— Vivia, como você é incrível!No café do Village Garden Hotel, Olívia e Vasco estavam sentados em um canto. Vasco colocou algumas fotos na frente dela.— Como você previu, aquele criminoso tinha um quarto secreto em casa, cheio de fotos da Tânia. Não é que ele seja um fã fanático de tia Glória, mas parece que ele é realmente obcecado por Tânia, uma obsessão que já beira a loucura!Olívia passou os lábios vermelhos e baixou a voz.— Irmão, você encontrou alguma pista importante?Vasco hesitou um pouco e tirou um saco plástico com evidências do bolso. Dentro do saco, havia um colar de platina com pequenos diamantes, de estilo antiquado e material não muito sofisticado.— Foi o que encontrei na casa daquele homem. Ele guardou cuidadosamente em uma caixa, o que mostra a importância que isso tem para ele.Olívia, com sua memória afiada, achou o colar familiar e começou a procurar nas fotos.— Este colar é o mesmo que Tânia costumava usar. As fotos mostram que é idêntico. — Ela puxou uma fo
— Irmã, você não vai me enganar, né? A futura Primeira-Dama do País F.— Srta. Olívia, você voltou! — Breno saiu apressado, ainda usando seu terno impecável, mas com a frente manchada de farinha.— Hum? Breno, você estava cozinhando? — Olívia perguntou curiosa.— Sim... Sra. Glória, a Sra. Glória e a Srta. Hebe estão na cozinha, e eu pensei em ajudar um pouco. — Breno respondeu meio sem graça, mas com um toque de preocupação.— O quê? Glória está cozinhando? — Maia levantou-se de um salto, incrédula. — Por que vocês não a impediram? Ela desmaiou hoje de manhã!O coração de Olívia apertou. — Tia Glória desmaiou? Vou ver como ela está!Na cozinha, Hebe estava ao lado da mãe, ajudando-a com os preparativos.— Mãe, você está bem? — Hebe perguntou, os olhos fixos no rosto pálido de Glória.— Não se preocupe, preciso terminar logo antes que chegue a hora do jantar. Não quero que todos fiquem com fome... — Glória murmurava distraída enquanto cortava os legumes com pressa.De repente, um pequ
Olívia suspirou suavemente.Ela sabia muito bem o temperamento de Érico. Se descobrisse que Tânia estava por trás de tudo, Érico talvez mandasse alguém assassiná-la.Mas Olívia achava que isso não era nada elegante. Além disso, matar alguém traria mais problemas do que soluções.Ela era mestre em tramas, e para lidar com uma víbora como Tânia, só um jogo sujo resolveria.— Tia Glória, dê uma olhada nesta pessoa, você a reconhece?Olívia pegou o celular e mostrou a foto do agressor para Glória.Como o agressor estava mascarado antes, Glória não havia visto seu rosto na hora.— Essa pessoa... Ele... Ele... — Glória arregalou os olhos lentamente. — Ele se chama Samuel, era um assistente na TeleNova. Sempre fazia serviços pesados, carregava coisas, servia café para os atores e tal.— Então ele tinha acesso livre ao prédio da TeleNova na época, certo?— Mais do que isso, ele também fazia bicos na equipe. Às vezes, quando faltava figurante, ele fazia ponta nas cenas. — Glória perguntou, intr
— Por que você veio aqui?Olívia engoliu a seco a frase “Como pode ser você?”Diogo, vestido com um elegante terno preto, segurava as rédeas de um cavalo magnífico, que brilhava na escuridão como uma joia rara. Parecia um príncipe saído direto de um palácio medieval.— Vim ver como você está.— E as suas feridas? Você precisa de pelo menos dois meses de repouso para se recuperar. E o gesso do braço, onde está? — Olívia lembrou do perigo daquela noite e não pôde evitar se preocupar.— Com essa preocupação sua, eu poderia até enfrentar a morte sem medo. — Diogo respondeu, encarando-a com um olhar cheio de ternura.Olívia prendeu a respiração, sem saber muito bem o que dizer.— Não vim só para ver você, trouxe também algo que pertence a você. Da última vez, você saiu tão apressada que não pôde levá-lo.— Dido, esse cavalo é lindo, obrigada, mas é muito valioso, não posso aceitar. — Olívia recusou delicadamente, com um leve sorriso.— Vivia, fiz algo para te magoar? Você ainda está brava p
