Na mansão nos arredores de Cidade Malanje, Bianca olhava furiosa para a notificação de recusa enviada pelo Grupo Ribeiro. A raiva fez com que ela atirasse um vaso no chão, espatifando-o em mil pedaços. Seus nervos estavam à flor da pele nos últimos dias.Desde que retornara ao Brasil, acreditava que rapidamente colocaria Diya para fora da família Santos e a faria voltar para o "fim de mundo" de onde tinha saído. Mas o que aconteceu foi o oposto: Diya, aquela mulher que ela desprezava, não apenas seduziu Zeus, como ainda conseguiu levá-lo para a cama. A simples lembrança da foto dos dois se beijando ardentemente a fazia querer despedaçar Diya com as próprias mãos.Bianca estava desesperada. Queria encontrar Zeus, mas ele vinha evitando-a nos últimos dias. Tentara entrar em contato com Diya para confrontá-la, mas descobriu que fora bloqueada. A indignação crescia em seu peito. Ela se recusava a acreditar que Zeus não se importava com ela. Afinal, se ele não ligasse para ela, por que teri
— Então deixe que ela saiba! — Zeus falou com o rosto sério, lançando um olhar irritado para Patrick.Patrick, percebendo que não adiantava insistir, suspirou e balançou a cabeça:— Certo, certo. Vou dar um jeito de passar a informação para ela ainda hoje à noite.Zeus pretendia mais uma vez usar Bianca para provocar a esposa. Mas seria que essa estratégia funcionaria? Patrick tinha suas dúvidas. Pelo jeito, ele achava que isso estava longe de ser uma boa ideia.Às sete e meia da noite, o leilão beneficente financiado principalmente pela família Ribeiro começou pontualmente no Cidade Malanje, no famoso Salão Pera Dourada, o lugar mais luxuoso da cidade. O espaço, conhecido como um ponto de encontro da elite, era um símbolo de sofisticação e exclusividade.O evento já havia sido aquecido com apresentações de danças clássicas. Até mesmo os recepcionistas eram todos jovens de currículo impecável, com aparências deslumbrantes e altura cuidadosamente selecionada. Cada um deles usava trajes
A anfitriã do evento daquela noite, alguém da família Ribeiro, finalmente chegou!No tapete vermelho, Diya apareceu deslumbrante, vestindo um elegante vestido preto com detalhes de penas de cisne, enquanto segurava delicadamente a mão de Gustavo. Sua pele, pálida e perfeita como porcelana, contrastava com o preto do vestido, realçando ainda mais sua beleza etérea. O corpo escultural e a postura impecável faziam-na parecer uma deusa que havia descido à Terra. No pescoço, usava um colar de safira azul do tamanho de um ovo de pombo, cercado por pequenos diamantes brilhantes que refletiam a luz do salão de maneira hipnotizante. Era uma peça tão deslumbrante que poderia fazer qualquer coração feminino parar.Ao seu lado, Gustavo, com um terno vinho de alta costura e óculos de armação dourada, exalava uma elegância discreta e sofisticada. Seu rosto impecável não ficava atrás das celebridades mais famosas do Brasil. Juntos, eles formavam um casal absolutamente perfeito, como se cada detalhe t
— Quatrocentos milhões.A voz firme de Zeus ecoou pelo salão, silenciando o ambiente de imediato. Ele levantou a placa com tranquilidade, enquanto seus olhos se voltavam para Gustavo e Diya com uma expressão provocativa. Um sorriso irônico surgiu em seus lábios, deixando claro que estava determinado a levar para casa o antigo tesouro da família Ribeiro.Gustavo, percebendo a atitude desafiadora de Zeus, lançou um olhar para Diya, que, com um pequeno gesto sutil, deu a ele o sinal para continuar. Sem hesitar, Gustavo aumentou a aposta:— Quatrocentos e cinquenta milhões.— Quinhentos. — Zeus respondeu imediatamente, sua voz carregada de frieza.A essa altura, o leilão já havia se tornado um campo de batalha entre a família Santos e a família Ribeiro. Os outros participantes, sensatos, decidiram não se envolver.Embora a safira fosse uma peça única, seu valor real não ultrapassava duzentos milhões. Qualquer valor acima disso já era um exagero, e ninguém estava disposto a ser o tolo que p
