— Benjamin!Ao vê-lo chegar, Samara correu até ele e se jogou em seus braços, envolvendo-o com braços e pernas, como um pequeno e adorável coala.— Me chama de amor. — Corrigiu Benjamin com suavidade.— Hum... Amor. — Samara obedeceu, com o rosto corado.— Isso, amorzinha... Agora me dá um beijo.Benjamin segurou o pequeno bumbum dela com uma das mãos e, com os lábios frios, beijou seus lábios rosados, fazendo um som estalado.Depois de passarem um tempo juntos no sofá da sala, Benjamin a pegou no colo e a levou para o quarto, onde começou a ajudá-la a tirar a roupa, levando-a em seguida para o banheiro.— Hum... Eu quero tomar banho sozinha. — Samara abraçou seu pescoço, fazendo manha.— Tomar banho sozinha dá muito trabalho, deixa que eu te ajudo. — Benjamin ergueu as sobrancelhas, sorrindo de maneira travessa.— Não, não, tomar banho com você é muito cansativo, a gente acaba fazendo muito... Exercício...— Ah é? Você não quer fazer exercício comigo? Não gosta? — Benjamin fingiu um o
— Cunhada... Ela já dormiu com meu irmão. — Samara soltou essa frase do nada.Benjamin parou de repente, surpreso, e arregalou os olhos: — Já dormiu... O que você quer dizer com isso?— Acho que... Foi há uns dois anos. — Samara mordeu o lábio, abaixando os olhos e falou em voz baixa. — Em uma noite, dois anos atrás, eu não conseguia dormir e estava andando pela casa, quando vi a cunhada entrar sozinha no quarto do meu irmão. Naquela época, meu irmão não gostava dela, e eles raramente dormiam juntos, na maioria das vezes ficavam em quartos separados. A cunhada passou três anos ao lado do meu irmão vivendo uma vida difícil. Eu conseguia ver o quanto ela o amava, mas não tinha coragem de se aproximar. Só podia ficar ao lado dele em silêncio, e, nas noites em que ele não estava em casa, ela deitava na cama dele, vestia a camisa dele, usava o perfume dele... Mas ele nunca percebeu. Ela amava tanto o meu irmão... De uma forma tão humilde que, às vezes... Até eu me sentia triste por ela.Ne
No hospital do Grupo Bastos, Olívia estava internada em um quarto VIP. Deitada na cama, recebendo soro intravenoso, ela se sentia exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente, mas o sono simplesmente não vinha.Gilbert estava sentado ao lado dela, segurando o pé da irmã sobre seu joelho enquanto cuidava, com extremo cuidado, do ferimento no tornozelo dela, usando um cotonete para aplicar o remédio.Foi só nesse momento que Olívia sentiu uma pontada de dor, franzindo levemente as sobrancelhas, mas permanecendo em silêncio.— Vivia, ontem à noite você não voltou para a casa em Yexnard e nem para a casa em Matear. Onde você estava? — Gilbert perguntou em um tom suave, mas com as mãos trêmulas enquanto aplicava o medicamento.Olívia permaneceu em silêncio.— Você... Foi procurar o Charles?O nome daquele homem parecia uma bomba prestes a explodir, e toda vez que Gilbert o mencionava, era com cautela. — Gabriel me disse que ontem você o levou para encontrar o Charles, mas que a convers
Os filhos da família Bastos raramente se reuniam todos, e só faltava Arthur, que estava no exército, para completarem o grupo.— Irmão Gilbert, por que aconteceu isso com a irmã? Como ela sofreu um acidente de carro? — Hebe, a mais tímida e assustada do grupo, estava à beira das lágrimas.Breno observava de longe, com vontade de abraçá-la suavemente, mas sabia que, com os outros irmãos presentes, sua posição de secretário o impedia de agir dessa forma. Ele reprimiu seus sentimentos, mantendo-os em silêncio, embora seus olhos permanecessem fixos em Hebe.Talvez, para alguém como ele, a única coisa que poderia fazer era permanecer em silêncio, protegendo-a à distância.— Pois é, Mano. A Vivia é praticamente uma deusa do volante, dirige tão bem quanto eu. Como ela poderia bater o carro? O certo seria ninguém nem ver a traseira do carro dela. — Bernardo também estava perplexo.Durante todo o trajeto até o hospital, seu coração estava apertado. Em missões importantes, ele havia enfrentado s
