Quando viram o Sr. Sergio aparecer, todos acharam que Ademir estava fadado a morrer. No entanto, se surpreenderam, quando os dois não apenas evitaram um confronto direto, mas também começaram a conversar de forma descontraída, como se fossem amigos próximos.Isso assustou consideravelmente o grupo de Cobra. E, por consequência, a família de Beatriz também ficou boquiaberta, todos sussurrando entre si, com os olhos arregalados, perplexos.- Não pode ser, esse moleque conhece o Sr. Sergio?- Meu Deus, quem é esse sujeito afinal? Como pode estar à vontade falando com o Sr. Sergio?.- Sr. Sergio, o Sr. conhece esse rapaz? - Cobra engoliu em seco, visivelmente nervoso.- Este Ademir é amigo da Gabriela. Você tem coragem de mexer com ele? - A expressão de Sergio se tornou fria.- O quê? Amigo da Srta. Gabriela? - Cobra sentiu um calafrio. Gabriela não era apenas uma das três grandes figuras de Cidade A, mas atrás dela também havia uma poderosa família da capital, no mesmo patamar de influên
- Sr. Sergio, vamos direto ao ponto, sim? - Após dar um gole no seu chá, Ademir falou calmamente. - Você disse que encontrou o ginseng de alta qualidade. Onde está?- Já que você está tão ansioso, Ademir, não vou mais esconder. - Sergio sorriu e bateu palmas. Ao ouvir o som, um guarda-costas rapidamente trouxe uma caixa de madeira de sândalo. Sergio pegou a caixa, colocou a caixa na mesa e abriu com um movimento fluido. Rapidamente Ademir notou um ginseng do tamanho da palma da mão, com pele amarelada e raízes extraordinariamente densas, se revelando.- É realmente algo esplêndido! - Ademir olhou atentamente e um sorriso imediatamente surgiu em seu rosto. Um ginseng de quinhentos anos é definitivamente um tesouro raro em todo o mundo! Agora ele estava um passo mais perto do seu objetivo com mais uma erva valiosa!- E então, Ademir, está satisfeito? Mais uma questão resolvida? - Perguntou Sergio, com um sorriso ambíguo.- Com certeza, muito obrigado, Sr. Sergio. - Ademir sorriu levemen
No início, Sergio estava sorridente, cheio de confiança. No entanto, rapidamente percebeu que algo estava errado. A força de Ademir era muito maior do que ele havia antecipado. Sentiu, com clareza, ondas terríveis de força, avançando como uma maré alta. Tanto que sua palma inteira começou a estalar. Parecia que a qualquer momento seria esmagada!O rosto de Sergio endureceu, e finalmente, sem mais hesitações, lançou um soco poderoso tentando afastar Ademir. No entanto, Ademir não se esquivou, recebendo o soco de frente. Quando seus punhos colidiram, a cadeira sob Sergio se desfez instantaneamente!Sergio foi empurrado para trás pela força de rebote, até que se estabilizou contra a parede. Em contrapartida, Ademir permaneceu sentado, imóvel.O resultado estava claro!- Você é bom, garoto! Não esperava que você fosse tão forte. Eu te subestimei! - Os olhos de Sergio se estreitaram, seu rosto mostrava indecisão. Ele não havia previsto que Ademir, tão jovem, possuísse tal força. Após uma ún
- Só quero te lembrar que é bom você pensar três vezes antes de agir. Não ache que, só porque tem alguém te apoiando, você pode fazer o que quiser. – Beatriz, com uma expressão séria, correu até Ademir para alertar. - Um homem deve sempre confiar em sua própria força. Rastejar perante os poderosos pode te dar um momento de glória, mas é passageiro, nunca é uma estratégia de longo prazo. Espero que você perceba isso a tempo.- Como você sabe que estou rastejando perante os poderosos? - Ouvindo isso, Ademir achou um tanto divertido.- Não está? Se não fosse pela reputação de Srta. Gabriela, você acha que Cobra teria deixado você em paz agora? Claro que não, nesse momento você estaria desesperado tentando pensar em uma solução. - Beatriz foi direta.- Se você diz, então deve ser verdade. De qualquer forma, aos olhos de vocês, eu sempre serei um inútil. - Ademir debochou, balançando a cabeça. Impressões enraizadas em pessoas são difíceis de mudar. Mesmo que um dia a verdade esteja diante d
