A tensão no restaurante entre Catherine, Lília e Miguel era palpável, quase cortante. O ambiente, antes animado, agora parecia carregado de eletricidade. O silêncio constrangedor foi finalmente quebrado quando Vitor voltou do banheiro. Ele lançou um olhar inquisitivo para Miguel, depois para Lília, e exclamou com uma voz firme:— O que está acontecendo aqui? — Vitor perguntou, sua voz carregada de preocupação e autoridade. — Perderam alguma coisa com a Catherine?Miguel, sem perder a compostura, segurou a mão de Lília com firmeza e, com um sorriso forçado, respondeu:— Vamos, meu amor. — Ele a guiou em direção a outra mesa, tentando manter a calma. — Vamos aproveitar a noite.Lília, ainda atordoada pela situação, acompanhou Miguel, mas não pôde deixar de olhar para trás. Seus olhos encontraram os de Vitor, e ela o mirou de cima a baixo e sorriu, como se tentasse decifrar seus pensamentos.— Esses dois tinham que aparecer hoje aqui... — murmurou Catherine, com um suspiro de frustração.
Catherine, a jovem moça, já estava acordada às oito da manhã. Ela se encontrava na casa de sua mãe, buscando um refúgio temporário antes de retornar à sua própria casa. Ao se virar na cama, seus olhos pousaram no terno de Vitor, cuidadosamente dobrado sobre a pequena bancada ao lado do abajur. Um sorriso suave surgiu em seu rosto ao recordar a noite maravilhosa que passou ao lado de Vitor. No entanto, a lembrança de Lília e Miguel, que também estavam no restaurante, trouxe uma sombra de incerteza aos seus pensamentos.Decidida a começar o dia, Catherine se levantou da cama e se arrumou com cuidado e delicadeza. Antes de sair do quarto, pegou o terno de Vitor e, ao sentir o cheiro familiar do perfume, uma onda de nostalgia a envolveu. Com o terno ainda nas mãos, ela desceu as escadas lentamente. Ao chegar à cozinha, encontrou sua mãe preparando o café da manhã. Catherine sorriu ao ver a mãe, mas seu coração estava dividido entre a alegria da lembrança e a confusão dos sentimentos.— C
Catherine ainda estava na sala com Lília, e a tensão entre elas era palpável, quase sufocante. Catherine soltou os cabelos de Lília com um movimento brusco, empurrando-a para trás com força.— Não vale a pena discutir com você, não quero perder o meu tempo! — Catherine sorriu, um sorriso frio e firme. — Você pode até ter conseguido ficar e enganar o Miguel, mas o Vitor... o Vitor você nunca terá! Pelo menos não pela vontade dele.Lília, com os cabelos bagunçados e o rosto vermelho de raiva, gritou:— E por que não? — Seus olhos faiscavam de ódio enquanto ela olhava Catherine de cima a baixo. — Por acaso você acha que é mais bonita que eu? Hum!Catherine a encarou com um olhar desdenhoso e disse:— Porque você é como a maçaneta de uma porta de um restaurante: todos tocam! — Catherine disse, sem um pingo de medo na voz.Lília, furiosa, avançou um passo, mas Catherine não recuou. — Sua desgraçada! É melhor você calar a sua boca. Você está é com inveja porque eu roubei o seu marido! Não
Catherine, uma jovem de 23 anos, nascida e criada nas periferias de São Paulo, enfrentou uma vida repleta de desafios. Seu pai, um dedicado comerciante de feira, e sua mãe, uma camareira trabalhadora, sempre fizeram o possível para que nada faltasse à filha. No entanto, Catherine nunca se conformou com a vida de pobreza e sonhava com um futuro luxuoso, longe das dificuldades da periferia. Com o passar do tempo, Catherine se tornava cada vez mais bela, atraindo olhares por onde passava. Apesar disso, ela desprezava os pretendentes que se aproximavam, pois seu objetivo era claro: casar-se com um homem rico que pudesse tirá-la da pobreza. Devido às dificuldades financeiras, Catherine precisou começar a trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Conseguiu um emprego em um luxuoso hotel, cujo dono era Miguel, um empresário extremamente rico. Embora detestasse a ideia de trabalhar, ela não tinha escolha. Miguel, encantado com a beleza e a determinação de Catherine, acabou se apaixonan
