudo, não consigo me contentar tão pouco e antes que ela consiga se afastar de mim, seguro no seu braço e a puxo para beijar-lhe como deveria ser. Cheio de intensidade e quando afasto-me só um pouco, encosto a minha testa na sua contendo a minha necessidade de estar com ela. — Tchau! — Ela sussurra meio ofegante e eu me forço a me despedir dela. Observa-la sair do meu carro e caminha alguns poucos centímetros para longe de mim me deixa inseguro, completamente ansioso e eu não penso duas vezes em sair do veículo para ir atrás dela.— Olívia? — A chamo sentindo-me um menino necessitado dos seus cuidados e atenção, e o simples fato de ela olhar para trás acalma tudo dentro de mim. — Eu vou com você... se você não se importar, claro. — O seu sorriso me dá a carta branca que eu precisava.— Você tem certeza?— Tenho certeza.— E a reunião? — Dou de ombros.— Ela pode esperar. — Aproximo-me
Athos— Você disse que não acredita no amor, Athos. — A voz de Olívia me traz de volta a essa doce, porém, agoniante realidade. — Então olhe para o que você fez, Athos Mazza. Eles são a versão mais pura do amor verdadeiro. — Ela sibila parando do meu lado e logo sinto a sua mão afagar as minhas costas. Ao ouvir as suas palavras choro feito um menino, completamente rendido a um sentimento devastador. Algo que eu não sentia a tanto tempo. Portanto, sem forças ajoelho-me na lateral cama e mesmo com os meus olhos embaçados continuo a fitá-los com a imagem mais surpreendente que eu já tive na minha vida.— São meus filhos, Olívia — confirmo entre soluços. — Meus! — digo com uma posse palpável.— Sim, eles são seus. — Por um minuto paro e respiro fundo, muito fundo mesmo e tento me conter. Sinto que algo se partiu aqui dentro do meu peito. Quebrou-se em mil pedaços e quando tudo começa a girar ao um redor seguro firme na grade de proteção do berço e logo tudo dentro de mim começa a se aquec
Olívia— Oh, céus como você consegue fazer isso? — resmungo completamente ofegante após um orgasmo de arrasar quarteirões. Satisfeito com o meu comentário, Athos se deixa cair ao meu lado e sorrindo, ele encara o teto.— E então? — indaga entre uma respiração e outra, e intrigada ergo parcialmente o meu corpo, apoiando a minha cabeça em uma das mãos para fitá-lo com uma nítida interrogação.— Não está usando o sexo para me convencer a vir morar na sua mansão, não é? — Ele me lança um olhar divertido e me beija rapidamente em seguida.— Assim você me faz sentir sujo, Senhorita Martin! — ralha com diversão.— Athos, é sério isso?! — O repreendo, mas é impossível não rir desse seu jeito descontraído que devo admitir, estou amando.— Pense comigo, Olívia. Você vai poder dormir todas as noites com os meus beijos e acordar eles todas as manhãs, hum? Sem falar nesse corpo espetacular que estará ao seu dispor sempre quiser. — Não segura uma risada sonora.— Você nem é pretencioso. — O ataco c
Olívia Não é um grito, mas o seu rugido ecoou tão alto e tão forte dentro dos meus ouvidos que me fez estremecer inteira. — Athos, eu posso explicar! — Suas sobrancelhas grossas se unem de uma forma assustadora e receosa, recuo um passo para trás. — Eu fui conversar com o Edie... — Senhor Duran! — Lanço lhe um olhar confuso. — Como? — Para você ele é o Senhor Duran! — Ele rosna entre dentes. — Eu só... fui lá para dar um basta. — Athos arqueia as sobrancelhas de uma forma sarcástica e eu reviro os olhos internamente. — Eu pensei que já tinha dado um basta nesse assunto com ele. — Você não o conhece como eu o conheço. Ele precisava ouvir isso de mim, entende? — Então ele sorri, mas de um jeito bem maldoso. — E para dar um basta vocês precisavam se beijar? Que merda você está tentando me dizer, Olívia?! — Dessa vez ele berra e eu me sinto agitada. — Não grite comigo! — Solto um rugido baixo o enfrentando. — Foi um beijo inesperado e se o Senhor o viu acontecer, deve visto o mom