— Ah! Solta! Solta! — A secretária gritou de dor, soltando a mão que segurava Samara.Dalila também ficou paralisada de medo, recuando rapidamente.A secretária chutava e esmurrava Scooby, mas ele não soltava de jeito nenhum! —Não bata no Scooby... Não! — Samara abraçou o Doberman, usando seu corpo frágil para protege-lo.Dalila, tomada pela raiva, aproveitou a confusão para dar mais um chute em Samara. — Dalila!Uma voz fria e cortante atingiu as costas de Dalila como uma lâmina. Seu pé ainda estava no ar quando sua ação cruel foi descoberta!Ela virou a cabeça lentamente, o pescoço rígido, e seu coração quase saltou pela boca, sufocando-a de medo! — Irmão... Irmão...Benjamin estava lá, ereto como uma espada, exalando uma raiva gelada e infernal.Seu peito subia e descia violentamente, e seus olhos vermelhos estavam cheios de fúria.Samara, sem saber da chegada dele, ainda segurava Scooby com força, olhos fechados, encolhida e tremendo.A secretária, com os olhos escurecendo, esqu
Dalila ficou totalmente paralisada, seu rosto pálido aos poucos se tornando sombrio, como se tivesse sido atingida por várias descargas de trovão.— Irmão... O que você está dizendo... Você não me reconhece mais como sua irmã... Irmão...Benjamin parecia não ouvir nada, apenas acariciava as costas trêmulas de Samara em seus braços.— Não tenha medo... Eu voltei, vou te proteger, ninguém mais vai te machucar, ninguém!Mas desta vez, Samara não estava mais obediente como antes. Ela parecia um ouriço, com seus espinhos eriçados, e até sua respiração ofegante demonstrava resistência a Benjamin.— Não... Você não pode me proteger, você é o irmão da Dalila... — Suas mãos fracas e delicadas empurravam o peito robusto do homem, cada toque era como uma punhalada em seu coração. — Me deixe ir... Eu quero voltar para casa... Eu quero encontrar meu avô, eu quero ir para casa!— Samara, fica calma, fica calma... — Benjamin disse, com o coração apertado, mas ainda tentando apaziguá-la.— Me solta...
Stéphanie ainda não tinha terminado de falar quando sentiu uma dor lancinante no pulso!Os olhos de Benjamin, vermelhos de raiva, pareciam prestes a lançar chamas destruidoras. De repente, ele levantou a mão e jogou longe o celular de Stéphanie!— Sr. Benjamin, por favor, acalme-se. — Stéphanie recuou rapidamente, fazendo uma profunda reverência.Mas o homem, envolto em uma aura ameaçadora, já tinha se levantado e saído porta afora.Lá embaixo.Dalila, suando frio, estava sentada no sofá, cercada por quatro seguranças, sem conseguir sair do lugar.— Se...Senhorita... O Sr. Benjamin está furioso... O que vamos fazer? — A secretária se ajoelhou aos pés dela, agarrando suas pernas em desespero.— Você me pergunta? Como eu vou saber!Passos pesados e frios ecoaram pelo ambiente.Benjamin, seguido por Stéphanie, se aproximou, e uma onda de frio infernal tomou conta da sala.— Irmão... — Dalila chamou, com uma voz fraca.Ela sabia que não adiantava mais fazer birra, então tentou parecer inoc
— As pessoas ao meu redor conhecem bem o meu temperamento. A coisa que eu mais detesto são os traidores. — Benjamin acendeu um cigarro com a mão coberta por uma luva preta, ergueu o queixo e soltou a fumaça branca antes de perguntar calmamente. — Irmãzinha, quem te contou que eu e Samara estamos morando aqui?Dalila sentiu um nó na garganta, seu rosto ficou pálido e ela não conseguiu dizer uma palavra. Esse era o irmão que a mimara e amara desde pequena?No entanto, naquele momento, tudo o que ela sentia por ele era medo e pavor.— Você não sabe? Não importa, eu sei quem foi.Assim que ele terminou de falar, dois seguranças arrastaram para dentro um Asher quase morto, coberto de sangue.Dalila cobriu a boca em choque.O caminho pelo qual Asher foi arrastado deixou um rastro de sangue pelo chão da sala.— Asher, você está comigo há dez anos. Sempre fui generoso com você. Se não fosse por mim, já teria sido morto na rua há muito tempo. — Benjamin se sentou calmamente na cadeira que Stép