Miguel dirigia com o olhar fixo na estrada, enquanto Lília, ao seu lado, mexia nervosamente na bolsa, guardando os sapatos. A tensão no ar era palpável.— Por que você não me defendeu? — Lília quebrou o silêncio, sua voz alta, passando batom nos lábios. — Deixou a Catherine me tratar daquela forma e me expulsar.Miguel suspirou profundamente, parando o carro levemente no acostamento. Ele virou-se para Lília, os olhos faiscando de raiva e confusão.— Lília, você ainda pergunta? — exclamou ele. — Você não deveria ter contado à Catherine que eu iria me casar com você! Preciso encontrá-la antes que seja tarde demais.Miguel acelerou o carro com fúria, ignorando completamente os sinais de trânsito. O motor rugia enquanto ele pressionava o acelerador cada vez mais fundo. Seus olhos estavam fixos na estrada, mas sua mente estava em um turbilhão de raiva. As mãos suadas escorregavam no volante, e Lília, no banco de trás, segurava-se com força, o coração disparado pela velocidade insana.De re
Vitor estava sentado no sofá, fingindo ler, apenas para fazer seu pai ir embora e parar de falar sobre casamento. Ele levantou os olhos do livro e encarou o pai novamente, percebendo que ele ainda o observava seriamente.— O que foi, pai? — perguntou Vitor, colocando o livro na mesa.— O Albuquerque e a esposa dele virão nos visitar hoje. A Daiane também virá, então você poderá conversar melhor com sua noiva.— Noiva! — Vitor deu um sorriso sarcástico enquanto se levantava do sofá.— Eu não estou rindo, Vitor! — exclamou Alexsander. — Vá se arrumar, você parece que acabou de acordar!Vitor se aproximou do pai, seus olhos verdes, a qual seu pai não conseguiu descifrar. Ele sorriu antes de se dirigir ao banheiro. Após um banho revigorante, vestiu uma camisa que realçava ainda mais seus olhos verdes e calçou os sapatos. A casa era enorme, e tudo o que o rapaz possuía era da melhor qualidade. Seu quarto estava sempre impecável, graças ao cuidado diligente das empregadas.— Estou saindo ag
Alexander continuava a observar seu filho, Vitor, com um olhar pensativo. A ideia de casar Vitor com Daiane havia ocupado sua mente por um bom tempo. No entanto, as lembranças dos últimos momentos de Helena, sua falecida esposa e mãe de Vitor, ainda estavam frescas em sua memória. Helena, a mulher que Alexander amava profundamente, havia feito um último pedido antes de partir: que ele cuidasse de Vitor. Naquela época, Vitor tinha apenas três anos. Como um bom marido e pai, Alexander prometeu a Helena que faria de tudo para garantir a felicidade do filho. Após a morte de Helena, Alexander mergulhou em uma tristeza profunda, mas a promessa que fez à esposa o manteve firme. Ele se dedicou a criar Vitor, colocando a felicidade do filho acima de qualquer outra coisa. Embora desejasse que Vitor se casasse com Daiane, sabia que o reconhecimento social era menos importante do que a verdadeira felicidade de seu único filho. Com um gesto carinhoso, Alexander colocou a mão no ombro de Vitor
O dia se transformou em noite, e Miguel estava novamente com Lília. Desta vez, ele estava na casa dela, enquanto Catherine permanecia alheia a tudo.Lília, deslumbrante em um vestido curto vermelho, botas pretas e uma bolsa brilhante, irradiava confiança e charme. A tensão no ar era palpável, e cada movimento dela parecia cuidadosamente calculado para seduzir. Miguel, por sua vez, não conseguia desviar o olhar, completamente enfeitiçado pela presença magnética de LíliaLília começou a seduzir Miguel, levando ele para o quarto. Miguel esqueceu do mundo e se entregou ao erro novamente. Ele começou a acariciar o pescoço de Lília, a qual já estava na cama. A noite passou, e Miguel acordou ao lado de Lília. Ele olhou para o relógio e percebeu que já estava atrasado para o encontro com Catherine. Com o coração acelerado, vestiu suas roupas rapidamente e saiu do quarto, deixando Lília ainda adormecida.Descendo as escadas apressadamente, Miguel abriu a porta da sala e, para sua surpresa, en