Capítulo 3
"Saia daqui!"

Apenas duas palavras, e Eduarda ficou paralisada de medo.

Nunca teria imaginado que Ademir, sempre tão afável e sem temperamento, poderia ser tão assustador quando se enfurecia.

Aqueles olhos pareciam querer devorá-la.

- Assassino! Socorro, me ajudem! - Depois de se recuperar do choque, Eduarda começou a gritar.

Rapidamente, uma equipe de segurança do Grupo BK se aproximou.

- Sra. Eduarda, o que aconteceu? - O líder da segurança, claramente familiarizado com Eduarda, manifestou-se assim que chegou.

- Beto! Prenda esse homem imediatamente! Ele ousou bater no meu filho, quero que ele pague por isso! - Gritou Eduarda, com feroz determinação.

- Ora, ousa causar confusão na entrada da nossa empresa? Parece que você está cansado de viver!

O chefe de segurança deu um aceno no ar, e sua equipe rapidamente cercou Ademir.

Todos sabiam que esta era a oportunidade perfeita para agradar a mãe da presidente.

Com uma boa performance, talvez pudessem conseguir uma promoção e um aumento, se casar com uma bela mulher e atingir o auge da vida.

- O que estão esperando? Batam nele!

Justo quando o chefe de segurança ia agir, uma voz autoritária ecoou:

- Quero ver quem se atreve!

Junto com a repreensão, uma mulher vestindo cheongsam prateado, de corpo curvilíneo e rosto extremamente bonito, acompanhada de vários seguranças, entrou apressadamente.

A mulher tinha lábios vermelhos como chamas, um charme irresistível emanava dela a cada movimento e sorriso.

Ela era tão encantadora como uma fada, capaz de hipnotizar e encantar qualquer um.

- Que linda!

O grupo de seguranças a observava de cima a baixo, sentindo-se inquietos internamente.

Aquela mulher diante deles era verdadeiramente uma criatura excepcional e deslumbrante!

- Sr. Ademir, você está bem? - A mulher não prestou atenção nos olhares ardentes ao redor, e foi direto até Ademir.

- Oi? Quem é você? - Ademir estreitou levemente os olhos, o ódio em seu olhar começando a dissipar.

- Olá, eu sou Gabriela Ribeiro, fui enviada por Sr. Cesar. - Disse a mulher com um sorriso.

Ao ouvir isso, a equipe de segurança imediatamente se agitou.

- Gabriela? Seria aquela jovem senhorita da família Ribeiro?

- Meu Deus! Por que ela está aqui?

Todos se entreolhavam, visivelmente surpresos.

O nome Gabriela Ribeiro era bastante conhecido entre eles.

Não era apenas bonita, rica e com uma posição social influente, mas também possuía habilidades pessoais extremamente fortes.

Aos vinte e dois anos, assumiu com sucesso todo o Grupo Ribeiro.

E em apenas cinco anos, construiu um vasto império comercial, tornando-se a renomada "Rainha dos Negócios" da Cidade A!

- Então é você. - Ademir assentiu, finalmente entendendo.

Ele já tinha ouvido falar de Gabriela, só não esperava que ela tivesse alguma relação com Cesar.

- Sr. Ademir, por que você não vai para o carro e descansa? Deixe essas "moscas" para mim.

Gabriela estalou os dedos.

Os quatro guarda-costas de terno atrás dela imediatamente tiraram seus bastões curtos e começaram a avançar.

Embora houvesse apenas quatro pessoas, sua aura poderosa aterrorizou a equipe de segurança, que recuou, sem ousar se aproximar.

Os guarda-costas eram rigorosamente selecionados a dedo e eram verdadeiros profissionais de elite!

- Sr. Ademir, por favor. - Vendo que ninguém ousava se mover, Gabriela estendeu a mão com um sorriso.

Ademir não disse nada, apenas pegou os cacos do pingente de jade no chão e seguiu Gabriela até o carro.

