Alexander continuava fixando o olhar no filho, esperando pacientemente que ele revelasse o conteúdo do papel. A tensão no ar era palpável.— Vamos, Vitor, conte-me o que está escrito. — Ordenou Alexander, sua voz firme, mas com um toque de preocupação. — Nós somos uma família, então... Não esconda nada de mim.Vitor respirou fundo, hesitando antes de falar. — É a Lília... — Disse ele, com a voz firme. — Essa mulher não me deixa em paz. Ela está dizendo que eu nunca me livrarei dela e que um dia eu irei ceder aos desejos dela. Além disso, ela mencionou algo sobre o Miguel... Parece que ele está querendo voltar com a Catherine.Alexander franziu a testa, surpreso com a revelação. — Continue... — Disse ele, tentando manter a calma.— Ela disse que o Miguel vai fazer de tudo para que a Catherine o perdoe. — Afirmou Vitor, sentindo o peso das palavras. — Disse que eu irei perder a Catherine...Vitor olhou para o pai, seus olhos cheios de incerteza e medo. — O que eu faço, pai?Alexander
— O que a senhora quer me contar? — Catherine cruzou os braços, a curiosidade estampada em seu rosto, ansiosa para saber o que sua mãe tinha a dizer sobre Lília. Catherine sabia que não era uma coisa boa, pois sempre que o nome de Lília surgia, problemas vinham à tona.— Quando eu estava voltando do trabalho, encontrei a Lília e ela deixou um recado para você. — Fernanda olhou diretamente nos olhos da filha, que agora mordia os lábios, tentando conter a raiva crescente. — Ela disse para você ficar longe do Vitor...Catherine pegou um copo d'água, tomou um gole profundo e, com um olhar determinado, respondeu:— Essa vagabunda está merecendo outra surra! — afirmou ela, com a voz carregada de indignação. — Essa mulher acha mesmo que eu tenho medo das ameaças dela?Fernanda deu um passo à frente, aproximando-se de Catherine, e continuou com um tom mais sério:— A Lília estava junto com o Miguel, e ele disse que quer voltar com você, minha filha. — Fernanda suspirou, preocupada. — Sinceram
Vitor continuou olhando para Catherine, encantado com sua beleza radiante. Ele tinha certeza de que Catherine, aquela moça determinada e de espírito forte que conheceu tempos atrás, era a mulher perfeita para compartilhar sua vida. Seus olhos percorriam cada detalhe do rosto dela, desde a suavidade de suas bochechas até a profundidade de seus olhos. Por fim, Vitor fixou o olhar na boca de Catherine, antes de voltar a encontrar seus olhos e sorrir com ternura. Catherine, incapaz de resistir ao charme de Vitor, retribuiu o sorriso, seus olhos brilhando de alegria.Enquanto isso, a mãe de Catherine observava a cena com um misto de curiosidade e felicidade. Fernanda, ao lado de Clarisse, trocou um olhar cúmplice e sorriu, impressionada com a evidente química entre os dois jovens.Poucos minutos depois, Alexander apareceu, curioso com a movimentação. Ele perguntou a Clarisse quem estava na porta e por que Vitor parecia tão distraído. Clarisse, com um sorriso nos lábios, respondeu:— Senhor
Catherine, com um olhar penetrante, levantou-se do sofá, enquanto Vitor tentava acalmá-la. Ela estava determinada a deixar claro para Lília que Vitor já estava comprometido. Só assim Lília pararia de persegui-lo. Pelo menos, era o que Catherine pensava. No entanto, Lília estava igualmente determinada a continuar sua perseguição até que Vitor finalmente cedesse a ela.— Catherine, não vale a pena! — disse Vitor, sua voz carregada de preocupação. Mas Catherine não deu ouvidos e seguiu em direção à porta, com a intenção de confrontar Lília.Ela saiu pela porta e, de longe, avistou Lília, que estava encostada em frente à casa, olhando para Catherine com um sorriso cínico no rosto.— O que você está fazendo aqui na casa do meu Vitor? — Lília se aproximou de Catherine, tocando suas roupas com desdém.— Seu?... Ele não é seu, sua maluca! — Catherine respondeu, tirando as mãos de Lília de seu vestido com um movimento brusco.— Eu estava agora conversando com ele e esclarecendo as coisas! O Vi
