- O que está acontecendo? Quem fez isso?Observando a multidão que caía ao chão, Gabriela franzia a testa, e rapidamente o seu rosto belo se tornou gélido.Se fossem um ou dois envenenados, a situação ainda poderia ser considerada controlada.No entanto, eram centenas de pessoas envenenadas ao mesmo tempo.As consequências eram simplesmente incalculáveis!Quem administrou o veneno claramente queria erradicar toda a família Ribeiro!- Pai! Mãe! Tio! Tio!Vendo os entes queridos caindo um a um, Luísa ficou em pânico e rapidamente correu até eles.No entanto, antes mesmo de tocá-los, ela cuspiu um bocado de sangue e caiu ali mesmo.- Luísa!A expressão de Gabriela mudou drasticamente. Ela estava prestes a avançar quando foi agarrada por Ademir:- Não vá! Não é o líquido que está envenenado, é o ar!- Então, o que faremos? Precisamos encontrar uma maneira de salvá-los!Gabriela estava visivelmente angustiada.Com todos os seus entes queridos envenenados e vomitando sangue, era difícil ela
Depois de meia hora de luta, mais de cem pessoas já haviam tomado o antídoto.Embora fracos e pálidos, a vida dels não estavam mais em risco.Após todo o esforço, Gabriela colapsou no chão, exausta. Ademir também suspirou aliviado.Ainda bem que ele tinha consigo uma variedade de medicamentos; caso contrário, teria sido impossível cuidar de tantas pessoas envenenadas.- Ademir, se não fosse por você, nossa família estaria acabada. - Edson se levantou lentamente com seu rosto cheio de gratidão.Estiveram a um passo de ver toda a família Ribeiro exterminada.- Edson, não precisa agradecer. Fiz o que devia ser feito. - Ademir fez um gesto com a mão.- Tio, você não acha isso um pouco estranho? - Ricardo de repente falou. - Por que ele teria um antídoto se nós fomos envenenados?- O que você quer dizer com isso? - Edson franziu a testa.- Tio, as pessoas que estão aqui na reunião anual são ou membros da família Ribeiro ou convidados de honra. Todos se conhecem. Este sujeito aqui é o único
Olhando para os rostos hostis ao seu redor, Ademir não pôde evitar de dar um sorriso irônico. Era a ingratidão em sua forma mais pura. Se soubesse que as coisas tomariam esse rumo, ele jamais teria levantado um dedo para ajudá-las. Agora, não só falhou em ganhar agradecimentos, mas também arranjou uma série de problemas para si. Que azar!- Ademir, por que você está em silêncio? Está com a consciência pesada, é isso? - Ricardo continuava agressivo, claramente disposto a não deixar o assunto morrer.- O que mais eu poderia dizer quando você já disse tudo? - Ademir respondeu com uma risada sarcástica. - Salvei suas vidas, e vocês insistem que eu sou o culpado. Nunca vi pessoas tão ingratas.- Ainda se atreve a dar desculpas? - Os olhos de Ricardo se estreitaram. - Se você não nos envenenou, então explique por que tinha o antídoto com você?- Isso mesmo! Por que você tinha o antídoto? - A multidão começou a questioná-lo em alto e bom som.O povo não podia evitar a suspeita. Tudo era coinc
- Ninguém vai tocar no Ademir hoje! Gabriela não dava a mínima para as aparências.Em seus olhos, seu homem era mais importante que o mundo inteiro.Não importava se ele fosse injustamente acusado, ou mesmo culpado, ela o defenderia até o fim.- Insolente! - Décio, num ímpeto de raiva, gritou. - Um assunto tão importante para a família e você, uma jovem, faz toda essa bagunça? Levem Gabriela de volta para o quarto!- Sim senhor!Algumas mulheres não hesitaram e meio que a arrastaram Gabriela para fora do salão de festas.Vendo essa cena, Ademir franzia a testa. Ele teve vontade de intervir várias vezes, mas se conteve.A atitude da família Ribeiro já havia acendido uma fagulha de raiva em seu corpo.- Ademir, ninguém pode te ajudar agora. - Ricardo deu alguns passos à frente e disse em voz baixa. - Eu te avisei para ir embora mais cedo, você não quis ouvir, e agora, se arrependeu?- Eu não sou o culpado. - Ademir tentou se defender.- O que importa se você é o assassino ou não? Se eu
