Capítulo 6

Miguel se aproximou de Catherine, que estava conversando com Vitor.

— Você não sabe que essa moça é minha esposa? — perguntou Miguel, com um tom de voz firme, direcionando-se a Vitor.

— Sei, sim... Qual o problema? Estamos apenas tomando um café juntos — respondeu Vitor, mantendo a calma.

— O problema é que eu não admito isso! — exclamou Miguel, com os olhos faiscando de raiva.

— Catherine, é melhor eu ir agora — disse Vitor, levantando-se da cadeira e olhando para Catherine com gentileza. Em seguida, ele lançou um olhar sério para Miguel.

— Espere! Onde você pensa que está indo? — perguntou Miguel, bloqueando a passagem de Vitor.

Vitor sorriu ironicamente, cruzando os braços enquanto esperava Miguel sair de sua frente. Ele suspeitava que Miguel estava prejudicando Catherine de alguma forma, mas ela não havia lhe contado nada.

— O que foi? Você é tão inseguro assim? Ou... — provocou Vitor, com um tom desafiador.

— Cale a boca! — gritou Miguel, perdendo a paciência. — Esse lugar não é para pessoas do seu tipo! E... Aquele ali é seu carro? Se for, é melhor jogar ele no lixo.

— Sim... Aquele é o meu carro — disse Vitor, com tranquilidade. — Tenho a impressão de que um carro ou uma noite de prazer são muito mais importantes para você do que a sua própria esposa.

— É melhor você parar por aqui, ou irei chamar os seguranças!

Miguel se aproximou do rapaz a qual continuava tranquilo no mesmo lugar.

— Já chega, Miguel! — Catherine se levantou da cadeira, empurrando Miguel para longe de Vitor. — Acabou, eu não quero mais nada com você!

As pessoas ao redor começaram a olhar para Miguel, enquanto Vitor, surpreso, tentava processar o que acabara de ouvir. Ele não imaginava que Catherine havia terminado com Miguel.

— Catherine, é melhor eu ir embora agora. Pegue o meu número — disse Vitor, aproximando-se dela. — Qualquer coisa, me liga que eu irei te ajudar.

— Tudo bem, Vitor. Obrigada.

— Estou saindo agora, Miguel. Mas se você fizer algum mal à Catherine, vai saber quem realmente sou! — advertiu Vitor.

Apesar de jovem, Vitor tinha uma criação excelente, era responsável e humilde. Ele nunca gostou de ostentar os carros de luxo que seu pai lhe comprava, preferindo dirigir um carro comum.

Vitor caminhou até a saída do estabelecimento, entrou em seu carro e partiu. Enquanto dirigia, a preocupação com Catherine não saía de sua mente. Ele estava atento e pronto para ajudar caso algo acontecesse.

Miguel continuou a olhar para Catherine, que evitava seu olhar.

— Catherine... Vamos conversar — insistiu Miguel. — Eu tenho um presente para você. Por favor, venha comigo, eu quero te mostrar.

Catherine percebeu que os clientes estavam começando a prestar atenção na situação, então decidiu acompanhar Miguel apenas para se livrar dele rapidamente.

Miguel saiu do estabelecimento com Catherine. Ele abriu a porta do carro e ela entrou, seguida por ele.

Catherine entrou no carro de Miguel, sentindo um misto de apreensão. Miguel ligou o motor e começou a dirigir em silêncio, o que só aumentava a tensão no ar.

— Para onde estamos indo? — perguntou Catherine, tentando manter a calma.

— É uma surpresa — respondeu Miguel, com um sorriso estranho.

Eles dirigiram por alguns minutos até chegarem a um hotel luxuoso. Miguel estacionou o carro e saiu, abrindo a porta para Catherine.

Catherine saiu do carro irritada, ela já havia deixado claro que não queria mais nada com Miguel.

— O que isso Miguel? Acabou! Não irei entrar aí com você.

— O presente está lá dentro Catherine. Vem comigo.

Ela olhou para Miguel e percebeu que ele não iria parar de insistir, então decidiu seguir ele até o local

Catherine entrou no hotel acompanhada de Miguel. Eles caminharam juntos pelo saguão elegante, onde lustres de cristal pendiam do teto, refletindo a luz suave. Subiram pelo elevador até o andar do quarto reservado. Miguel abriu a porta e, com um falso sorriso, convidou Catherine a entrar.

Ao cruzar a porta, Catherine ficou maravilhada. O quarto estava lindamente decorado com velas aromáticas e pétalas de rosa espalhadas pelo chão, criando um caminho até a cama. No centro do quarto, uma mesa elegantemente arrumada com uma toalha branca, pratos finos e taças de cristal. Uma garrafa de vinho tinto estava aberta, exalando um aroma convidativo.

Miguel puxou uma cadeira para Catherine e a convidou a se sentar. Ele serviu o vinho, e eles brindaram à noite. A mesa estava repleta de delícias: queijos variados, frutas frescas e chocolates finos. Catherine estava encantada com a atenção aos detalhes.

Com uma distração de Catherine, Miguel encheu novamente sua taça de vinho. Em pouco tempo, Catherine já estava um pouco embriagada, rindo e falando mais livremente.

Miguel pegou uns papéis que estavam guardados na sua mala de trabalho e os entregou a Catherine. Ele explicou que eram documentos importantes da empresa, mas na realidade, eram papéis que transfeririam todos os bens de Catherine para o nome de Miguel.

— Para que são esses papéis, Miguel? — perguntou ela, com a voz ligeiramente trêmula. — Não quero assinar nada agora... Aliás, eu ainda não te perdoei.

— Assine os papéis, Catherine. Não precisa ler, isso vai demorar muito — insistiu Miguel, com um tom persuasivo.

— Certo... — disse ela, com uma voz resignada. — Onde eu assino?

Miguel mostrou o lugar onde Catherine deveria assinar, entregando-lhe uma caneta. Sem pensar duas vezes, ela assinou os papéis e os devolveu a Miguel, que estava sorrindo triunfante.

Depois disso, a jovem continuou bebendo vinho enquanto Miguel comemorava silenciosamente sua nova conquista. Ele já era rico, mas ao se casar com Catherine, ficou ainda mais próspero, pois juntos conquistaram empresas e fecharam negócios importantes.

Mesmo depois de tudo o que construíram juntos, Miguel foi capaz de trair Catherine duas vezes, tanto no casamento quanto nos negócios.

O dia amanheceu e Catherine acordou com uma leve dor de cabeça. Ao se levantar, viu Miguel segurando os papéis, com um sorriso vitorioso no rosto. Catherine olhou para os documentos, seu coração acelerou e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela havia confiado em Miguel mais uma vez.

— Miguel... O que você fez? — perguntou ela, com um tom fraco, enquanto uma lágrima escorria pelo seu rosto.

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