Cinco minutos depois, os dois ainda estavam aproveitando o momento, quando Clarisse, a empregada, apareceu para avisar que Alexander estava esperando por eles. Clarisse olhou para os dois e sorriu, percebendo a proximidade entre eles.— Vitor! — chamou Clarisse, com um tom gentil. — O seu pai está esperando vocês para almoçarem.Vitor tomou um pequeno susto e se afastou um pouco de Catherine, que ainda sorria.— Ah! Já estou indo, só um momento. — disse ele, enquanto Clarisse se retirava, deixando os dois sozinhos novamente.Vitor olhou para Catherine com um olhar preocupado e disse:— Deixe-me fazer o curativo, Catherine. — Ele pegou no braço da moça e em seguida pegou os materiais para fazer os curativos.— Vitor, eu estou bem. Vamos aproveitar mais um pouco... Vamos? — insistiu Catherine, com um sorriso esperançoso.— Eu queria, porém precisamos ir almoçar. O meu pai está esperando por nós. — explicou ele, com um tom de voz suave. — Então... Deixe-me fazer o curativo em seu braço,
Quando Catherine e Fernanda já haviam deixado a casa, Vitor permanecia sentado, olhando sério para o seu pai. Decidiu que era hora de contar algo importante.— O que foi, Vitor? — perguntou Alexander, notando a mudança repentina na expressão do filho. — Por que você mudou sua expressão de repente? Estava tão alegre com a presença da sua amada.Vitor levantou-se, a determinação visível em seus olhos.— Irei demitir os seguranças! — declarou Vitor, com firmeza. — Quando eu der uma ordem, quero que seja cumprida!— Como assim, Vitor? O que aconteceu? — Alexander estava confuso, tentando processar as palavras do filho.— Pai... — Vitor murmurou, respirando fundo para manter a calma. — Eu disse a todos os seguranças para não deixarem a Lília se aproximar da casa, nem mesmo do jardim! — explicou ele. — Parece que eles não seguiram as ordens, pois a Lília estava aqui há pouco! Por causa deles, a Catherine se machucou!— Eu não entendo, filho! Então... por que eles deixaram a Lília entrar? —
— Falem de uma vez por todas o que foi que a Lília disse! — ordenou Vitor, com a voz carregada de impaciência. — O que essa maluca falou? — Ele enfiou as mãos nos bolsos, começando a sentir a tensão subir.Os seguranças trocaram olhares nervosos, hesitando por um momento, até que um deles decidiu falar.— A Lília disse que lhe viu em uma boate, senhor — revelou o segurança, com um tom cauteloso. — Ela afirmou que você estava aproveitando a noite com uma mulher mais velha.Vitor ficou boquiaberto com a acusação. A surpresa rapidamente deu lugar à raiva, e ele murmurou entre dentes:— Essa desgraçada quer acabar com o meu relacionamento de qualquer jeito — murmurou Vitor entre dentes, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.Os seguranças se entreolharam novamente, visivelmente desconfortáveis com a situação. Um deles, mais corajoso, deu um passo à frente.— Senhor, nós só estamos repassando o que ouvimos — disse ele, tentando manter a calma. — Não sabemos se é verdade ou não.Vitor res
O dia amanheceu com o sol radiando e Vitor, ainda envolto em um sono leve, mexeu-se na cama, sentindo o calor suave dos primeiros raios de sol em seu rosto. Seus cabelos estavam bagunçados, um reflexo da noite de sono agitada.Com um suspiro profundo, ele abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes para ajustar-se à claridade. Virou-se para o lado e olhou para o relógio na mesa de cabeceira. Os ponteiros marcavam exatamente 7 da manhã. Ele sabia que aquele seria um dia importante, mas por um momento, permitiu-se ficar mais alguns segundos na cama, aproveitando o conforto das cobertas.Finalmente, com um esforço, Vitor levantou-se. Sentiu o chão frio sob seus pés descalços e caminhou em direção ao banheiro. O som da água corrente logo encheu o ambiente enquanto ele ajustava a temperatura do chuveiro. A água quente ajudou a despertar seus sentidos, lavando o sono restante e trazendo uma sensação de renovação.Após o banho, Vitor voltou ao quarto, sentindo-se mais desperto e prepar