Capítulo 6
- Seu inútil! - Gabriela imediatamente ficou muito irritada, agarrou Caio com força e gritou. - Eu te disse para não tirar as agulhas de prata e você insistiu em tirá-las. Agora temos um problema, e essa é a sua solução?

- Não... Não é minha culpa, eu fiz o meu melhor. - Caio balançou a cabeça repetidamente, começando a fugir de suas responsabilidades. – Ah, sim, deve ter sido a culpa daquele jovem curandeiro rural, foi ele que aplicou acupuntura aleatoriamente e prejudicou o Sr. Fabio!

Gabriela desferiu um tapa na cara de Caio:

- Seu merda! Cometeu um erro estúpido e ainda quer jogar a culpa nos outros? Eu estou te avisando, se algo acontecer com meu avô, vou arrancar o seu couro! - Ameaçou ela.

Ouvindo isso, a expressão de Caio ficou pálido instantaneamente.

Com o poder e influência da família Ribeiro, fazer alguém desaparecer da face da Terra seria fácil.

- O que aconteceu? - Nesse momento, Ademir entrou no quarto.

No entanto, ao ver Fabio com a face escura e sangue escorrendo de sua boca e nariz, imediatamente franziu a testa.

- Eu não disse que as agulhas de prata não podiam ser retiradas? Por que ninguém me escutou? - Disse Ademir com uma expressão de descontentamento.

- Sr. Ademir, o que acabou de acontecer é...

Antes que Gabriela pudesse explicar, Caio subitamente deu um passo à frente, agarrando a gola da roupa de Ademir e berrou:

- Então foi você quem aplicou as agulhas? Você tem ideia de que foi por causa do seu tratamento irresponsável que o Sr. Fabio está em estado crítico? Quero ver como você vai assumir essa responsabilidade!

Agora que finalmente encontrou um bode expiatório, ele certamente não deixaria a oportunidade passar facilmente.

- Pelo jeito, foi você quem tirou as agulhas de prata? - Ademir levantou uma sobrancelha.

- Fui eu, e daí?

- Não é nada, estou apenas curioso para saber como alguém como você, sem habilidades, que gosta de jogar a culpa nos outros e é tão sem vergonha, conseguiu se tornar médico?

- Você...

- Cala a boca! - Gabriela empurrou Caio para longe e rapidamente puxou Ademir para o lado da cama. - Sr. Ademir, a situação é urgente. Por favor, salve a vida primeiro!

- Srta. Gabriela! Este rapaz é apenas uma fraude, ele não tem habilidades reais! Não se deixe enganar por ele! - Dr. Caio parecia revoltado.

- Se ele não pode, você pode? - Gabriela lançou um olhar frio.

- Eu... - Dr. Caio ficou sem palavras.

Se ele realmente tivesse uma maneira, teria tratado o paciente logo que chegou, ele não estaria esperando até agora.

Justo quando Ademir estava prestes a começar o tratamento, Caio disse outra coisa:

- Rapaz! Não diga que eu não te avisei, o Sr. Fabio possui uma posição de prestígio, e se você causar algum dano a ele em seu tratamento, duvido que sua vida esteja segura!

- Nesse caso, eu não vou tratar, você resolve. - Ademir não queria perder tempo, e se virou para sair.

- Seu merda! Quem te deu permissão para falar? - Gabriela estava tão irritada que desferiu outro tapa na cara de Caio, que tropeçou e quase caiu.

Olhando para o rosto inchado de Caio, Ademir não demonstrou nenhuma expressão, mas se sentia bastante satisfeito internamente.

- Sr. Ademir, por favor, salve meu avô, a família Ribeiro será eternamente grata! - Gabriela mudou de expressão novamente.

- Isso é um pouco problemático, agora a fonte de veneno foi estimulada e se tornou mais agressiva, a acupuntura sozinha não é suficiente, vou precisar de mais algumas coisas. - Disse Ademir.

- Sr. Ademir, diga o que precisa, não importa o que seja, eu vou conseguir para você. - Respondeu Gabriela.

- Preciso de 300 gramas de lagartas verdes, 300 gramas de aranha e 300 gramas de barata-oriental, depois preciso que eles sejam fritos em uma panela até exalarem cheiro, e então selados em um frasco.

