Depois de encontrar Gabriela, Ademir não partiu imediatamente. Em vez disso, ele ficou hospedado na família Ribeiro sob o pretexto de tratar a doença de Edson. Certamente, para evitar que Ademir e Gabriela fugissem juntos, uma mulher de meia-idade seguia os dois de perto, sem dar um passo em falso. Qualquer ação íntima entre eles era imediatamente interrompida, especialmente depois que escurecia, quando era proibido eles se encontrarem. Ademir sentiu-se impotente diante dessa situação.Uma noite passou sem nenhum incidentes.Na manhã seguinte, o encontro anual da família Ribeiro começou oficialmente. Seja a linha direta ou os ramos colaterais, todos começaram a chegar um após o outro. Carros de luxo, que valiam milhões, estacionavam casualmente no pátio. Como uma das cinco grandes famílias, a Ribeiro era, naturalmente, muito numerosa. Contando todos, provavelmente havia mais de cem pessoas na mansão.Na verdade, além dos membros da família Ribeiro, alguns executivos da empresa e convid
- O que está acontecendo? Quem fez isso?Observando a multidão que caía ao chão, Gabriela franzia a testa, e rapidamente o seu rosto belo se tornou gélido.Se fossem um ou dois envenenados, a situação ainda poderia ser considerada controlada.No entanto, eram centenas de pessoas envenenadas ao mesmo tempo.As consequências eram simplesmente incalculáveis!Quem administrou o veneno claramente queria erradicar toda a família Ribeiro!- Pai! Mãe! Tio! Tio!Vendo os entes queridos caindo um a um, Luísa ficou em pânico e rapidamente correu até eles.No entanto, antes mesmo de tocá-los, ela cuspiu um bocado de sangue e caiu ali mesmo.- Luísa!A expressão de Gabriela mudou drasticamente. Ela estava prestes a avançar quando foi agarrada por Ademir:- Não vá! Não é o líquido que está envenenado, é o ar!- Então, o que faremos? Precisamos encontrar uma maneira de salvá-los!Gabriela estava visivelmente angustiada.Com todos os seus entes queridos envenenados e vomitando sangue, era difícil ela
Depois de meia hora de luta, mais de cem pessoas já haviam tomado o antídoto.Embora fracos e pálidos, a vida dels não estavam mais em risco.Após todo o esforço, Gabriela colapsou no chão, exausta. Ademir também suspirou aliviado.Ainda bem que ele tinha consigo uma variedade de medicamentos; caso contrário, teria sido impossível cuidar de tantas pessoas envenenadas.- Ademir, se não fosse por você, nossa família estaria acabada. - Edson se levantou lentamente com seu rosto cheio de gratidão.Estiveram a um passo de ver toda a família Ribeiro exterminada.- Edson, não precisa agradecer. Fiz o que devia ser feito. - Ademir fez um gesto com a mão.- Tio, você não acha isso um pouco estranho? - Ricardo de repente falou. - Por que ele teria um antídoto se nós fomos envenenados?- O que você quer dizer com isso? - Edson franziu a testa.- Tio, as pessoas que estão aqui na reunião anual são ou membros da família Ribeiro ou convidados de honra. Todos se conhecem. Este sujeito aqui é o único
Olhando para os rostos hostis ao seu redor, Ademir não pôde evitar de dar um sorriso irônico. Era a ingratidão em sua forma mais pura. Se soubesse que as coisas tomariam esse rumo, ele jamais teria levantado um dedo para ajudá-las. Agora, não só falhou em ganhar agradecimentos, mas também arranjou uma série de problemas para si. Que azar!- Ademir, por que você está em silêncio? Está com a consciência pesada, é isso? - Ricardo continuava agressivo, claramente disposto a não deixar o assunto morrer.- O que mais eu poderia dizer quando você já disse tudo? - Ademir respondeu com uma risada sarcástica. - Salvei suas vidas, e vocês insistem que eu sou o culpado. Nunca vi pessoas tão ingratas.- Ainda se atreve a dar desculpas? - Os olhos de Ricardo se estreitaram. - Se você não nos envenenou, então explique por que tinha o antídoto com você?- Isso mesmo! Por que você tinha o antídoto? - A multidão começou a questioná-lo em alto e bom som.O povo não podia evitar a suspeita. Tudo era coinc
