Catherine estava parada, olhando fixamente para Miguel. Seu olhar era uma mistura devastadora de ódio e tristeza. Ela havia perdido tudo o que tinha.— Por quê, Miguel? Como você pôde fazer isso? — perguntou Catherine, sua voz tremendo enquanto olhava nos olhos dele.Miguel suspirou, passando a mão pelo rosto dela com uma frieza que a fez estremecer.— Catherine, minha querida. Eu não te amo mais. Acabou — murmurou ele, sem um pingo de remorso.— Eu já sabia disso, seu desgraçado! — gritou ela, a voz ecoando pelo quarto — Mas você não tinha o direito de roubar tudo o que construímos juntos!Miguel deu um passo para trás, seus olhos frios e distantes.— Já chega, Catherine. Estou indo embora agora. Tenho que ver minha futura esposa.Ele se virou e saiu, deixando Catherine sozinha com sua dor. Ela ouviu o som do elevador descendo, cada segundo um golpe em seu coração. Miguel entrou no carro e partiu, enquanto Catherine ficou para trás, sentindo-se mais perdida do que nunca.Catherine es
Miguel ainda estava incrédulo com a revelação de que Vitor era filho de um dos homens mais ricos da cidade.— Você? Filho do Alexander? — Miguel perguntou, apontando o dedo para Vitor com um sorriso cético. — Por acaso você roubou aquele carro lá fora? Não parece ser seu.Lília, percebendo a desconfiança de Miguel, se aproximou e sussurrou em seu ouvido:— É verdade, Miguel. Vitor é mesmo filho do Alexander.Miguel ficou sem palavras, tentando processar a informação. Lília já conhecia Vitor e sabia de sua riqueza, mas seu interesse por ele não era pelo dinheiro. No entanto, com Miguel, a história era diferente. Lília tinha um plano: casar-se com Miguel, garantir metade de sua fortuna e, em seguida, conquistar Alexander Duarte, convencendo-o de que ela era a mulher perfeita para Vitor.Lília aproveitou que Miguel estava bebendo um pouco de água e se aproximou de Vitor, sussurrando baixinho:— Você está lindo.— Afaste-se dele! Sua vagabunda! — exclamou Catherine, puxando os cabelos de
Catherine já havia chegado à casa da sua mãe, acompanhada de Vitor. Quando contou para Fernanda, sua mãe, sobre o que havia acontecido, a reação foi de total incredulidade. Fernanda sempre tentara abrir os olhos da filha. Ela sabia que Miguel não era um homem de confiança. No entanto, Catherine não deu ouvidos e casou-se com ele. Inicialmente, ela só queria o dinheiro de Miguel, mas com o tempo, começou a gostar dele de verdade. Agora, tudo o que Catherine queria era o divórcio. Assim que Catherine revelou o golpe que havia sofrido, sentiu como se sua alma deixasse o corpo. Ela olhou para a mãe, que estava sentada no sofá, mas logo se levantou. Vitor percebeu a tensão entre mãe e filha e segurou a mão de Catherine. Fernanda encarou Catherine com um olhar de tristeza e decepção. — Como você pôde ser tão ingênua, Catherine? — disse ela, aproximando-se da filha e segurando firmemente seu braço. — Senhora, por favor, tenha calma... Converse com a Catherine — interrompeu Vitor, te
Vitor agarrou o braço de Lília com firmeza e a puxou para fora da casa, enquanto Alexander observava em silêncio, seus olhos cheios de uma mistura de curiosidade e preocupação.— Nunca mais apareça aqui novamente! — Vitor rosnou, seu rosto contorcido de raiva. Lília, no entanto, manteve um sorriso provocador, seus olhos brilhando com desafio.— Certo, eu posso até sair, mas ainda vou voltar para conversar com você, assim que estiver mais calmo... — Lília deu um passo à frente, sua voz suave contrastando com a tensão no ar. — Quero conversar com o Alexander também, mas acredito que hoje não é um bom dia.— Adianta! Sai logo da minha casa! — Vitor exclamou.— Calma... — Lília sussurrou, aproximando-se ainda mais. Ela agarrou a camisa de Vitor, puxando-o para um beijo inesperado e intenso. Quando se afastou, um sorriso provocador surgiu em seus lábios.— Sai daqui, sua maluca! — Vitor gritou, empurrando-a para longe, seu coração batendo descontroladamente.Assim que Lília saiu, estava mu
