Uma dança
— Eu não posso fazer isso. E você precisa de um banho! Está fedendo a urina. — Ela me pegou pelo braço e me levou até o grande banheiro de cerâmica branca. Durante o caminho, eu chorei alto, esperneei, tentei me soltar das suas mãos, gritei por alguém. Pela minha mãe. Por meu pai. Qualquer um que pudesse me tirar de lá. Ela tirou minha roupa, ligou o chuveiro e me jogou na água fria, dando-me as costas.

— E não demore no banho! — ela disse de forma brusca antes de sair.

A água fria batia na minha costas enquanto eu tremia encolhida. Chorei por momentos que pareciam intermináveis. Eu não quero ficar sozinha. Por que me deixaram sozinha?

Vi a porta do banheiro se abrir e a luz do corredor entrar. Pequenos pés se aproximaram. Olhei para cima.

— Nós vimos o que fizeram com você — uma menina ruiva, aparentemente um pouco mais nova que eu, disse. — Foi cruel. Eu sinto muito. — Ela me deu o sorriso mais gentil que eu havia recebido em dias.

— Ela é mesmo uma bruxa! — uma menina loira de
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