Com o estalo da palmada de Vanessa, os seguranças apareceram com um kit completo de maquiagem e cuidados com a pele, além de um vestido absurdamente provocante.Diya fez uma careta, contorcendo os lábios. Essa Vanessa… estava claramente preparada para tudo!Mas, depois de tudo o que tinha dito, não havia como voltar atrás. Vanessa não ia perder a oportunidade de empurrá-la direto para o plano que já tinha em mente.Pouco tempo depois, Diya, agora com uma maquiagem ousada e um olhar carregado de mistério graças ao smoky eye impecável, foi praticamente arrastada por Vanessa até a maior balada de todo o Município Sul: X Belas.Luzes de LED piscavam freneticamente, enquanto o som ensurdecedor do heavy metal fazia o chão vibrar. No meio da pista, corpos se moviam em perfeita harmonia com o ritmo alucinante, como se fossem dominados pela música.Entre eles, um homem se destacava. Alto, vestindo calças sociais pretas e uma camisa branca impecavelmente alinhada, ele parecia completamente deslo
Só quando o garçom voltou com os dois drinks nas mãos foi que Bianca decidiu agir. Passou na frente dele rapidamente, como quem não quer nada, mas com um sorriso de satisfação mal disfarçado que brilhou em direção a Diya.O olhar dela parecia gritar: “Diya, você não é toda confiante? Hoje à noite, eu vou fazer você cair e nunca mais se levantar!”Na mesa, Diya recebeu o drink que havia pedido. Um azul vibrante e chamativo, com cubos de gelo que exalavam uma leve névoa gelada. De perto, o cheiro fresco da tequila se misturava com notas cítricas.Ela sorriu satisfeita. Era exatamente o que queria. Levou o copo aos lábios e tomou um pequeno gole, saboreando cada nuance do sabor. O álcool queimava enquanto descia, e Diya sabia que, se bebesse mais da metade daquela taça, estaria completamente bêbada.Segurando o impulso de virar o copo de uma vez, esperou o momento certo. Assim que a música mudou para uma batida mais rápida, ela puxou Vanessa pela mão e foi direto para a pista de dança.O
Diya lutava com todas as forças, suas pernas chutando descontroladamente enquanto era mantida nos braços do homem. Mas a resistência dela parecia inútil. Quanto mais se debatia, mais forte ele a segurava. De repente, uma dor aguda em sua orelha a fez paralisar.Uma voz quente e rouca sussurrou bem perto:— Diya, se você continuar se mexendo, não me culpe pelo que pode acontecer...O corpo dela estremeceu. Mesmo com toda a maquiagem pesada que Vanessa havia feito, ele ainda a reconhecera. Quem quer que fosse, não era um homem qualquer.A dor na orelha trouxe um lampejo de lucidez. Quem era ele? Ela precisava saber.Antes que pudesse reagir, ouviu o som de uma porta sendo destrancada. No corredor, uma luz fraca iluminou por um instante o rosto do homem. Apesar de sua visão embaçada, algo naquela expressão parecia familiar. Aqueles olhos… aquelas sobrancelhas… a semelhança era inconfundível.Zeus?Não podia ser. Que coincidência absurda seria essa? Ela estava ali porque Vanessa a arrastar
Zeus queria que Diya entendesse, de uma vez por todas, quem era o homem que estava diante dela. Ele não iria recuar.— Zeus, você é um animal? — Gritou Diya, enquanto desligava o chuveiro com um movimento brusco. Ela apoiou as mãos na borda da banheira e, mesmo com o corpo trêmulo, ficou de pé, enfrentando o olhar dele. — Não, você não é só um animal. Você é um demônio! Um demônio completo! Meu tio não te contou que amanhã a gente vai se divorciar? Então por que você está aqui? O quê? Agora é moda entre os jovens transar loucamente na noite antes de terminar? Mestre Zeus também quer experimentar isso, é?As palavras dela vieram como facas, cortantes e sem espaço para réplica. Zeus apenas observava, impassível.Mas Diya percebeu que algo estava errado assim que deixou o contato com a água fria. Um calor avassalador começou a tomar conta de todo o seu corpo. Não era um calor comum. Era algo que parecia vir de dentro, como se ela estivesse sendo consumida por chamas internas que queimavam
