Se Zeus fosse embora com Diya daquele jeito, na frente de todos, como Bianca ficaria? Aquele era o momento perfeito para declarar território, para mostrar quem realmente estava ao lado dele. Não podia deixar que Diya, aquela mulher desprezível, saísse vitoriosa.— Certo. Pegue um táxi e volte para casa. — Zeus disse, sem sequer olhar para Bianca.E assim, ele seguiu em frente, deixando Bianca para trás, sozinha, engolindo a raiva e se consumindo de ciúmes. Seus olhos ardiam de inveja enquanto observava os dois se afastarem.Diya, por sua vez, seguiu Zeus até em casa, sem esconder sua irritação. Assim que entraram, Zeus atirou um pequeno estojo de joias na direção dela, como quem joga algo sem importância.— Para você. Algo que já foi usado por você não serve mais para outra pessoa. Vou encarar isso como caridade. — Ele falou, com uma expressão fria e desinteressada.Diya olhou para o estojo e imediatamente reconheceu o objeto. Era a caixa que guardava a safira azul que havia sido leilo
Não satisfeita, Diya deixou escapar dois gemidos baixos que ressoaram no silêncio do ambiente. Nos olhos de Zeus, uma tempestade se formava. Ele segurou a mão dela com força, sua voz rouca e cheia de tensão:— Diya, pare com isso…Do outro lado da linha, Bianca ouviu o som e imediatamente entrou em colapso.— O que vocês estão fazendo? — Gritou Bianca, sua voz estridente e embargada. — Zeus…Bianca começou a chorar descontroladamente, incapaz de formar uma frase coerente. Foi então que sua mãe, Eduarda, tomou o telefone e, entre soluços e lágrimas, explicou o que havia acontecido.Depois que a festa beneficente terminou, Bianca tentou pegar um táxi na saída do evento, mas foi forçada a entrar em um carro por estranhos. Se não fosse por uma blitz policial que parou o veículo para uma fiscalização de rotina, ela quase teria sido violentada pelos homens dentro do carro.Chocada com o ocorrido, Bianca voltou para casa e, tomada pela vergonha e humilhação, tentou cortar os pulsos. Por sorte
Vanessa acabou contando tudo, sem esconder nenhum detalhe. Acontece que, há algum tempo, ela havia deixado de lado sua obsessão por personagens de anime e se apaixonado por um piloto de corridas da vida real chamado Matteo. Ele era universitário, jovem e cheio de si, recusando-se a competir a menos que encontrasse oponentes realmente à altura.Mas Vanessa não era do tipo que desistia fácil. Lembrou-se de sua amiga Diya, uma corredora talentosa e misteriosa, e teve a brilhante ideia de espalhar o boato de que a “Deusa das Pistas” participaria de uma corrida em Montanha Colina. Não satisfeita, ainda mandou um desafio direto para Matteo, garantindo que ele aparecesse.— Ele é o homem mais lindo que já vi na vida! Um verdadeiro deus grego! — Vanessa suspirou, com os olhos brilhando de admiração.— Certo, pare de babar. Já entendi. Eu corro, mas só porque estou de bom humor hoje. Vai ser uma boa distração. — Diya respondeu, rindo.Corrida era algo que Diya adorava desde os 16 anos. Naquela
Zeus enviou uma mensagem curta e direta:[Onde vocês estão agora?]Pedro respondeu quase imediatamente:[Estou em Montanha Colina, correndo de moto. Mas, pelo amor de Deus, não vem estragar a minha noite. Estou quase conseguindo alguma coisa com essas duas gatas.]Zeus riu por um momento e respondeu:[Seu apetite não é pequeno, hein?]Na verdade, Matteo era o alter ego de Pedro. Ele usava esse nome para se passar por um jovem universitário e viver sua paixão por corridas de moto sem ser descoberto. A família de Pedro era uma das mais tradicionais e rígidas do país. Se alguém descobrisse que ele se envolvia em algo tão perigoso, como corridas clandestinas, provavelmente quebrariam suas pernas. Eles prefeririam vê-lo numa cadeira de rodas trabalhando no escritório da família do que espalhado em cinzas dentro de uma urna.Zeus olhou novamente para a foto enviada por Pedro. A silhueta feminina na imagem era inconfundível. Era Diya. Ele tinha certeza disso. Aquela curva de corpo, aquele po
