LuccaMinutos depois estaciono o carro em frente ao corpo de bombeiros, quando aperto o controle vejo Jéssica saindo de lá.Ela usa óculos escuros, mas é possível notar que ela fica sem graça ao me ver e tenta se desviar. Eu paro na sua frente, a impedindo de continuar o seu caminho.— Por que está fazendo isso comigo? — Pergunto em um tom baixo e seco.— Acho melhor você manter distância senhor Fassini.— Agora você quer distância? O que é tudo isso Jéssica? Foi porque eu te disse não? — Inquiro tentando manter o controle.— Você tentou me beijar a força, por que não admite isso?— Você é maluca porra? Eu nunca te toquei...— Lucca? — Escuto a voz de Rafael na entrada da corporação.— Fique longe de mim ou vou denunciá-lo por perseguição. — Ela diz se afastando. Rafa se aproxima levando a mão ao meu ombro.— Soube do que houve. Se Joe estivesse aqui pediria para você manter a calma e acreditar no sistema cara.Assinto.—O chefe pediu para você ir até a sala dele.Bufo.Droga, o que
LuccaEstaciono o carro no meio fio e antes de sair olho a rua com um trânsito barulhento. Nas calçadas há alguns feirantes gritando preços e os nomes dos produtos, enquanto pessoas andam desordenadas para todos os lados. Daqui é possível ver a parte de trás do prédio onde Camila morou. Sem pressa alguma eu olho para as fachadas das lojas... Os muros rabiscados...Suspiro quando não vejo nenhuma câmera em lugar nenhum.Resolvo sair do carro e dá uma olhada mais atenciosa. Ando em direção da ponte que nos leva a orla marítima... Não é possível que um bairro como esse não tenha câmeras... Resmungo internamente. Paro a caminhada antes de atravessar a ponte e decido ir na direção contrária. Do outro lado há um pet shop luxuoso e logo mais a frente uma lanchonete e bar...Nada.Não é possível que não vamos conseguir incriminar quem quer que seja, que provocou aquele incêndio. Estou quase desistindo quando escuto o som de uma buzina forte... Eu olho ao meu redor. Um motorista parou o carro
AliceA luz forte não me permite ver mais nada a minha frente. O grito alto e exasperado do Téo vem seguido do impacto forte que me joga ao chão. Bato forte a minha cabeça contra o chão forrado por uma grana densa, o que faz com que a pancada seja amenizada. Eu abro os meus olhos e encaro um Téo enlouquecido de raiva.— Cuide dela, Lucca. — Diz em um tom alto e sai de cima de mim, correndo para o seu carro feito um louco. Lucca me ajuda a levantar do chão. Minha roupa está molhada devido os jatos de água que molham o gramado todo fim de tarde.— Você está bem? — Ele pergunta. Lucca está totalmente em pânico. A voz tomada de uma preocupação. Tento sorri para tranquilizá-lo.— Estou bem. — Digo.—Vem, vamos para casa.Saímos juntos da calçada, a mão forte e quente se apossa da minha cintura cuidadosamente. Como se eu fosse me quebrar a qualquer momento. O fato, é que eu já esperava por esse ataque quando recebi a mensagem mais cedo, só não esperava que ele agisse assim tão rápid
AliceCom cuidado ele me põe no chão e me lança um olhar sobremaneira mal. Me faz virar de costas, a minha bunda bate contra o seu jeans e segura o meu rabo de cavalo com força, levando a minha cabeça próximo a sua boca.— Já fez sexo na escadaria, Alice?— Rosna, fazendo as minhas pernas fraquejarem.— Responde.— Ordena.Caramba, como ele é bom nisso!Com apenas essas palavras estou inundada lá em baixo.— Não. — Me forço a dizer.— Prometo que não vai se arrepender. Eu vou invadir essa boceta com força. Vou meter nela com força. E vou te fazer gozar com força.Puta. Que. Pariu!Sou uma poça de lubrificação agora. Posso gozar só de ouvir isso.Ele se afasta um pouco, se livra das suas roupas e como se eu fosse apenas um brinquedo Lucca me leva consigo, subindo três batentes. Uma das minhas pernas se estende pelo corrimão e a outra está apoiada ao chão.— Segure-se firme, Alice e pode gritar o quanto quiser. Isso me excita pra caralho. Me deixa maluco. Tarado em você — rosna