- Para que você precisa dessas coisas? Não acha nojento? - Luísa começou a sentir calafrios só de ouvir.

- Pare de falar e vá fazer! - Gabriela deu-lhe um olhar severo.

Sem escolha, Luísa saiu com os guarda-costas para começar a coletar os componentes.

Em menos de meia hora, um frasco de insetos dourados e fritos foi trazido para o quarto do hospital.

- Srta. Gabriela, depois que eu terminar de aplicar a acupuntura no seu avô, abra o frasco e coloque-o próximo ao nariz e à boca de seu avô. - Ademir instruiu.

- Entendido! - Gabriela acenou com a cabeça.

- Eu vou começar.

Ademir tirou as agulhas de prata e respirou fundo.

Então, movendo a energia interna do Dantian, abruptamente, uma agulha penetrou no baixo ventre de Fabio.

A primeira agulha, no ponto Guanyuan!

Com o dedo de Ademir a vibrar, a ponta da agulha começou a girar freneticamente.

Fios imperceptíveis de energia prateada rapidamente infiltraram-se no corpo de Fabio.

A segunda agulha, no ponto Qihai!

Sem hesitar, Ademir aplicou a agulha novamente.

A terceira agulha, no ponto Shenque!

A quarta agulha, no ponto Zhongwan!

A quinta agulha, no ponto Juque!

Ademir acertou mais três agulhas com rapidez e precisão.

Valia ressaltar que sua agulha de prata, sempre começava na região inferior do abdômen e lentamente subia.

E a cada agulha aplicada, a pele de Fabio pulava um pouco, como se algo estivesse se movendo por dentro.

- Encenação exagerada sem nenhum efeito real! - Dr. Caio menosprezou, apertando os lábios. - Que agulhas de prata e pontos de acupuntura? São meros truques de baixo nível, que nunca terão lugar no palco principal!

- Exatamente! O que é essa medicina tradicional chinesa comparada à nossa medicina ocidental? Vamos ver como ele se envergonha mais tarde! - Vários médicos no quarto começaram a sussurrar entre si.

Como médicos ocidentais, eles claramente desprezavam as técnicas da medicina tradicional chinesa.

Quando inseriu a última agulha de prata, Ademir já estava suando muito.

O que ele acabara de executar não era um método comum de acupuntura, mas um método há muito tempo perdido, o da "Agulha Divina do Portal Misterioso".

O método da "Agulha Divina do Portal Misterioso" era extremamente poderoso, capaz de "ressuscitar os mortos", mas requeria energia interna como base.

Era muito exaustivo, então ele evitava usá-lo a menos que fosse absolutamente necessário.

- Srta. Gabriela, abra o frasco. - Ademir pediu.

Sem perder tempo, Gabriela rapidamente abriu o frasco cheio de insetos.

Em um instante, um aroma estranho começou a se espalhar pela sala.

A maior parte desse cheiro foi inalada por Fabio.

- Isso é realmente uma brincadeira de mau gosto! - Caio zombou com desprezo. - Você acha que simplesmente inserindo algumas agulhas aleatórias e usando um frasco de insetos, pode ressuscitar os mortos?

- Só porque você não pode, não significa que outros não possam. - Ademir respondeu calmamente.

- Se você realmente conseguir ressuscitar o Sr. Fabio, eu vou comer todos os insetos desse frasco hoje! - Caio desafiou, bufando com desprezo.

Mal ele terminou de falar, a boca do até então inconsciente Fabio começou a se mover.

Em seguida, atraída pelo cheiro dos insetos, uma centopeia preta começou a rastejar lentamente para fora de sua boca.

Passados dois segundos, ela finalmente caiu no frasco e começou a devorar os insetos freneticamente.

- Centopeia? É realmente uma centopeia!

- Meu Deus! Como pode haver uma centopeia no corpo do Sr. Fabio?

Todos deram uma olhada mais de perto e imediatamente empalideceram de medo. Alguns até começaram a vomitar em seco.

Luísa em particular, começou a vomitar no local.

Era muito assustador!

Quem poderia imaginar que uma centopeia poderia rastejar para fora da boca de uma pessoa?

Nesse momento, acompanhado por uma tosse, o até então inconsciente Fabio finalmente abriu os olhos!
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