Sem dar a Diya qualquer chance de reação, Zeus agarrou seu braço com firmeza, levantando-a e jogando-a na cama como se fosse algo inevitável.Para Diya, aquele simples movimento pareceu uma eternidade. Seu corpo, já à beira do colapso, agora estava ainda mais sobrecarregado com o contato direto com Zeus. O toque frio que emanava dele atravessava o tecido fino que os separava e se infiltrava em sua pele, como uma chuva refrescante após uma longa seca. O alívio era tão intenso que ela não conseguiu evitar um suspiro.Mas como ela poderia se permitir ceder a um homem como Zeus, alguém que ela desprezava tanto?O que ela não sabia era que Zeus também estava travando sua própria batalha. O desejo queimava dentro dele como uma chama incontrolável, deixando-o com a garganta seca e o coração acelerado. Para piorar, os gemidos suaves de Diya, misturados com os toques nervosos de suas pequenas mãos tentando empurrá-lo, só alimentavam ainda mais seus instintos.Ele respirou fundo, tentando se con
— Então, vou te mostrar o que é um verdadeiro animal! — Disse Zeus.Embriagada, Diya chamava carinhosamente pelo nome de Nelson naquela noite. A voz dela, doce e envolvente, ainda ecoava na mente de Zeus como um martelo. Era exatamente por isso que ele queria provar, com ações, que quem sempre esteve ao lado dela era ele. Que quem a tinha, de forma intensa e sem remorso, também era ele. Mas quando Diya acordou, tudo mudou. Ela estava furiosa. Zeus percebeu na hora: ela tinha se arrependido. Arrependido de ter se entregado a ele na noite anterior. Zeus levantou-se da cama, sem hesitar. Pegou suas roupas espalhadas pelo chão e começou a se vestir com calma e método. Para alguém tão absurdamente bonito como ele, nem mesmo roupas amassadas conseguiam diminuir seu charme. — Diya, não era no cartório que a gente ia se encontrar? Não se atrase! — Disse ele, em um tom ácido, enquanto ajustava o cinto. Se Diya nunca o amou, então que fosse como ela quisesse. Ele concordava com o divór
Diya franziu a testa. Por que ela demorou tanto? Será que Zeus não sabia disso?Ela ainda não tinha tido tempo de liberar a raiva acumulada quando foi interrompida pela voz impaciente de Zeus:— Deixa pra lá, deixa pra lá. O importante é que você chegou. Anda logo, estou com pressa!Sim, Zeus estava apressando Diya! E o motivo? Ele temia que, se demorasse ainda mais, começasse a pensar novamente em Nelson, o homem que ocupava os pensamentos de Diya. E, se a raiva dele aumentasse, talvez não conseguisse concretizar o divórcio.Com os punhos cerrados, Zeus se forçou a manter o foco. Já estava decidido: o divórcio tinha que acontecer. Não havia espaço para arrependimentos.Diya jamais imaginou que, depois de Zeus ter fugido para outra cidade da última vez que tentaram se divorciar, desta vez ele seria tão direto e resoluto.Por outro lado, isso facilitava as coisas para ela. Menos complicação, melhor.Zeus chegou na frente e entrou resoluto no cartório. Tudo foi rápido. Desde o preenchime
— Só vim ao hospital resolver um problema, não precisa de toda essa confusão. Mas, obrigada pela boa intenção.A voz de Diya era educada, mas longe de ser calorosa. Seus problemas com Zeus eram pessoais e não deveriam afetar outras pessoas. Esse era seu limite.— Não tem problema, é só aqui na sala ao lado. — Insistiu Pedro, tentando se desvencilhar.Diya balançou a cabeça rapidamente:— Não precisa mesmo, já terminei.Ela ergueu a pequena caixa de remédio que segurava. O nome na embalagem era claro: Levonorgestrel. Indicação: contraceptivo de emergência até 72 horas após o ato.O rosto de Zeus escureceu instantaneamente, como se uma sombra pesada tivesse caído sobre ele. Se antes, na frente do cartório, ele ainda guardava uma pequena esperança, acreditando que, apesar de tudo, Diya talvez já tivesse sentido algo por ele... agora, a certeza era outra. Quanta aversão alguém precisaria sentir para, no momento em que se afastassem, correr ao hospital e comprar um contraceptivo de emergênc