AliceA luz forte não me permite ver mais nada a minha frente. O grito alto e exasperado do Téo vem seguido do impacto forte que me joga ao chão. Bato forte a minha cabeça contra o chão forrado por uma grana densa, o que faz com que a pancada seja amenizada. Eu abro os meus olhos e encaro um Téo enlouquecido de raiva.— Cuide dela, Lucca. — Diz em um tom alto e sai de cima de mim, correndo para o seu carro feito um louco. Lucca me ajuda a levantar do chão. Minha roupa está molhada devido os jatos de água que molham o gramado todo fim de tarde.— Você está bem? — Ele pergunta. Lucca está totalmente em pânico. A voz tomada de uma preocupação. Tento sorri para tranquilizá-lo.— Estou bem. — Digo.—Vem, vamos para casa.Saímos juntos da calçada, a mão forte e quente se apossa da minha cintura cuidadosamente. Como se eu fosse me quebrar a qualquer momento. O fato, é que eu já esperava por esse ataque quando recebi a mensagem mais cedo, só não esperava que ele agisse assim tão rápid
AliceCom cuidado ele me põe no chão e me lança um olhar sobremaneira mal. Me faz virar de costas, a minha bunda bate contra o seu jeans e segura o meu rabo de cavalo com força, levando a minha cabeça próximo a sua boca.— Já fez sexo na escadaria, Alice?— Rosna, fazendo as minhas pernas fraquejarem.— Responde.— Ordena.Caramba, como ele é bom nisso!Com apenas essas palavras estou inundada lá em baixo.— Não. — Me forço a dizer.— Prometo que não vai se arrepender. Eu vou invadir essa boceta com força. Vou meter nela com força. E vou te fazer gozar com força.Puta. Que. Pariu!Sou uma poça de lubrificação agora. Posso gozar só de ouvir isso.Ele se afasta um pouco, se livra das suas roupas e como se eu fosse apenas um brinquedo Lucca me leva consigo, subindo três batentes. Uma das minhas pernas se estende pelo corrimão e a outra está apoiada ao chão.— Segure-se firme, Alice e pode gritar o quanto quiser. Isso me excita pra caralho. Me deixa maluco. Tarado em você — rosna
AliceLucca me olha com atenção.Passo os papéis que imprimi enquanto ele tomava um banho. Ele o pega e ler com uma cara de espanto.— Então não é a primeira vez que ela faz isso? — Inquire sem tirar os olhos dos papéis.Faço não com a cabeça.— Você só precisa encontrar o tal Ricardo Macedo, a primeira vítima dela e usá-lo como sua testemunha de acusação.— Cacete!— Ele xinga.Vejo as mãos tremerem fortes apertando o papel.— E tem mais uma coisa na última folha. — Digo evasiva.Ele me encara com expectativa.Rapidamente Lucca vai para a última folha. Ele fica vermelho de repente.— Cachorra! — Volta a xingar dessa vez com rispidez e faz menção de sair da mesa.— Nada disso, amor.— Peço segurando o seu braço. — Primeiro temos que provar que ela está metida nisso tudo.— Eu não tenho a menor dúvida.— Rosna entre dentes.— Eu também não. Mas temos que provar pra todos, certo?Ele bufa irritado e volta a se sentar.— Nunca imaginei que Samantha chegasse tão baixo. Talv
Edgar FassiniQuando o Lucca nasceu, encontrei ali a minha redenção... Recebi uma segunda chance e nem sei o porquê. Só sei que agarrei com unhas e dentes a minha nova vida ao lado da mulher que é e sempre será tudo pra mim. Rose era a minha força. Nunca conheci na vida mulher mais forte e determinada. Ainda me lembro da sua imagem ofegante, toda suja de sangue e segurando o meu filho que acabara de nascer em seus braços. No rosto era nítido o pavor que sentia, mas tinha o olhar decidido. Uma mão segurando firme a arma que destruiu de uma vez por todas o homem que nos separou por décadas.Eu chorei quando segurei o Lucca pela primeira vez nos meus braços. Definitivamente foi a melhor sensação que eu tive em anos. Ele chorava. Era tão pequenino e tão frágil. E ao mesmo tempo tão forte. O meu herdeiro. Ele e a Ana eram a imagem do nosso amor que se refletia para o mundo.Vê-lo crescer, ouvir as primeiras palavras, ensinar seus primeiros passos...Eu amo o meu filho, mas o que me irrita
