Sonhei com o homem que tinha nos atacado no trem.
Ele desceu de helicóptero em frente a um edifício branco com bastantes soldados o protegendo. Eu não sabia que lugar era aquele, mas sabia que ficava em Liandria, o céu esverdeado denunciava isso. A aparência do homem ainda estava bem acabada por conta da luta que tivemos.
- Bem vindo de volta, senhor Staltz.- Disse um dos soldados.
- É, tá, tá. Por que me chamaram aqui, hein? Que saco.
- O senhor grão general quer vê-lo.
- Aí, só me faltava essa...
O homem que se vestia engraçado empurrou o soldado em sua frente e entrou.
Logo dentro do prédio, ele passou por uma grande sala com algumas pessoas vestidas de soldados mexendo em computadores e falando em telefones(Eu havia descoberto o que eram essas coisas hoje). Ele então virou no corredor até entrar em
Já era manhã. Da floresta seguimos por uma estrada, provavelmente os carros que estavam passando acharam que éramos um bando de sem teto, já que estávamos sujos e com as roupas rasgadas por conta da luta que tivemos contra meu ex-general louco da cabeça. Quando finalmente havíamos chegado na fronteira com a Jacsônia nos deparamos com um posto de observação militar. Lá haviam vários soldados de guarda, uns vinte no todo e estavam bem armados, o que impossibilitava a entrada de qualquer um sem inspeção.- E agora? Como vamos passar?- Perguntei.- Deixe comigo.- Ophelia disse antes de ir até um dos soldados, nós a seguimos.- Quem são vocês?- Ele perguntou. Em sua farda estava escrito ‘’Jean’’. Ele tinha olhos verdes e seus cabelos eram vermelhos igual ao fogo, além disso tinha pequenas sardas p
Estava tendo outro sonho.O homem mal e uma mulher que eu não conhecia estavam tomando chá juntos em um quarto. Essa mulher tinha um cabelo loiro comprido puxados para trás em um rabo de cavalo, além de olhos azuis. Devia ter mais ou menos a idade da mãe de tio Morelo, pois já haviam algumas poucas rugas em sua cara.- O que você acha, Heutz? O ataque vai dar certo?- Ela perguntou.- Staltz é louco, mas é eficiente. Eu confio nele pra fazer esse trabalho.- Ele já deve estar chegando por lá a essa altura.- Sim.- Ophelia deve estar por lá. A feiticeira também...- Sim...- Isso não te preocupa? As duas juntas podem ser perigosas.- Nem um pouco. Ophelia é ingênua. A essa altura do campeonato é capaz dela estar presa ou morta. Ela não é ciente d
As coisas estavam feias onde Klaus e Cara estavam. Os dois se encontravam caídos no chão e o encouraçado estava com a mira neles. Cara então se levantou, mas não parecia a Cara, ela estava com um sorriso cruel.- Ei garota, tudo bem?- Perguntou Klaus, mas Cara respondeu o jogando longe com uma onda de choque. Ela então bateu seu pé no chão e um tremor se iniciou. Foi tão forte que todos os soldados perderam o equilíbrio e caíram, até mesmo Staltz. Pedaços enormes do chão começaram a se desprender e a flutuar ao redor Cara, ela os disparou para vários lados, inclusive pra cá, por sorte eu e o chanceler conseguimos pular antes que nos acertasse. Uma outra pedra foi na direção de Staltz que simplesmente a explodiu
Já estávamos voando a um pouco mais de uma hora. Graças ao radar da aeronave, conseguimos passar longe dos caças inimigos. Estávamos sobrevoando longas planícies nevadas, com algumas poucas e pequenas contruções. Havíamos chegado em alguma cidadezinha bem afastada da capital.- Estamos quase deixando o território da Jacsônia.- Disse Ophelia.- Ótimo, podemos relaxar finalmente.- Provavelmente falei cedo demais, pois o radar começou a apitar.- Tem alguma coisa vindo.Olhei pela janela e vi um caça de Liandria vindo em noss
Eu voltei para a casa do doutor de madrugada, a essa hora todo mundo já devia estar dormindo. Me sentei no parapeito da varanda e fiquei observando o céu. Ele extremamente límpido, diferente do de Liandria, que tinha um tom verde e quase não dava pra ver nenhuma estrela. Eu havia tomado minha decisão, era óbvio que continuaria a lutar contra Liandria. O que mais eu poderia fazer? Só que eu percebi que não podia prosseguir sozinha... Eu que tinha tanta fé em meus poderes... Pensei que poderia lidar com Heutz sem ajuda, pensei que venceria Staltz facilmente, achei que com o suporte do exército da Jacsônia poderia enfrentar Liandria. No fim, tudo que eu arrumei foram derrotas atrás de derrotas e em todas essas situações, eu precisei de ajuda para sair viva. Eu finalmente percebi o quanto aliados eram importantes, por isso precisava daquelas pessoas que estavam dentro dessa casa.Enqu
Por quanto tempo estava desmaiada? Não sabia dizer, mas mesmo desse jeito eu sabia o que havia feito. Eu vi tudo, como se fosse um sonho, só que real. Como eu pude? Matei tantas pessoas. Eu não sabia nem se eu deveria acordar, acho que todos ficariam mais seguros se eu não acordasse...De repente eu me vi em uma estrada de tijolos, olhei em volta e não havia mais nada além dessa estrada, era como se ela estivesse flutuando no meio do nada. Fiz a única coisa que podia fazer e segui em frente.Amedida que fui avançando pude ver ao longe um lugar estranho, parecia um castelo, só que feito de vidro. Havia dormido apenas umas três horas, não era nem perto de ser o suficiente, mas foi o que eu consegui. Minha cabeça estava cheia com tantas coisas, a nossa derrota na Jacsônia, a resposta que doutor Fischer nos pediu e Fritz... Que saudades dele. Apesar de tanta coisa ter acontecido, não fazia nem uma semana que ele se fora, e a minha dor ainda não tinha ido embora. E após ontem, um pensamento ficou agarrado à minha cabeça... A libertação de Luniantes não parecia estar nem um pouco mais perto de acontecer. Será que... Fritz se sacrificou em vão? Esse idiota devia estar rindo de mim lá de cima, já que sempre dizia que eu pensava demais. Ele dizia que se perdesse tempo demaiKlaus
Em uma hora estávamos prontos para ir. A nossa bagagem se resumia a uma mochila que estava nas costas de Morelo. Nenhum de nós achou uma boa idéia levar mais do que necessário, pois poderia atrapalhar. Imagine só chegar no meio do laboratório liandrino cheio de guardas, carregando um monte de coisa. Além do mais, se déssemos sorte resolveríamos tudo hoje mesmo.Infelizmente não estávamos levando nenhuma arma. Acabamos perdendo as nossas lá pela Jacsônia e não era possível comprar nenhuma em lojas, pois não era vendido. Armas eram proibidas para pessoas normais nesse continente.Estávamos todos reunidos na sala, prontos pra ir.- Klaus, antes de ir posso falar com você em particular?- Chamou Fischer.- Claro.O resto do pessoal foi na frente deixando eu e o doutor sozinhos.- O que foi doutor?- Pe