À noite, na delegacia, dentro de uma cela escura. Ademir e Beatriz estavam amarrados de costas com uma cadeira. O ambiente era úmido e escuro, quase como se as mãos desaparecessem antes de chegarem aos olhos, criando uma pressão invisível.- Sinto muito, não queria te envolver nisso. - Ademir quebrou o silêncio.- Eles dizem que você roubou algo valioso. Isso é verdade? - Beatriz indagou abruptamente.- O que você acha? – Ademir perguntou.- Não acho que você teria coragem para isso. Alguém está te incriminando? Tem algo a ver com Cobra? – Beatriz respondeu.- Cobra é apenas um peão. O verdadeiro culpado é o Sergio. - Revelou Ademir.- Sergio? Você quer dizer Sr. Sergio? - Beatriz se assustou. - Vocês pareciam se dar tão bem antes, o que aconteceu?- Nós nos desentendemos. - respondeu Ademir, impassível.- O quê? - O rosto de Beatriz mudou. – Mas você atacou o Sr. Sergio? Você enlouqueceu?- Ele começou. Eu só estava me defendendo. - Ademir se manteve sereno.- Você é tão impulsivo! -
A noite se aprofundava cada vez mais. Neste momento, do lado de fora da delegacia, Eduarda e Carlos, acompanhados dos outros integrantes da família, esperavam ansiosamente. Beatriz era a coluna vertebral da família Silva; se algo acontecesse a ela, a família entraria em decadência completa. Então, para resgatá-la, a família Silva não mediu esforços e utilizou todas as conexões possíveis.Enquanto todos aguardavam ansiosamente, um policial de repente saiu. - Irmão, como estão as coisas? Minha irmã pode ser liberada? – Carlos imediatamente se aproximou.- Carlos, eu acabei de verificar. O Chefe de Polícia Lúcio está pessoalmente encarregado deste caso. Pessoas insignificantes como eu não podem intervir. - O policial sacudiu a cabeça.- E agora? Pode pensar em outra solução? - Carlos deixou escapar uma pitada de nervosismo em sua fala.- Sim, por favor, policial! Ficaremos eternamente gratos se você puder nos ajudar! - Eduarda implorou.- Farei o que puder, mas não posso prometer nada. A
Quando o mundo externo estava em pleno tumulto, parecendo um mar revolto, o escritório do chefe da delegacia era um oásis de calmaria.- E então, Chefe Lúcio, o garoto aceitou? - Cobra imediatamente perguntou ansioso, mal tinha se acomodado na cadeira.- Aceitar ou não aceitar não é o ponto. Os criminosos que caem em minhas mãos acabam sempre cedendo. - Lúcio estava fumando um charuto, com um semblante despreocupado.- Com o Chefe Lúcio no comando, claro que não teremos problemas. Mas a noite é longa e pode tomar direcionamentos diversos, seria bom agir logo. - Cobra aconselhou.- O quê? Você está me dizendo como fazer o meu trabalho? - Lúcio lançou um olhar gelado.- De forma alguma, o problema é que aquele garoto tem alguém por trás. Se não resolvermos logo, estou receoso de que teremos problemas. - Cobra apressadamente fez uma expressão conciliadora.- Que tipo de problema poderia ter? Estou apenas cumprindo com o meu dever; além disso, quem na minha jurisdição poderia me abalar? -
Dentro do pequeno quarto escuro. Ademir e Beatriz estavam encostados um no outro, sentindo o calor mútuo de seus corpos. Desde o casamento até o divórcio, raramente tiveram um momento tão considerável como este, tão pacífico. Por um tempo, ambos estavam perdidos em pensamentos, sem saber como começar a conversa. - Você acha que vamos morrer aqui hoje? - Finalmente, Beatriz rompeu o silêncio. O ambiente sombrio e opressivo ao redor dela a fazia se sentir extremamente inquieta. E a presença ameaçadora de Lúcio apenas agravava seu desconforto. - Não fique pensando bobagens, nós definitivamente sairemos daqui sãos e salvos. - Ademir a confortou. - E se por acaso não conseguirmos sair, você tem algum último desejo? - Perguntou Beatriz, com um tom melancólico. - Não há "e se". Vamos discutir qualquer coisa depois que sairmos daqui. - Respondeu Ademir. - Estamos lidando com o Sr. Sergio. Com seus contatos e poder, será muito fácil para ele nos destruir. - Beatriz suspirou. Diante de