O dia mal havia amanhecido, e Vitor já estava de pé. A noite anterior fora um turbilhão de pensamentos, graças à confusão que Lília causara, e o sono lhe escapara por completo. Com passos lentos, ele se dirigiu à cozinha, onde o aroma do café fresco já preenchia o ar. Alexander, seu pai, estava sentado à mesa, aguardando-o com uma expressão de curiosidade e preocupação. Vitor se sentou, e uma das empregadas prontamente o serviu com uma xícara fumegante de café e um prato. Ele agradeceu com um aceno de cabeça, e ela se retirou discretamente. Alexander continuou a observá-lo, os olhos cheios de perguntas não ditas. O silêncio entre eles era pesado, carregado com a tensão dos eventos recentes. Vitor sabia que uma conversa séria estava por vir, mas por enquanto, ele apenas queria saborear aquele momento de calma antes da tempestade.— O que foi, pai? — perguntou Vitor, percebendo o olhar penetrante de Alexander. — Quando o senhor me olha assim, é porque quer falar alguma coisa.Alexand
Vitor estava tentando não se atrasar para encontrar Catherine. O relógio já marcava seis e meia da noite, e ele tinha apenas meia hora para chegar ao jantar. A ansiedade crescia a cada segundo, e ele não parava de olhar para o relógio, sentindo o peso do tempo escorrendo.Com um suspiro nervoso, Vitor pegou as chaves do carro que estavam na estante ao lado da prateleira de livros. Em seguida, apanhou as chaves da casa que repousavam na bancada da cozinha. Seu coração batia acelerado enquanto corria até a porta, destrancando-a com um movimento rápido e preciso. Quando Vitor abriu a porta, deu de cara com Lília. Seu rosto imediatamente se contorceu em uma expressão de irritação. Ele já estava sem paciência com a mulher e além disso estava quase atrasado. — Que inferno! — Exclamou Vitor, olhando para Lília e ao mesmo tempo para o relógio. Lília abriu a boca para responder, mas Vitor a interrompeu, virando-se para os seguranças que estavam próximos.— Não deixem Lília entrar na casa —
A tensão no restaurante entre Catherine, Lília e Miguel era palpável, quase cortante. O ambiente, antes animado, agora parecia carregado de eletricidade. O silêncio constrangedor foi finalmente quebrado quando Vitor voltou do banheiro. Ele lançou um olhar inquisitivo para Miguel, depois para Lília, e exclamou com uma voz firme:— O que está acontecendo aqui? — Vitor perguntou, sua voz carregada de preocupação e autoridade. — Perderam alguma coisa com a Catherine?Miguel, sem perder a compostura, segurou a mão de Lília com firmeza e, com um sorriso forçado, respondeu:— Vamos, meu amor. — Ele a guiou em direção a outra mesa, tentando manter a calma. — Vamos aproveitar a noite.Lília, ainda atordoada pela situação, acompanhou Miguel, mas não pôde deixar de olhar para trás. Seus olhos encontraram os de Vitor, e ela o mirou de cima a baixo e sorriu, como se tentasse decifrar seus pensamentos.— Esses dois tinham que aparecer hoje aqui... — murmurou Catherine, com um suspiro de frustração.
Catherine, a jovem moça, já estava acordada às oito da manhã. Ela se encontrava na casa de sua mãe, buscando um refúgio temporário antes de retornar à sua própria casa. Ao se virar na cama, seus olhos pousaram no terno de Vitor, cuidadosamente dobrado sobre a pequena bancada ao lado do abajur. Um sorriso suave surgiu em seu rosto ao recordar a noite maravilhosa que passou ao lado de Vitor. No entanto, a lembrança de Lília e Miguel, que também estavam no restaurante, trouxe uma sombra de incerteza aos seus pensamentos.Decidida a começar o dia, Catherine se levantou da cama e se arrumou com cuidado e delicadeza. Antes de sair do quarto, pegou o terno de Vitor e, ao sentir o cheiro familiar do perfume, uma onda de nostalgia a envolveu. Com o terno ainda nas mãos, ela desceu as escadas lentamente. Ao chegar à cozinha, encontrou sua mãe preparando o café da manhã. Catherine sorriu ao ver a mãe, mas seu coração estava dividido entre a alegria da lembrança e a confusão dos sentimentos.— C