Edgar Fassini— Um dia Jéssica. — A lembro. — Estarei aguardando o resultado dessa nossa conversa. Acredito que não vai querer me ver outra vez, não é? — Ela faz um não apavorado com a cabeça.Sorrio.— Imaginei que não. Tenha uma ótima noite! — Digo e saio em direção da porta.Essa foi fácil demais.***Nunca pensei que pisaria os meus pés nesse lugar um dia, mas está na hora de baixar a crista e entender que ele nasceu pra isso. Embora o príncipe tenha um reinado muito grande para assumir, ele deseja ser um plebeu. Dou de ombros. Que seja assim. Ele quer ser um bombeiro, e será um, até que se canse dessa brincadeira.Aqui de dentro do meu carro, consigo ver uma quadra de basquete, alguns homens estão se aventurando nela... Vejo o meu filho conversar e sorri para um deles. Sinto falta disso. Das nossas conversas, da amizade que tínhamos antes da nossa primeira conversa sobre quartel de bombeiros. Me lembro que no impulso da raiva gritei com ele... Disse coisas impensadas... Isso nu
Edgar Fassini—Não vai me mostrar o seu local de trabalho? — Indago, mudando de assunto. Ele me olha por um tempo.— Quer mesmo conhecer? Olha, se for só para me agradar...— Eu quero conhecer, Lucca. — O corto. Ele assente sério, mas consigo ver uma fagulha de felicidade ali.Ele sai da sua cadeira e vem até mim. Fazemos um tour rápido pelo lugar. A cozinha, uma sala de TV, como eles costumam dizer. Uma garagem… Lucca fala com um orgulho estampado do seu caminhão e da sua equipe... Lucca realmente gosta do que faz. Dá para sentir o amor, a paixão e a excitação na sua voz quando fala do quartel 101. Por fim, conheço alguns dos seus amigos. Rafael, Elahi, Dilan… desse eu não gostei muito.— Devia aparecer lá em casa para jantar. Amanhã é domingo e como sempre nos reunirmos... — Suspiro. — Sua mãe iria gostar de te ver lá. — Digo por fim.— Vou falar com Alice... — Arqueio as sobrancelhas—Alice? A coisa está séria entre vocês — retruco surpreso.Ele sorri. É um sorriso diferente. Cheio
Lucca— Boa sorte filho! — Ele diz em meio a um abraço forte.— Obrigado pai!Assisto o meu pai sair da corporação e entrar no seu carro e dali seguir o seu caminho. Solto um suspiro. Estou feliz e pela primeira vez me sinto aliviado em relação as minhas escolhas. É a primeira vez que ele vem no meu local de trabalho... E de verdade? Porra! Estou feliz pra caralho. Finalmente Edgar Fassini aceitou os meus ideais. Sorrio dando meia volta e indo direto para a sala do meu chefe. De frente para a porta de vidro fosco, dou duas batidas leves e adentro a sala. Ele me encara surpreso por trás da sua mesa.— Ocupado? — Inquiro.— Não. Já ía mesmo te chamar. Sente-se. — Pede. Eu sigo para a cadeira a sua frente e me sento segurando o envelope que Alice me deu mais cedo. Respiro fundo e penso em como começar essa conversa.— Queria falar comigo? — Pergunto diretamente.Ele assente e me encara sério.— Recebi um telefonema hoje cedo da repartição do corpo de bombeiros e fui informado de que Jéss
Lucca— Nós temos que tentar, Rafa. Nunca se sabe quando um milagre vai acontecer — ralho.— Quer ir até lá? — sugere.— Não acho que tenha alguém por lá — retruco desacreditado. — Melhor irmos, já está escurecendo.Ele assente.Entretanto, após três passos em direção ao nosso ponto de encontro, ouço uma batida forte em um metal. O Rafa e eu nos entreolhamos.— Isso foi na asa do avião, não foi? — questiona esperançoso. Sinto a habitual adrenalina percorrer o meu corpo e corremos em direção da asa do avião. Engulo em seco quando vejo uma garota de aproximadamente doze anos ainda presa ao cinto e a um dos bancos do avião. Ela não me parece nada bem. Seus olhos claros e pesados me encaram esperançosos.— Meus pais… — Ela diz quase sem forças.— Chefe, mande os paramédicos. Encontramos uma vítima viva. — Passo o rádio para o chefe— Me passe a localização, Lucca.— Lado sul da mata. Perto de uma ribanceira.— Quantas vítimas?— Uma garota de aproximadamente doze anos e... há outras pesso