— E aí, tem alguma novidade na empresa? Conta pra mim, vai. Falar pelas minhas costas não tem graça. — A voz de Patrick era persuasiva, mas carregava uma autoridade difícil de ignorar.O homem à sua frente empalideceu, mas, como se lembrasse de algo, logo esboçou um sorriso sem graça. Sob o olhar impaciente de Patrick, ele se aproximou e disse baixinho, com certo ar conspirador:— É meio constrangedor, então prefiro não explicar diretamente. Sr. Patrick, vá até a área de descanso, no segundo suporte de revistas à esquerda, e pegue o jornal de hoje. Dá uma olhada na manchete da seção de entretenimento. Aí o senhor vai entender tudo.Ele fez uma pausa dramática antes de concluir com entusiasmo:— Vai por mim, você não vai se arrepender!Patrick franziu a testa:— Tão complicado assim? E se eu me arrepender?O homem fez um gesto teatral, passando a mão pelo pescoço, como se estivesse pronto para sacrificar a própria cabeça. Depois, bagunçou os cabelos e deu um sorriso nervoso.Mesmo achan
Na sede do Grupo Ribeiro, o clima era tenso.Zeus entrou pela porta principal e, sem perder tempo, bateu com a mão pesada no balcão da recepção. Seu tom de voz carregava uma fúria contida:— Onde está a Diya? Quero vê-la agora!A relação entre Zeus e Diya já não era segredo para ninguém. Todos no Grupo Ribeiro sabiam do passado dos dois. A recepcionista, ao reconhecê-lo, engoliu em seco. Mesmo sabendo que não era muito apropriado, apontou com um dedo trêmulo:— Décimo sexto andar, sala de reuniões. Vá até o fim do corredor e vire à esquerda. Há um elevador exclusivo.No décimo sexto andar, dentro da sala de reuniões, Diya estava finalizando as últimas instruções. Bernardo distribuía os documentos para os diretores, enquanto ela se preparava para apresentar um novo executivo que havia contratado com muito esforço. Porém, antes que pudesse começar, o som de uma porta sendo aberta com violência ecoou pelo ambiente.Diya permaneceu sentada, imóvel, apenas levantando os olhos na direção do
Zeus não podia deixar as coisas assim. Era óbvio que precisava dar um jeito de intimidar Igor, mas, desta vez, ele subestimou o adversário.Ao apertar a mão do outro, Zeus aplicou força suficiente para causar incômodo, esperando ver algum sinal de desconforto no rosto dele. No entanto, Igor respondeu imediatamente com uma força ainda maior. Em poucos segundos, Zeus já estava rangendo os dentes, tentando não demonstrar o quanto aquilo o estava incomodando. Igor, por sua vez, mantinha um sorriso calmo e confiante.De repente, Igor relaxou a mão, soltando o aperto sem esforço, como se a disputa nunca tivesse acontecido.Zeus resistiu ao impulso de esfregar a própria mão para aliviar a dor. Em vez disso, lançou um olhar carregado de desprezo para Diya.— Não sabia que você tinha um velho amor escondido, Diya.Sua voz era carregada de sarcasmo.— Você só pode estar delirando! — Diya respondeu, visivelmente irritada, o rosto corado de raiva.Ela e Igor se conheciam desde a infância, em Munic
Zeus jamais teria imaginado que a Diya, aquela mulher que antes parecia viver para agradá-lo, com o olhar submisso, sempre tão dócil e obediente, disposta a fazer de tudo para conquistá-lo e até ter um filho com ele, pudesse, depois de se tornar uma poderosa CEO, brilhar de forma tão deslumbrante.Ele entrou no escritório dela como uma tempestade, jogando um jornal sobre a mesa com força, o olhar carregado de fúria.— O que isso quer dizer? Fala logo, Diya! — Sua voz era grave e acusadora. — De acordo com a lei, difamar alguém publicamente é crime. Eu tenho o direito de processar você por calúnia!Diya não se abalou. Com um movimento displicente, revirou os olhos e respondeu com sarcasmo:— Ah, então agora não pode nem falar que você não funciona?Aquela frase foi como gasolina jogada no fogo. A raiva de Zeus explodiu.— Eu não funciono? — Ele avançou um passo em direção à mesa, cerrando os dentes. — Você não sabe se eu funciono ou não?Ele quase cuspiu as palavras, mas, em seguida, ab