Olhando para os olhos ainda abertos de Ricardo, todos estavam atônitos.Olhos arregalados, rostos de incredulidade.Ninguém imaginava que Ademir fosse tão audacioso a ponto de matar alguém sem ao menos excitarAdemir não deixou nem espaço para negociações.Como pode alguém matar sem sequer falar uma palavra?Isso foi totalmente fora do padrão.- Estamos ferrados, agora sim estamos completamente ferrados.Luísa bateu na própria testa enquanto fechava os olhos.Se antes havia alguma dúvida, agora, independentemente da verdade, Ademir estava confirmado como o assassino.A partir deste momento, Ademir tornou-se o inimigo público da família Ribeiro!O silêncio momentâneo foi seguido por um frenesi geral.- Audacioso! Ousa matar alguém da família em público? Você está fadado a morrer!- Que porra é essa?! Esse cara enlouqueceu? No território da família Ribeiro, ele ousa matar um descendente? Absolutamente insano!- Desafiando abertamente toda a família Ribeiro, nunca vi alguém tão cruel.Por
- Senhores, sei que me odeiam, mas agora ouçam o que tenho a dizer. - Ademir olhou ao redor e falou em voz alta. - Deixem-me terminar, e depois, façam o que quiserem comigo. Não vou resistir!- Agora que está entre a vida e a morte, você quer se justificar? - Décio o encarou.- Acreditem ou não, eu vou falar. Ricardo merece morrer porque ele é o verdadeiro autor do envenenamento! - Ademir falou algo surpreendente.- Isso é um absurdo! - Décio resmungou. - Ricardo é da família, como ele poderia envenenar a gente? Você está claramente tentando nos incriminar!- Exatamente! Se você vai inventar uma história, ao menos encontre um motivo convincente. Quem vai acreditar que Ricardo é o culpado? - A multidão o desprezou. O olhar que eles dirigiram a Ademir, ainda era extremamente hostil. Se não fosse por Gabriela estar na frente dele, todos já teriam partido para a agressão.- Você diz que Ricardo é o culpado, tem alguma prova? - Edson, que tinha estado em silêncio até então, finalmente falou
- Absurdo! Absolutamente absurdo! Todos nós vimos com muito clareza, Ricardo estava em plena forma antes de você atacá-lo. Como que você diz que ele já era um cadáver? Isso é ridículo!Décio ficou ainda mais enfurecido, querendo despedaçar o homem à sua frente.- Você pensa que somos idiotas? Por que motivo acreditaríamos nessas mentiras?- Exato! Ricardo foi claramente morto por você, todos nós podemos provar isso!O público estava indignado, e as vozes questionadoras só aumentavam.Ele matou um homem, não assume o crme e acanda usando desculpas absurdas como essa. Ele realmente acha que todos ali são crianças de três anos?- Jovem, você tem certeza do que está falando?Nesse momento, até Edson franzia a testa.Ele tentou dar a Ademir uma chance de explicar, mas as palavras deste estavam se tornando cada vez mais absurdas.- Sei que vocês não acreditam, mas tenho provas.Ademir falou e caminhou até o corpo de Ricardo, rasgando a sua camisa abruptamente.Rapidamente, manchas de cor vin
Décio estava atordoado, quase incapaz de acreditar no que via.Era a primeira vez que ele se deparava com uma cena tão sinistra.- Tem que ser coisa do Geraldo! - Exclamaram membros da família Ribeiro, em choque.Antigamente, alguém da família morria subitamente de tempos em tempos, mas nunca algo tão aterrorizante havia acontecido assim.- Que crueldade! - Edson franziu a testa com uma expressão sombria.Primeiro mataram Ricardo, depois, usando feitiçaria, manipularam seu cadáver para envenenar a todos na família.Tal ação era não apenas cruel, mas também diabólica.Ninguém, exceto Geraldo, seria capaz de tal coisa.- Agora vocês acreditam em mim? - Ademir falou no momento certo.- Bem... - Décio hesitou.Por mais difícil que fosse aceitar, a realidade estava diante dos olhos de todos. Ele não tinha escolha senão acreditar em Ademir.- Pai! A verdade foi revelada. Não é hora de mandar seus homens recuarem? - Gabriela lembrou.- Recuem. - Edson acenou, indicando que todos os guardas se