— O que foi, Mestre Zeus? Vai dizer que o que tem para falar não pode ser ouvido por outras pessoas? — Diya perguntou, com um tom repleto de sarcasmo.O rosto de Zeus ficou sombrio, assustador. Sem dizer uma palavra, ele agarrou o braço de Diya e a arrastou para longe, ignorando os olhares chocados ao redor.Os murmúrios começaram imediatamente. Apesar de o casamento dos dois ser um segredo para o público, muitos no círculo fechado sabiam que Diya era esposa de Zeus. E agora, vê-lo agir dessa forma em um evento tão público causava um verdadeiro alvoroço. Ele a levou diretamente para uma escada isolada, longe das atenções.Quando chegaram, Diya finalmente conseguiu se soltar, esfregando o pulso marcado.— Você enlouqueceu, Zeus? Deixou sua queridinha Bianca sozinha lá embaixo? Não tem medo do que vão dizer dela? — Retrucou Diya, furiosa.— Quem parece estar louca aqui é você! — Respondeu Zeus, sua voz carregada de raiva. — Você tem ideia de quem você é? A Sra. Santos, representando outr
Se Zeus fosse embora com Diya daquele jeito, na frente de todos, como Bianca ficaria? Aquele era o momento perfeito para declarar território, para mostrar quem realmente estava ao lado dele. Não podia deixar que Diya, aquela mulher desprezível, saísse vitoriosa.— Certo. Pegue um táxi e volte para casa. — Zeus disse, sem sequer olhar para Bianca.E assim, ele seguiu em frente, deixando Bianca para trás, sozinha, engolindo a raiva e se consumindo de ciúmes. Seus olhos ardiam de inveja enquanto observava os dois se afastarem.Diya, por sua vez, seguiu Zeus até em casa, sem esconder sua irritação. Assim que entraram, Zeus atirou um pequeno estojo de joias na direção dela, como quem joga algo sem importância.— Para você. Algo que já foi usado por você não serve mais para outra pessoa. Vou encarar isso como caridade. — Ele falou, com uma expressão fria e desinteressada.Diya olhou para o estojo e imediatamente reconheceu o objeto. Era a caixa que guardava a safira azul que havia sido leilo
Não satisfeita, Diya deixou escapar dois gemidos baixos que ressoaram no silêncio do ambiente. Nos olhos de Zeus, uma tempestade se formava. Ele segurou a mão dela com força, sua voz rouca e cheia de tensão:— Diya, pare com isso…Do outro lado da linha, Bianca ouviu o som e imediatamente entrou em colapso.— O que vocês estão fazendo? — Gritou Bianca, sua voz estridente e embargada. — Zeus…Bianca começou a chorar descontroladamente, incapaz de formar uma frase coerente. Foi então que sua mãe, Eduarda, tomou o telefone e, entre soluços e lágrimas, explicou o que havia acontecido.Depois que a festa beneficente terminou, Bianca tentou pegar um táxi na saída do evento, mas foi forçada a entrar em um carro por estranhos. Se não fosse por uma blitz policial que parou o veículo para uma fiscalização de rotina, ela quase teria sido violentada pelos homens dentro do carro.Chocada com o ocorrido, Bianca voltou para casa e, tomada pela vergonha e humilhação, tentou cortar os pulsos. Por sorte
Vanessa acabou contando tudo, sem esconder nenhum detalhe. Acontece que, há algum tempo, ela havia deixado de lado sua obsessão por personagens de anime e se apaixonado por um piloto de corridas da vida real chamado Matteo. Ele era universitário, jovem e cheio de si, recusando-se a competir a menos que encontrasse oponentes realmente à altura.Mas Vanessa não era do tipo que desistia fácil. Lembrou-se de sua amiga Diya, uma corredora talentosa e misteriosa, e teve a brilhante ideia de espalhar o boato de que a “Deusa das Pistas” participaria de uma corrida em Montanha Colina. Não satisfeita, ainda mandou um desafio direto para Matteo, garantindo que ele aparecesse.— Ele é o homem mais lindo que já vi na vida! Um verdadeiro deus grego! — Vanessa suspirou, com os olhos brilhando de admiração.— Certo, pare de babar. Já entendi. Eu corro, mas só porque estou de bom humor hoje. Vai ser uma boa distração. — Diya respondeu, rindo.Corrida era algo que Diya adorava desde os 16 anos. Naquela