Olívia acariciou o queixo, pensando: “Bem, não há nada de errado com isso.”Se ele soubesse que a mulher que ele via com tanta aversão e que era a responsável pelo "sequestro" que lhe tirou a dignidade era Priscila, ele ficaria envergonhado pelas bajulações que fez e desejaria desaparecer no mesmo lugar.— Mesmo o homem que Priscila ajudou, você ainda vai duvidar do caráter dele? — Olívia perguntou com um sorriso tranquilo. — Você está, na verdade, questionando a integridade do seu ídolo também, não está?Embora essa observação tenha um tom de chantagem moral, Olívia não tinha outra escolha a não ser usar todas as armas à sua disposição para lidar com o astuto Gabriel.Gabriel prensou os lábios, puxou uma cadeira e se sentou novamente, imerso em pensamentos.— Tudo bem, por conta da Priscila, eu farei um esforço e vou dar uma olhada.Olívia ficou radiante, mas manteve um sorriso suave nos lábios.— Em nome da Priscila, obrigada....Finalmente de volta ao país, Bernardo não se apressou
— Se não é ele, quem mais poderia ser? — Bernardo tirou um cigarro do maço e o colocou entre os lábios, seus olhos cheios de indignação. — Não entendo o que a Vivia está pensando. Já se separaram, o cara é um escândalo ambulante, e ela ainda se esforça tanto para tratá-lo? Deveria deixá-lo à própria sorte!— Considere que a Vivia está ajudando um pobre coitado, não se preocupe tanto com isso. — confortou Pietro.— Hã? O Gabriel vai realmente tratar aquele sujeito?— Aparentemente sim. Afinal, quando a Vivia se envolve, não tem nada que ela não possa resolver.— Ah, eu não posso voltar para casa de mãos vazias. — Bernardo deu uma profunda tragada no cigarro, fechou os olhos intensamente e exalou a fumaça em anéis. — Vou me infiltrar na sala de cirurgia e aproveitar para dar um jeito naquele sujeito... — E fez um gesto cortando o pescoço com a mão.Pietro imediatamente deu um arrepio, assustado:— Não faça besteira! Se você tocar no Charles, o Yexnard vai fazer um lugar pacífico virar o
Bernardo piscava freneticamente, com o coração acelerado. Era raro ele sentir seu coração bater tão rápido, e o motivo era a mulher em seus braços, com um olhar inquieto e movimentos desordenados. Não era que ele estivesse interessado, mas aquela mulher era praticamente idêntica à Olívia. Abrigar alguém com a aparência de sua irmã e ainda mais estar em uma situação em que ela parecia estar tentando atraí-lo o deixou completamente desconcertado.— Humm... Eu... Estou com vontade de vomitar... — Bruna, com os olhos marejados, se deixava escorregar para baixo, seu corpo macio e quente caindo contra ele. Ela havia bebido bastante e estava com o estômago revirado, mal conseguindo suportar a sensação. — Lindo... Me ajude... Para que eu possa vomitar, por favor? Não aguento mais...Se fosse outra mulher, Bernardo a deixaria de lado, e bem longe, para evitar que ela vomitasse sobre ele. Mas, devido à semelhança com a Olívia, ele não conseguiu recusar. Então, ele a ergueu com firmeza, seguran
Ela mal conseguia acreditar que estava experimentando essas emoções complexas por um homem que não fosse Diogo.— Banheiro feminino? Olhe para este banheiro. — Bernardo sorriu de forma irônica. — Quem deveria sair daqui é você, senhorita.O rosto de Bruna ficou ainda mais vermelho, e ela, com a cabeça baixa, estava prestes a se virar e sair rapidamente. No entanto, Bernardo de repente a puxou pelo pulso, e em um movimento brusco a trouxe de volta para perto dele.Bruna colidiu novamente com o peito sólido do homem, sentindo um formigamento na cabeça e seu coração batendo descontroladamente.Os olhos de Bernardo a fitavam com uma intensidade penetrante, e seus lábios finos formaram um sorriso de leve zombaria.— Vai embora assim? Ainda não me disse obrigado.— O-obrigada... — Bruna piscava, com o coração acelerado e a respiração irregular.— Alguém já te disse que você se parece com outra pessoa? — A respiração quente de Bernardo tocava a ponta do nariz de Bruna, e seu olhar frio suaviz
— Desculpe... — Bruna dizia, com o rosto completamente vermelho e a consciência turva.— Eu já te avisei, com essa sua cara, mesmo em Yexnard, só pode aparecer no Doce Diabo, só à noite! Você é a minha arma secreta, minha propriedade. Você deve fazer exatamente o que eu mando. Não tem direito de se exibir ou de ser ousada!Diogo olhava para ela com uma fúria fria, e sua mão no pescoço dela apertava cada vez mais, quase sufocando-a!Cauã, no banco do passageiro, vendo que Bruna estava prestes a desmaiar, se esforçava para interceder.— Sr. Diogo! A Srta. Bruna não está aguentando mais! Por favor, leve em conta a lealdade dela ao longo dos anos e deixe-a passar desta vez. Ela errou ao fugir e desobedecer sua ordem, mas tudo foi para te ver... Por favor, dê a ela uma chance!Diogo, olhando com frieza para aquele rosto que mais parecia uma obra de arte, expirou com força e finalmente a soltou.Bruna, encharcada de suor, estava pálida, ofegante e com lágrimas nos olhos, olhando para Diogo.