Olívia e Breno arrumaram as malas e pegaram o remédio que Maia lhes havia dado, prontos para voltar a Yexnard.— Vivia, você está com pressa para ir? Não quer ficar para o almoço? A comida já está quase pronta. — Glória, vestida com um avental, veio apressada.— Não precisa, tia Glória, estou com pressa para voltar. — Olívia foi ao encontro dela, segurando o rosto de Glória, marcado pelo tempo e pelas labutas na cozinha, entre as mãos. — Tia Glória, seu aniversário está chegando. Descanse nesses dias, deixe os afazeres de lado. Vá fazer um SPA, se cuidar. No fim de semana, você tem que ser a aniversariante mais linda do mundo!— Aniversário, que nada. Para ser sincera, nem quero comemorar. Só de pensar nas pessoas que vou ter que receber no domingo, já me sinto cansada. — Glória suspirou, resignada. — É só para agradar seu pai.— Não é você quem agrada meu pai, é meu pai que quer agradar você. Na verdade, todos nós queremos comemorar seu aniversário. — Os olhos de Olívia brilharam com
Gilbert fez uma pausa e baixou a voz: — Além disso, Diogo é uma pessoa muito mais complexa do que aparenta. Ele é como um iceberg, você só vê a ponta. Ele ficou fora por quinze anos, de repente voltou do País F e se aproximou de você. Vivia, você é a princesa da família Bastos, futura presidente do Grupo Bastos, tudo isso será seu. Você é mais que uma princesa, mais que uma rainha, só que é discreta. Caso contrário, seria o sonho de qualquer homem no país. Não acredito que Diogo esteja sendo completamente sincero com você. Não acredito que ele não tenha segundas intenções. — Gilbert deu um sorriso amargo. — Para ser sincero, esse Diogo, para mim, é pior que o Charles.— Irmão! — Olívia sentiu um aperto no peito e segurou a xícara com força.— Pelo menos, Charles sempre foi genuíno com as mulheres que gostava, sem segundas intenções.— Ah, verdade. Ele foi além com a Rafaela. — Olívia bateu a xícara de café na mesa. — Ele até se alistou no exército e foi para a guerra por causa dela.—
Do outro lado, Charles estava sozinho em sua casa de campo nos arredores, se recuperando de uma doença.Naquele dia, ele tinha tomado a última dose do primeiro ciclo de medicamentos. Sabia que à noite, Olívia mandaria alguém levar mais remédios.Não é que ele acreditasse que ela ainda tivesse algum sentimento por ele. Era apenas porque ela não queria ficar em dívida com ele.Durante o dia, Charles só sentia uma dor no peito, mas o resto estava suportável. No entanto, ao anoitecer, ele começou a ter uma febre alta!— Dante... Dante? — A voz de Charles estava rouca e seca, seu corpo alternava entre frio e calor, mal conseguia manter os olhos abertos.Depois de chamar algumas vezes, lembrou-se de que tinha enviado Dante ao grupo para buscar documentos importantes, e ele ainda estava a caminho.Charles se esforçou para se levantar, percebendo que os lençóis e o cobertor estavam encharcados de suor, a franja grudada na testa, todo ele parecia ter saído de um naufrágio.Ele trocou de pijama,
— Antes, eu estava errado, forcei demais você. Daqui pra frente, não farei mais nada que te deixe desconfortável.Charles tinha uma beleza pálida e quebradiça, quase doentia, que deixou Olívia um pouco atordoada.Ela deu uma leve tossida, colocou o frasco de remédios na mesa e se levantou.— Este é o segundo ciclo de medicamentos, lembre-se de tomar na hora certa. Eu vou indo.— Não precisa, leve de volta. — Ele balançou a cabeça.— Charles, o que você quer dizer com isso? Quer morrer? — Olívia franziu a testa. — Você, um novo magnata dos negócios, valendo bilhões, está disposto a morrer?— Não, eu só acho que você não me deve nada. Mesmo que eu tenha te salvado, estava apenas pagando uma dívida, expiando meus pecados. — Charles balançou a cabeça novamente. — Não importa o que aconteça comigo, você não precisa se culpar. Além disso, estou muito melhor agora, não preciso mais dos remédios. — Melhor? Você está enganando quem? — Olívia estava furiosa por dentro, soltou uma risada fria. —