Com o som agudo do apito, uma dúzia de motos disparou como cavalos selvagens soltos das rédeas, deixando para trás uma nuvem de poeira e fumaça.No entanto, o carro de Vanessa apresentou um problema crítico no momento da largada, deixando-a parada na linha de partida. Apesar do azar, ela levou na esportiva. Afinal, mesmo que estivesse dirigindo, sabia que nunca conseguiria alcançar Matteo. Então, aproveitou o momento para torcer e gritar palavras de incentivo enquanto soltava o drone no ar para acompanhar a corrida de perto.Centenas de fãs de motos se aglomeravam ao longo da montanha, tanto no topo quanto na base, todos ansiosos para testemunhar o confronto entre os dois lendários “deuses das pistas”. E ninguém parecia estar decepcionado. A corrida era espetacular, cheia de adrenalina e manobras ousadas.Na frente, o inesperado acontecia: Zeus, que havia começado mais atrás, não só ultrapassara Matteo como também deixara Diya para trás.Mas Diya não era do tipo que aceitava a derrota
A garota foi brutalmente empurrada por Zeus, que exalava uma fúria tão intensa que parecia tomar conta de tudo ao redor, como a escuridão da noite que engole o horizonte.Zeus lançou um olhar cortante para Pedro, que ficou tão apavorado que suas pernas fraquejaram:— Você é a Desua das Pistas? O que está fazendo aqui? Cadê a Deusa?Isso definitivamente não era a mesma Desua das Pistas de antes. A deusa tinha fugido!A jovem ficou pálida de medo, sua voz trêmula quase se quebrava:— Eu... eu não sei...— Zeus, isso não é culpa minha! A Diya deve ter ficado com medo de você descobrir que ela escapou. — Pedro tentou justificar-se em desespero.— Você é mesmo incrível... — Respondeu Zeus.Zeus sequer deu atenção. Num gesto brusco, bateu sua luva no rosto de Pedro e saiu pisando firme, como um furacão prestes a destruir tudo em seu caminho.— Ei! Zeus, onde você vai? — Perguntou Pedro.Pedro não ousava deixar Zeus andar por aí daquela forma. Não era medo de ele estar seminu, mas do que Zeus
A mulher louca que corria pela madrugada realmente conseguiu tirar Zeus do sério. Ele tinha certeza de que a sombra que viu antes não era a mulher que estava agora diante dele. Mesmo que ambas estivessem usando capacetes idênticos, Zeus e Pedro deram mais uma volta pelo circuito, mas não encontraram nenhum sinal de Diya. Sem outra escolha, Zeus decidiu ligar para ela.— Eu? — Diya prolongou a palavra com um tom provocador. — Estou em casa agora, mas daqui a pouco vou ao hospital visitar a sua amante. Hoje em dia as pessoas batem forte nas ‘outras’. O que você acha? Será que devo ensinar a ela o que acontece com quem aceita ser a outra?Ao ouvir isso, o rosto de Zeus ficou sombrio:— Diya! Por que você está indo provocá-la agora?— Porque foi ela quem implorou para que eu fosse. Nos vemos no hospital. — Diya não deu chance para Zeus responder e desligou o telefone com um estalo seco.No hospital, Bianca parecia frágil como nunca. Meio deitada na cama, com o rosto pálido e os olhos úmido
Bianca virou-se e, como esperado, viu Zeus aparecer na porta do quarto, com o rosto marcado pelo cansaço e a pressa.Diya não conseguiu conter a vontade de xingar Zeus. Ele tinha chegado ainda mais rápido do que ela imaginava.Naquele momento, Bianca estava aos prantos, parecendo uma flor despetalada, enquanto Luís permanecia afundado na cadeira, com a mão no peito, ofegante.— Você chegou. — Diya disse, com uma expressão de falsa surpresa.Era óbvio. Bastava Bianca estar em apuros, e Zeus corria para socorrê-la. Diya olhou para ele e sentiu um frio na espinha. "É isso. Acabou. Não tem mais por que continuar com Zeus."— Zeus, minha irmã está louca! Estou com tanto medo... — Bianca estendeu a mão e segurou o braço de Zeus, enquanto seus olhos vermelhos brilhavam como se ela tivesse enfrentado a maior injustiça do mundo.— Não se preocupe, estou aqui agora. — Zeus passou a mão nas costas dela, tentando acalmá-la.Foi então que ele notou a tela do celular de Bianca com a live ainda abert