Por um momento, Dora estava tão assustada quanto envergonhada, mordendo os lábios e sem coragem para emitir um som.Um dos estrangeiros disparou em francês para Pietro:— Quem é você? Saia da frente, isso não é da sua conta!— Se eu não visse, realmente não seria da minha conta. Mas já que eu vi, agora é da minha conta. — Respondeu Pietro, com um sorriso meio irônico, na mesma língua.Caramba! Esse cara falava francês muito bem! Dora ficou impressionada.Os irmãos da mestra eram monstros! Além de serem bonitos, ainda eram tão competentes!A forma como ele falava francês... Tinha um certo charme, Dora sentiu suas orelhas esquentarem.— Quem é você, afinal? — Perguntou o outro, agora em italiano, com uma expressão cada vez mais ameaçadora. — Vá se afastar!— Eu sou seu pai. — Respondeu Pietro, também em italiano, com um olhar severo. — Não teste minha paciência, solte-a agora!— Segurança! — O homem gritou, e logo vários seguranças vestidos de preto apareceram, demonstrando que esses doi
De repente, um estrondo ecoou!— Ahhh! — Um grito agudo veio de trás. O segurança que tentava atacar Pietro foi atingido na cabeça por uma lixeira que voou de repente e caiu pesadamente no chão!Essa cena deixou todos paralisados de espanto! Nenhum dos outros seguranças se atreveu a se aproximar, recolhendo suas garras.— Mano! Por que você reagiu tão devagar, caramba!Pietro virou-se bruscamente e viu Bernardo caminhando tranquilamente na direção deles, com as mãos enfiadas nos bolsos do sobretudo, balançando a cabeça de forma despreocupada.O chute que aquele cara deu para mandar a lixeira voando realmente os assustou!Dora agarrou as lapelas do paletó de Pietro, abrindo lentamente os olhos vermelhos e levantando o rosto pálido para encará-lo profundamente.— Você... Está bem?Pietro baixou o olhar, respondendo ao olhar ardente dela. De repente, seu coração pareceu pular uma batida e, em seguida, começou a bater descontroladamente, como se fosse explodir.— Estou bem, vamos sair daqu
— Minha mãe teve quadrigêmeos na primeira gravidez, e eu sou o segundo. Eu e meu irmão mais velho, Gilbert, nos parecemos bastante. O terceiro e Bernardo são parecidos entre si, e eles puxaram mais à minha mãe.Normalmente, Pietro não falaria sobre sua família com ninguém. Mas, por algum motivo, ela estava curiosa, e ele sentiu vontade de responder. Também queria distraí-la, já que ela estava visivelmente abalada e nervosa.— Ah... Então, parece que minha mestra é meio a cara da mãe, meio a cara do pai. — Disse Dora, com um brilho nos olhos, admirada. — Ela realmente foi abençoada na aparência, herdou o melhor dos dois.Pietro não pôde evitar um leve sorriso. De repente, percebeu o quanto ela era magra, mais até que Vivia. Seus ombros retos e delicados pareciam os de uma boneca, com ossos salientes, mas onde devia ter curvas, ela não decepcionava.Sem saber por quê, Pietro sentiu um aperto no coração, e suas mãos grandes, que estavam sobre os ombros dela, apertaram lentamente.— Quem e