No instante em que a porta estava prestes a se fechar, Diogo parou abruptamente e lançou um olhar frio por cima do ombro. Seus lábios pálidos se curvaram lentamente em um sorriso frio, carregado de escárnio e desprezo.— Humpf, Covarde. ...Nesse momento, Charles estava sozinho, parado em frente à janela, perdido em pensamentos. Ele fumava cigarro após cigarro, e as bitucas se acumulavam em um cinzeiro de cristal, enquanto a fumaça preenchia o ambiente, tornando seu semblante austero ainda mais sombrio e melancólico.Charles tossiu algumas vezes, sentindo o peito vazio, como se tivesse sido escavado, deixando um buraco profundo e sem fundo. Sua mente vagava de volta ao dia em que jogou o acordo de divórcio na frente de Olívia, forçando-a a assinar. Ela saiu da casa sem levar nada, subiu no carro de Gilbert e partiu de Vila dos Lagos. Ele ficou exatamente no mesmo lugar, com os olhos fixos na direção em que ela havia ido.Naquele momento, ele estava cheio de raiva. Mas, na época, ele
Naquela noite, Érico e Gilbert não estavam em casa, tinham viajado para o exterior para discutir projetos. A casa estava repleta de mulheres.Diogo, a rigor, não era um estranho. Já era tarde, e como Glória havia passado mal, todos estavam ao seu redor. Olívia, para não alarmar a família, levou Diogo para a sala de estar.Mas, para sua surpresa, Laís estava lá, sozinha, tomando café.— Mana, você ainda não foi descansar? — Olívia ficou um pouco surpresa e, em seguida, apresentou Diogo. — Ah, este é meu amigo, Diogo...— O jovem senhor da família Moura, Sr. Diogo. Eu o vi pela primeira vez na festa de aniversário da tia Glória. Eu me lembro dele. — Laís, sempre elegante, colocou a xícara de café na mesa e sorriu ligeiramente para Diogo. — Vivia, além dos nossos irmãos, você nunca teve amigos homens. Sr. Diogo, você é o primeiro.— Ser escolhido por Vivia como amigo é uma honra para mim. — Diogo sorriu com sinceridade. — Ter a chance de encontrar-se a sós com a futura primeira-dama do Pa
— Não só isso, nossos homens realizaram uma busca minuciosa e secreta dentro e fora do hipódromo. Por fim, encontraram isto no lixo. — Cauã tirou de sua bolsa um saco plástico contendo uma seringa. — Após verificar as câmeras de segurança... Descobrimos que o responsável realmente era alguém do Gael.Diogo semicerrava os olhos, cheios de sarcasmo. — Gael, assim como Jair, nasceu para ser canalha. Só que Gael não tem a astúcia do irmão, é desleixado e medíocre. Um imbecil desses não vale nem o meu tempo para lidar com ele.— Mas a gente não vai deixar barato, certo? Isso seria humilhante demais! — Cauã cerrou os dentes.— Claro que não. — Diogo se recostou, fechando os olhos para descansar um pouco. — Ele quebrou uma das minhas costelas, eu quebrarei três das dele. Se ele arrancou meu braço, eu tomarei uma de suas pernas. Não acho que seja exagero. — Exagero? De forma alguma! Se o senhor não o matar, já estará sendo generoso por consideração ao laço de sangue entre vocês!Laço de san
Olívia levantou-se bruscamente da cadeira, com os olhos arregalados. — Eu ainda não montei!— Oh, por favor, o que tem de errado se eu montar uma vez? Você costuma dar presentes de joias no valor de milhões sem hesitar, mas montar no seu cavalo é um problema? — Nesse momento, a voz exuberante de Aurora ressoava do lado de fora. — Vamos lá! Hahaha!Olívia esfregou a testa:— Tudo bem, se tia Aurora está feliz, então está bom.Laís se acomodou lentamente no sofá, mordendo os lábios, indecisa.— Irmã, você me procurou tão tarde. Deve ter algo para me dizer, né? — Olívia aproximou-se e sentou-se ao lado dela, envolvendo seu braço com carinho e sussurrando. — É sobre o Diogo?— Eu me lembro que o Diogo veio nos visitar quando éramos crianças. Vocês pareciam ter uma boa relação. — Laís perguntou com um tom neutro.— Sim, na escola primária, éramos colegas de classe. — Olívia sorriu com os olhos fechados, mergulhada em suas memórias. — Naquela época, ele era intimidado pelos outros colegas,