AliceLucca me olha com atenção.Passo os papéis que imprimi enquanto ele tomava um banho. Ele o pega e ler com uma cara de espanto.— Então não é a primeira vez que ela faz isso? — Inquire sem tirar os olhos dos papéis.Faço não com a cabeça.— Você só precisa encontrar o tal Ricardo Macedo, a primeira vítima dela e usá-lo como sua testemunha de acusação.— Cacete!— Ele xinga.Vejo as mãos tremerem fortes apertando o papel.— E tem mais uma coisa na última folha. — Digo evasiva.Ele me encara com expectativa.Rapidamente Lucca vai para a última folha. Ele fica vermelho de repente.— Cachorra! — Volta a xingar dessa vez com rispidez e faz menção de sair da mesa.— Nada disso, amor.— Peço segurando o seu braço. — Primeiro temos que provar que ela está metida nisso tudo.— Eu não tenho a menor dúvida.— Rosna entre dentes.— Eu também não. Mas temos que provar pra todos, certo?Ele bufa irritado e volta a se sentar.— Nunca imaginei que Samantha chegasse tão baixo. Talv
Edgar FassiniQuando o Lucca nasceu, encontrei ali a minha redenção... Recebi uma segunda chance e nem sei o porquê. Só sei que agarrei com unhas e dentes a minha nova vida ao lado da mulher que é e sempre será tudo pra mim. Rose era a minha força. Nunca conheci na vida mulher mais forte e determinada. Ainda me lembro da sua imagem ofegante, toda suja de sangue e segurando o meu filho que acabara de nascer em seus braços. No rosto era nítido o pavor que sentia, mas tinha o olhar decidido. Uma mão segurando firme a arma que destruiu de uma vez por todas o homem que nos separou por décadas.Eu chorei quando segurei o Lucca pela primeira vez nos meus braços. Definitivamente foi a melhor sensação que eu tive em anos. Ele chorava. Era tão pequenino e tão frágil. E ao mesmo tempo tão forte. O meu herdeiro. Ele e a Ana eram a imagem do nosso amor que se refletia para o mundo.Vê-lo crescer, ouvir as primeiras palavras, ensinar seus primeiros passos...Eu amo o meu filho, mas o que me irrita
Edgar Fassini— Um dia Jéssica. — A lembro. — Estarei aguardando o resultado dessa nossa conversa. Acredito que não vai querer me ver outra vez, não é? — Ela faz um não apavorado com a cabeça.Sorrio.— Imaginei que não. Tenha uma ótima noite! — Digo e saio em direção da porta.Essa foi fácil demais.***Nunca pensei que pisaria os meus pés nesse lugar um dia, mas está na hora de baixar a crista e entender que ele nasceu pra isso. Embora o príncipe tenha um reinado muito grande para assumir, ele deseja ser um plebeu. Dou de ombros. Que seja assim. Ele quer ser um bombeiro, e será um, até que se canse dessa brincadeira.Aqui de dentro do meu carro, consigo ver uma quadra de basquete, alguns homens estão se aventurando nela... Vejo o meu filho conversar e sorri para um deles. Sinto falta disso. Das nossas conversas, da amizade que tínhamos antes da nossa primeira conversa sobre quartel de bombeiros. Me lembro que no impulso da raiva gritei com ele... Disse coisas impensadas... Isso nu
Edgar Fassini—Não vai me mostrar o seu local de trabalho? — Indago, mudando de assunto. Ele me olha por um tempo.— Quer mesmo conhecer? Olha, se for só para me agradar...— Eu quero conhecer, Lucca. — O corto. Ele assente sério, mas consigo ver uma fagulha de felicidade ali.Ele sai da sua cadeira e vem até mim. Fazemos um tour rápido pelo lugar. A cozinha, uma sala de TV, como eles costumam dizer. Uma garagem… Lucca fala com um orgulho estampado do seu caminhão e da sua equipe... Lucca realmente gosta do que faz. Dá para sentir o amor, a paixão e a excitação na sua voz quando fala do quartel 101. Por fim, conheço alguns dos seus amigos. Rafael, Elahi, Dilan… desse eu não gostei muito.— Devia aparecer lá em casa para jantar. Amanhã é domingo e como sempre nos reunirmos... — Suspiro. — Sua mãe iria gostar de te ver lá. — Digo por fim.— Vou falar com Alice... — Arqueio as sobrancelhas—Alice? A coisa está séria entre vocês — retruco surpreso.Ele sorri. É um sorriso diferente. Cheio