Hebe reprimiu a sensação de humilhação e forçou o sorriso mais radiante que conseguiu, com um toque de doçura quase submisso. Sua voz saiu suave, mas firme:

— Ouvi dizer que a senhora não estava bem, e o Breno veio correndo para vê-la. Isso mostra o quanto ele se preocupa com a senhora. Se não for incômodo, posso ficar aqui para cuidar da senhora por alguns dias. Por favor, me diga o que gostaria de comer. Eu sei preparar pratos e também doces.

Breno observou a cena, sentindo o coração apertar. Era uma mistura de angústia e orgulho que fazia seu peito pesar. Sem perceber, ele envolveu a cintura dela com o braço, puxando-a para perto, como se quisesse protegê-la de tudo.

Ele sabia que ela estava se esforçando ao máximo para agradar sua família, engolindo o orgulho e suportando a rejeição, apenas para causar uma boa impressão. Hebe era a mulher que ele mais amava, seu maior tesouro, e vê-la se submeter àquele tipo de humilhação o fazia sentir como se ele mesmo estivesse desonrando o amor