Acordei com uma sensação estranha no estômago.
Ao olhar à frente noto que estamos descendo uma queda d'água! Fiquei desesperado por ver a altura que estávamos caindo, mas logo o Rollet ativou jatos de água que puxava da própria cachoeira, os quais diminuíam a velocidade da queda até o impacto na água ser grandemente reduzido. Seguimos saindo do rio por uma trilha estreita com galhos e pedras que tornavam a experiência um pouco desconfortável.
– Que rota interessante você escolheu para nós Baboo? – disse ironicamente.
– É um atalho. Relaxa! Logo ficará melhor – disse Baboo relevando minha provocação.
Finalmente saímos da
Levantamos nós três mais cedo que Joel e Baboo para treinar, e quando eles chegaram à sala de treinamento duas horas depois, estávamos intercalando os exercícios, fazendo-o da seguinte forma: Enquanto dois atacavam um defendia.– Muito bem! – participou Joel.– Notamos que estão realmente envolvidos e com vontade de aprender. Excelente desempenho na defesa corpo a corpo Isabela! – prosseguiu ele.Agora podemos ensiná-los a manusear facas e espadas – comentou Baboo.Enquanto ele ensinava as meninas a manusear a espada, Baboo me ensinava a usar a faca, ou melhor, a adaga que havia ganhado dela. Ela era de fato muito habilidosa. Extraía de mim todo o potencial que nem eu julgava ser capaz de ter, d
Lembro-me de que havia uma parede de tijolos à vista, uma árvore grande e velha e um pouco de grama meio seca debaixo do sol quente. Meu pai e eu conversávamos sobre as dificuldades da vida e de como alguns momentos bons haviam nos marcado. Ele era um homem demasiadamente ocupado para termos conversas como aquelas. Um empresário bem sucedido, de uma fama e caráter desigual, claro, para os outros era grandioso e, para nós, bem, tínhamos um empresário que em alguns momentos se fazia pai. Ele fazia seu melhor.Especialmente naquele momento, divaguei em meus pensamentos numa recordação valiosa. Com um olhar compenetrado e sério me disse:— "Filho, não importa o que você deseje. Um homem não pode fugir do seu destino. Encontre o seu".Nossos olhos contemplaram o que havia à frente. Uma esfera gigante que representava Belácia.<
"Intensa" era a melhor palavra para descrever aquela noite.Acordei algumas horas depois de termos nos deitado, não sabia dizer que horas eram, apenas que era de madrugada. Não vi Isabela. Acordei Léa, e sem muito alarde saímos em busca de Isabela, andando nas proximidades do lugar onde estávamos alojados e... — Olhe, Rick! Um respirador! Deve ser da Isabela! Onde será que ela foi parar? Eles a levaram? Nós não conhecemos essa gente, Rick! Ela é apenas uma menina! — disse Léa completamente preocupada. Eu também estava, mas sabia que não tinha nada a ver com os belacianos.— Léa, vamos continuar procurando — disse sério e muito apreensivo.Encontramos seu respirador em cima de uma mureta próxima a escadaria que saía do terreno do palácio do Governador, mas nada dela. Mais preocupados do que antes voltamos para o aloj
A selva tinha um cheiro estranho.Aquelas árvores, além de vermelhas, eram duas vezes maiores que as árvores históricas da Terra, mosquitos pretos grandes que não picavam, mas tínhamos que os tocar de nossa visão constantemente. O chão úmido era repleto de plantas carnívoras amarelo-mostarda, pequenas, bastava cair em cima delas para que elas devorassem algum de nós.Não sabíamos para qual direção seguir, com aquela escuridão não seria tão fácil encontrar o que procurávamos, então, fomos ao centro da selva. O Ovo de Ezcrat estava lá em algum lugar, mas não fazíamos ideia de onde, portanto, nos separamos em dois grupos para cobrir maior território de procura, mas estávamos sempre na visão uns dos outros.A selva tinha uma pequena inclinação que nos fazia descer indo em
No jardim andamos calmamente e paramos junto a um banco de madeira vermelha, muito bonito, com forma de animais esculpidos nele, como tessínios, túllos e madrícos, iguais aos outros bancos.Os túllos lembravam cachorros pelo seu comportamento, mas na aparência eram animais pequenos de aproximadamente quinze centímetros, com apenas duas pernas, cauda curta, pele castanha clara com manchas beges pelo corpo, sem pelos, com duas asas bem pequenas no lugar dos braços; cobertas por penas e a cabeça era muito parecida com a de um Bicho-preguiça. Já os madrícos eram animais de carga com quatro patas iguais às de urso e unhas grossas, corpo forte, dois metros de altura, andavam com as quatro patas a maior parte do tempo, como ursos, peludos da cor cinza claro, uma casca marrom grossa nas costas para suportar o peso e uma feição dócil, era
Sentamos nos bancos entalhados. O processo de acordar o Ezcrat chamou a atenção dos tessínios, por isso havia muitos voando e sobrevoando o jardim, que o deixou mais belo.— Você já sabe como pretende chamá-lo, Isabela? — perguntou Léa curiosa.— Não, mas tenho uma ideia — respondeu Isabela.— E quais são suas sugestões? — especulou Léa.— Lily, Dida ou Belinha... — disse Isabela torcendo a boca.— Sério? — retrucou Léa um tanto impressionada com as sugestões.— Claro que não, Léa! É brincadeira!
No dia de seu nascimento eu estava lá, em pé, ao lado da mesa de cirurgia, acompanhei cada segundo de seu nascimento. Quando o médico obstetra começou a cortar a barriga de Rubi eu já filmava acompanhando tudo desde o princípio. Vi-o cortar as três camadas de pele, rasgar a bolsa e puxá-la para fora, que com um choro começou a experimentar a vida.Ela nasceu saudável, com três quilos e trezentos gramas e quarenta e nove centímetros.— Quer cortar o cordão, pai? — perguntou-me o médico obstetra.— Posso? — retruquei imediatamente. — Claro! Venha cá — disse o médico...
Seguimos junto com os outros e minha sensação de que algo muito ruim em breve aconteceria estava aumentando.— E o outro ovo, Rick? Descobriu algo? — perguntou Léa.— Não descobri nada ainda — respondi.— Elgie, e você? — perguntei voltando os olhos para ela novamente.— Também não descobri nada — disse ela. — A única coisa que descobri é que ele não é de nosso planeta...— Como assim, Elgie? — perguntou Baboo se atraindo para a conversa. — Como ele veio parar aqui então?— Não sei. Mas sabemos que não &e