Catherine, uma jovem de 23 anos, nascida e criada nas periferias de São Paulo, enfrentou uma vida repleta de desafios. Seu pai, um dedicado comerciante de feira, e sua mãe, uma camareira trabalhadora, sempre fizeram o possível para que nada faltasse à filha. No entanto, Catherine nunca se conformou com a vida de pobreza e sonhava com um futuro luxuoso, longe das dificuldades da periferia.

Com o passar do tempo, Catherine se tornava cada vez mais bela, atraindo olhares por onde passava. Apesar disso, ela desprezava os pretendentes que se aproximavam, pois seu objetivo era claro: casar-se com um homem rico que pudesse tirá-la da pobreza.

Devido às dificuldades financeiras, Catherine precisou começar a trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Conseguiu um emprego em um luxuoso hotel, cujo dono era Miguel, um empresário extremamente rico. Embora detestasse a ideia de trabalhar, ela não tinha escolha.

Miguel, encantado com a beleza e a determinação de Catherine, acabou se apaixonando por ela. Após algum tempo, ele a pediu em casamento. Ambiciosa como sempre, Catherine aceitou o pedido sem hesitar.

dois anos após o casamento, Catherine já havia conquistado casas, apartamentos e até mesmo uma empresa. Ela se tornara uma grande empresária na cidade de São Paulo. No entanto, essa felicidade estava prestes a ser ameaçada por um evento inesperado que mudaria tudo.

Quando Catherine chegou ao apartamento para comemorar os dois anos de casamento que os eles haviam passados juntos, ela estava radiante. Trazia consigo uma garrafa de champanhe e um sorriso que iluminava seu rosto. No entanto, ao abrir a porta do quarto, seu mundo desmoronou. Miguel estava na cama, sem roupas, ao lado de uma mulher desconhecida, também nua.

O choque a paralisou por um momento. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ela tentava processar a traição. Com a voz trêmula e as mãos tremendo ela gritou:

— Miguel... Como você pôde fazer isso comigo? Eu pensei... Eu pensei que você me amava.

Miguel, visivelmente desconfortável, começou a se vestir apressadamente.

— Catherine, não era para ser desse jeito.

Ela sentiu uma onda de raiva subir pelo seu corpo.

— Não era para ser assim, o quê? A sua traição? — Catherine encarou Miguel com olhos cheios de dor. — Eu vim aqui para comemorar nosso aniversário de seis meses e é esse o presente que você me dá?

A mulher na cama, Lília, levantou-se e, com um sorriso sarcástico, disse:

— Ele é meu agora! Miguel disse que iria se casar comigo. É melhor você aceitar que ele não te ama mais!

Catherine, com o coração partido, olhou profundamente nos olhos de Miguel.

— É isso mesmo? Você vai se casar com ela? — Catherine perguntou, engolindo a saliva.

Miguel, evitando o olhar de Catherine, respondeu:

— Sim, Catherine. Lília será minha nova esposa. Eu não te amo mais.

A dor transformou-se em fúria. Catherine pegou um vaso de vidro da mesa ao lado da cama e o arremessou contra a parede, fazendo-o estilhaçar em mil pedaços.

— Seu desgraçado! — gritou ela, enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. — Eu te dei todo o meu amor e é assim que você me trata? Você é um imundo!

Miguel tentou se aproximar, mas Catherine levantou a mão, impedindo-o.

— Não se aproxime de mim! Você destruiu tudo. Tudo que construímos está em ruínas por sua causa! — Catherine gritou, sua voz tremendo de raiva e dor. — seu desgraçado! Eu te odeio! — A moça se ajoelhou sobre o chão, chorando.

— Calma, Catherine! Precisamos conversar! — Miguel tentou se aproximar, mas ela recuou, os olhos faiscando de fúria.

Catherine lançou um olhar fulminante para a mulher na cama e, com um grito de indignação, avançou:

— Sua vagabunda! Está feliz por destruir um casamento? — Ela gritou, a voz ecoando pelo quarto. — Saia já da minha cama! — Com um movimento brusco, Catherine puxou a mulher da cama, jogando-a no chão. Agarrando-a pelo braço, arrastou-a até a porta do apartamento e a empurrou para fora.

Quando Catherine voltou ao quarto, Miguel estava de pé, as mãos levantadas em um gesto de apaziguamento.

— E você, Miguel? Por que não vai junto com a sua mulher? — Ela cuspiu as palavras, o rosto contorcido de dor e traição.

— Me escuta, Catherine!

— Escutar o que? Eu estou te escutando Miguel. Apenas fala logo o que você tem para falar.

— Eu ainda te amo!

— Não Miguel! Você... Você não me ama. Acabou de dizer que não me ama mais e iria se casar com aquela vagabunda! — Exclamou Catherine. — Não quero mais discutir com você hoje. É melhor terminarmos essa conversa amanhã.

Com o coração em pedaços, Catherine saiu do apartamento, Batel a porta bem forte, deixando para trás não apenas um casamento fracassado, mas também os sonhos que um dia teve de uma vida feliz ao lado de Miguel.

Ela saiu do apartamento com os saltos altos na mão e a garrafa de champanhe na outra. Miguel tentou acompanhá-la, descendo rapidamente na tentativa de alcançar Catherine. Quando estava prestes a alcançá-la, ela já havia entrado no elevador, deixando Miguel para trás.

Com raiva, Miguel deu um soco na parede e gritou alto. Ele não podia deixar Catherine contar sobre a traição para a mãe dela. Irritado, saiu pelos corredores do hotel, empurrando todos que estavam no seu caminho.

Ele sabia que precisava agir rápido; caso contrário, o plano arquitetado com Lília, sua amante, iria por água abaixo. Voltou ao quarto em um rompante, abriu a porta e vestiu uma camisa branca, calçou os sapatos e saiu novamente. Desesperado, apertou o botão do elevador repetidamente, olhando o relógio a cada segundo. Miguel Precisava encontrar Catherine antes que ela revelasse tudo.

Assim que saiu do hotel, correu até a garagem, pegou as chaves no bolso e destravou o carro. Sem hesitar, deu ré e acelerou, determinado a interceptar Catherine na estrada. Seu olhar estava fixo e irritado, os pensamentos fervilhando. Pelo retrovisor, avistou Lília, sua amante, caminhando despreocupada pelas ruas de São Paulo. Freou bruscamente e, com um gesto urgente, mandou que ela entrasse no carro.