A iluminação no estacionamento subterrâneo era fraca, mas suficiente para que Gabriel percebesse o leve tom avermelhado nos olhos de Gilbert, um sinal de lágrimas que ele tentava desesperadamente esconder. Esse pequeno vislumbre de vulnerabilidade, que emergia da face normalmente fria e austera de Gilbert, provocou uma onda de emoções intensas em Gabriel, perturbando sua calma interior.Gilbert não tinha ideia de como sua dor disfarçada, misturada à severidade habitual, aparecia para Gabriel naquele momento — algo estranhamente sedutor e irresistível.— Algum problema? — Gilbert perguntou, já recompondo sua postura, enquanto seus olhos profundos fixavam-se em Gabriel.Gabriel estreitou os olhos ligeiramente, aproximando-se passo a passo de Gilbert. Os dois ficaram tão próximos que podiam ouvir a respiração um do outro.De repente, Gabriel levantou a mão pálida e esguia, os dedos delineando suavemente o canto avermelhado do olho de Gilbert.O coração de Gilbert deu um salto, e sua respi
O coração de Dante levou um baque ao se lembrar da época na família Marques, daquela Sra. Marques, tão pobre e desamparada, que sempre esteve ao lado de Charles com devoção inabalável, apesar de todo o sofrimento...Sem perceber, lágrimas silenciosas escorreram por seu rosto.O Presidente Charles tinha sofrido demais. Mas a Sra. Marques... Também teve seu coração dilacerado....Com medo de que Charles precisasse de algo durante a noite e não conseguisse chamá-lo, Dante decidiu dormir no sofá do quarto, sem nem trocar de roupa. Na manhã seguinte, foi acordado por seu relógio biológico e, ao abrir os olhos, seu primeiro reflexo foi olhar na direção de Charles.A cama estava vazia. Charles havia sumido!— Presidente Charles... Presidente Charles? — Dante levantou-se de um pulo, completamente apavorado, e começou a procurar por Charles pela casa.Foi então que a porta do banheiro se abriu. Charles saiu de lá impecavelmente vestido, com um terno de três peças perfeitamente alinhado, relóg
Breno abriu a porta do carro e desceu do banco do passageiro.Naquele dia, ele estava temporariamente à disposição de Gilbert, assumindo novamente o papel de secretário do presidente do Grupo Bastos. Vestido com um elegante terno cinza ajustado, seus olhos eram afiados e sérios, exalando um charme irresistível.Ao redor, algumas funcionárias lançaram olhares de admiração em sua direção, mas ele ignorou. Com uma reverência respeitosa, abriu a porta traseira.— Sr. Gilbert, por favor.O rosto de Gilbert permanecia impassível, como uma estátua perfeita e eterna. No momento em que ele esticou as longas pernas e desceu do carro, as mulheres ao redor soltaram suspiros de encanto.— Meu Deus! Ele é lindo demais! Já sei quem vai ser meu príncipe nos sonhos de hoje à noite!— Que gananciosa você! Já tem o Charles nos seus sonhos e agora quer mais um?— Será que é tudo isso? Eu prefiro o meu Charles...— Ah, você não entende nada! Eles são de estilos completamente diferentes. Charles tem uma bel
Nesse momento, Dante, ao ser informado, correu apressado para fora da sala de reuniões e os interceptou novamente.— Sr. Gilbert, é claro que sua presença é bem-vinda, mas agredir nossos funcionários não é algo aceitável, concorda?— Ou Charles sai ou eu entro. — Respondeu Gilbert, como se nem tivesse ouvido as palavras de Dante, fazendo a pergunta em tom desafiador.A raiva borbulhou no peito de Dante, e sua expressão endureceu.— Sinto muito, mas o presidente Charles está em reunião e não poderá recebê-lo agora. Peço que se retire.Gilbert ergueu os lábios em um sorriso gélido e deu um passo à frente. O instinto de Dante gritou alerta, e ele imediatamente abriu os braços para tentar barrá-lo.— Ah!Antes que pudesse perceber o que acontecia, Gilbert se moveu rapidamente, torcendo o braço de Dante para trás em um movimento certeiro e o arremessou com força.Dante caiu no chão com o ombro deslocado! Suando e mordendo os lábios de dor, ele observou impotente enquanto Gilbert e Breno abr