Diya lutava para manter a compostura, tentando soar o mais natural possível. Nunca na vida tinha achado que o simples ato de uma assistente entregar documentos poderia durar tanto tempo e ser tão insuportável.Quando a porta finalmente se fechou, o alívio veio acompanhado de uma onda de exaustão. A experiência intensa e inesperada havia deixado seu corpo mole na cadeira. Ela estava completamente sem forças, e a umidade que sentia era um testemunho silencioso de algo que ela relutava em admitir: seu desejo.De repente, uma mão forte agarrou-a, puxando-a para o chão com firmeza, mas sem agressividade. Em questão de segundos, o corpo pesado de Zeus estava sobre o dela. Ele não pressionava todo o peso, mas ela podia sentir claramente a rigidez de certa parte de seu corpo. O contato era inescapável e perturbador.— Eu posso até relevar essa história de você publicar algo para me difamar. — Murmurou ele, quase como se estivesse provocando, enquanto seus lábios roçavam a pele sensível atrás d
No restaurante, Diya e Igor pousaram as taças de vinho enquanto conversavam animadamente sobre as travessuras da infância.Sob a luz das velas, o rosto de Diya, realçado por uma maquiagem impecável, parecia uma obra de arte. Combinado ao vestido xadrez em tons de vermelho escuro que ela escolhera com tanto cuidado, sua aparência exalava elegância e charme irresistíveis.Igor era um excelente contador de histórias. Não importava o assunto que Diya puxasse, ele sempre conseguia arrancar gargalhadas dela.E, toda vez que ria assim, Diya sentia uma pontada de algo diferente no peito, algo que não conseguia descrever. Desde que havia se casado com Zeus, fazia muito tempo que não se sentia tão leve, tão feliz. Dizem que um bom casamento é como um presente que enriquece a vida. Mas, quando um casamento só traz dor, isso só pode significar uma coisa: ele nunca deveria ter existido.Diya, cada vez mais envolvida na conversa, deixava-se levar pela leveza daquele jantar. Mas, de repente, o som de
O quarto estava mergulhado na escuridão. A única luz vinha da brasa do cigarro entre os dedos de Zeus, que permanecia sentado, imóvel. Diya tateou até encontrar o interruptor e acendeu a luz. Sem hesitar, deu um passo à frente e estendeu a mão na direção dele:— Zeus, me dá o vídeo agora!Zeus soltou um anel de fumaça antes de dar um riso baixo e irônico:— Engraçado... Por que eu deveria te dar só porque você está pedindo?Ele apontou com desdém para a direção do banheiro e, com um tom de comando, disse:— Vai tomar banho.Não suportava a ideia de que o cheiro de outro homem estivesse impregnado na pele dela:— E por que eu deveria fazer o que você manda?Diya estava cheia de raiva. Ser chamada de volta daquela maneira absurda só fez o sangue dela ferver ainda mais:— Não quer ir? Melhor ainda. Eu te levo.Antes que pudesse reagir, Zeus a ergueu como se ela não pesasse nada e a jogou diretamente na banheira, que já estava cheia de água morna. A força dele a manteve submersa até os omb
Antes que Diya pudesse reagir, Zeus a puxou de volta para a cama, prendendo-a em seus braços com uma força que não deixava espaço para resistência.Ela tentou se desvencilhar, protestando:— Eu tô exausta, não quero fazer nada, só quero dormir!Zeus, no entanto, parecia completamente alheio às reclamações dela. A única coisa que ocupava sua mente naquele momento era o desejo insuportável que sentia. Diya estava à beira de perder a paciência com ele.— E o que você acha que eu tô pensando, hein? Eu também tive um dia cheio, tô cansado. Agora para de se mexer e dorme! — Respondeu ele, em um tom que não admitia discussão.Zeus relaxou um pouco os braços, dando a ela espaço suficiente para se acomodar de forma mais confortável. Diya, ao perceber que ele realmente não parecia ter outras intenções, finalmente se permitiu relaxar. Ser abraçada por ele enquanto dormia era algo que nunca tinha experimentado antes. Era... estranho, mas ao mesmo tempo reconfortante.O coração dela batia acelerado