Durante todo o processo, ninguém ousou impedir.

- Ei! Para que vocês servem? Vão deixá-los ir assim? - Depois de se recuperar, Eduarda imediatamente começou a praguejar.

- Sra. Eduarda, essas são pessoas da família Ribeiro, nós simplesmente não podemos nos dar ao luxo de ofendê-los! - Disse o capitão da equipe de segurança com uma expressão amarga.

Quem era Gabriela? Mesmo se lhes dessem toda a coragem do mundo, eles não ousariam agir precipitadamente.

- Um bando de inúteis! Vocês não ousam ofender a família Ribeiro, mas ousam ofender minha filha? - Eduarda falou com raiva.

Os seguranças se entreolharam, sem ousar dizer uma palavra.

- O que aconteceu?

Neste momento, Beatriz, que ouviu o barulho, saiu pela porta acompanhada de Bruna.

- Filha! Você finalmente veio! Olhe só, olhe para o estado em que seu irmão ficou depois de levar uma surra! - Disse Eduarda, começando a chorar assim que viu sua filha.

A sua aparência de choro desesperado era tão intensa que alguém que não soubesse poderia pensar que ela mesma tinha sido espancada.

- Como isso aconteceu? Quem fez isso?!

Olhando para Carlos com o rosto inchado, Beatriz ficou instantaneamente de cara fria.

- Quem mais poderia ser? Claro que foi aquele ingrato do Ademir! - Eduarda começou a exagerar nas descrições. - Acabamos de encontrá-lo na porta, vimos que ele deixou cair um pingente de jade, e seu irmão pretendia pegá-lo para devolver. Mas quem diria que, quando ele viu, acusou seu irmão de roubar seus pertences. Depois de algumas discussões, ele partiu para cima do seu irmão e o agrediu brutalmente! Coitado do meu filho, agiu com boas intenções e acabou sendo espancado por ele. É uma verdadeira tragédia!

Enquanto falava, ela começou a chorar novamente.

- Ademir? - Beatriz franziu as sobrancelhas. - Ele sempre teve um bom temperamento, como pôde de repente atacar alguém, vocês provocaram ele?

- O que você quer dizer com isso? Você não acredita na sua mãe, mas acredita naquele ingrato? - Eduarda parecia consternada.

- Só estou tentando esclarecer a situação. - Disse Beatriz.

Casados por três anos, ela conhecia muito bem a personalidade de Ademir.

Ele sempre foi calmo e generoso, nunca se irritando facilmente.

Teoricamente, ele não iria bater em alguém por causa de uma pequena questão.

- Seu irmão foi espancado, isso ainda não está claro o suficiente? Se você não acredita em mim, pergunte aos seguranças, eles viram tudo claramente! - Disse Eduarda, virando a cabeça para os seguranças e lançando um olhar significativo para eles.

- Presidente Beatriz! Sua mãe está certa, agora há pouco, aquele sujeito surtou e começou a bater nas pessoas. Se não tivéssemos chegado a tempo, provavelmente sua mãe teria sido espancada também! - O chefe da equipe de segurança entendeu o que Eduarda queria dizer com aquele olhar e disse apressadamente.

- Você ouviu? Acha que eu estaria caluniando Ademir? - Eduarda continuou. - Eu já te disse antes, aquele Ademir não é boa pessoa, ele é falso e hipócrita. Veja, vocês acabaram de se divorciar e ele já mostrou seu verdadeiro eu! Não só bateu no seu irmão, como também já arranjou uma mulher vulgar! Esse tipo de homem, realmente não tem consciência!

Ouvindo isso, Beatriz franziu a testa involuntariamente.

Era evidente que ela estava abalada e incerta sobre a situação.

Será que a culpa foi realmente do Ademir?

Será que ele estava com raiva devido ao divórcio e agiu por vingança?

Se era assim, então ela realmente julgou a pessoa errada!
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