- Ninguém vai tocar no Ademir hoje! Gabriela não dava a mínima para as aparências.Em seus olhos, seu homem era mais importante que o mundo inteiro.Não importava se ele fosse injustamente acusado, ou mesmo culpado, ela o defenderia até o fim.- Insolente! - Décio, num ímpeto de raiva, gritou. - Um assunto tão importante para a família e você, uma jovem, faz toda essa bagunça? Levem Gabriela de volta para o quarto!- Sim senhor!Algumas mulheres não hesitaram e meio que a arrastaram Gabriela para fora do salão de festas.Vendo essa cena, Ademir franzia a testa. Ele teve vontade de intervir várias vezes, mas se conteve.A atitude da família Ribeiro já havia acendido uma fagulha de raiva em seu corpo.- Ademir, ninguém pode te ajudar agora. - Ricardo deu alguns passos à frente e disse em voz baixa. - Eu te avisei para ir embora mais cedo, você não quis ouvir, e agora, se arrependeu?- Eu não sou o culpado. - Ademir tentou se defender.- O que importa se você é o assassino ou não? Se eu
Olhando para os olhos ainda abertos de Ricardo, todos estavam atônitos.Olhos arregalados, rostos de incredulidade.Ninguém imaginava que Ademir fosse tão audacioso a ponto de matar alguém sem ao menos excitarAdemir não deixou nem espaço para negociações.Como pode alguém matar sem sequer falar uma palavra?Isso foi totalmente fora do padrão.- Estamos ferrados, agora sim estamos completamente ferrados.Luísa bateu na própria testa enquanto fechava os olhos.Se antes havia alguma dúvida, agora, independentemente da verdade, Ademir estava confirmado como o assassino.A partir deste momento, Ademir tornou-se o inimigo público da família Ribeiro!O silêncio momentâneo foi seguido por um frenesi geral.- Audacioso! Ousa matar alguém da família em público? Você está fadado a morrer!- Que porra é essa?! Esse cara enlouqueceu? No território da família Ribeiro, ele ousa matar um descendente? Absolutamente insano!- Desafiando abertamente toda a família Ribeiro, nunca vi alguém tão cruel.Por
- Senhores, sei que me odeiam, mas agora ouçam o que tenho a dizer. - Ademir olhou ao redor e falou em voz alta. - Deixem-me terminar, e depois, façam o que quiserem comigo. Não vou resistir!- Agora que está entre a vida e a morte, você quer se justificar? - Décio o encarou.- Acreditem ou não, eu vou falar. Ricardo merece morrer porque ele é o verdadeiro autor do envenenamento! - Ademir falou algo surpreendente.- Isso é um absurdo! - Décio resmungou. - Ricardo é da família, como ele poderia envenenar a gente? Você está claramente tentando nos incriminar!- Exatamente! Se você vai inventar uma história, ao menos encontre um motivo convincente. Quem vai acreditar que Ricardo é o culpado? - A multidão o desprezou. O olhar que eles dirigiram a Ademir, ainda era extremamente hostil. Se não fosse por Gabriela estar na frente dele, todos já teriam partido para a agressão.- Você diz que Ricardo é o culpado, tem alguma prova? - Edson, que tinha estado em silêncio até então, finalmente falou
- Absurdo! Absolutamente absurdo! Todos nós vimos com muito clareza, Ricardo estava em plena forma antes de você atacá-lo. Como que você diz que ele já era um cadáver? Isso é ridículo!Décio ficou ainda mais enfurecido, querendo despedaçar o homem à sua frente.- Você pensa que somos idiotas? Por que motivo acreditaríamos nessas mentiras?- Exato! Ricardo foi claramente morto por você, todos nós podemos provar isso!O público estava indignado, e as vozes questionadoras só aumentavam.Ele matou um homem, não assume o crme e acanda usando desculpas absurdas como essa. Ele realmente acha que todos ali são crianças de três anos?- Jovem, você tem certeza do que está falando?Nesse momento, até Edson franzia a testa.Ele tentou dar a Ademir uma chance de explicar, mas as palavras deste estavam se tornando cada vez mais absurdas.- Sei que vocês não acreditam, mas tenho provas.Ademir falou e caminhou até o corpo de Ricardo, rasgando a sua camisa abruptamente.Rapidamente, manchas de cor vin