Chegaram ao Hospital J.Karina abriu a porta do carro, pronta para descer.— Karina. — O rosto bonito de Ademir parecia um pouco inquieto. — Eu tenho algo para te dizer.— Karina!À frente, alguém já estava chamando por Karina.Karina mordeu o lábio inferior, decidida, e disse:— Agora eu vou trabalhar, depois que eu terminar, eu vou te ouvir com calma. E eu também tenho algo para te dizer.Os olhos profundos de Ademir brilharam ao ouvir isso, e ele respondeu:— Tudo bem.Sem mais demoras, Karina desceu do carro e, junto com seus colegas, começou a ajudar no registro e transporte dos pacientes.Observando a figura ocupada de Karina, Ademir sorriu, e o brilho em seus olhos revelava sua alegria.Será que o que ela queria dizer era o mesmo que ele?...Quando todos os pacientes já haviam sido admitidos, Karina finalmente conseguiu um momento para descansar.— Dra. Costa, vá comer logo! A comida de hoje está uma delícia!— Sério?Karina sorriu e assentiu, indo pegar sua refeição, e ao vê-l
Vitória se jogou nos braços de Ademir, abraçando ele pela cintura. Com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela disse:— Nesses dois dias, pensei muito, e eu realmente não consigo deixar isso para trás...Ademir baixou o olhar para a mulher chorosa, franzindo a testa com um ar de impotência:— Vitória...Ao ouvir esse nome, Karina se virou repentinamente e correu porta afora, sem hesitar.Bruno, que ainda estava de guarda na entrada, ficou muito surpreso ao vê-la, especialmente pelo semblante tão sombrio que ela carregava.— Karina, você...Os olhos de Karina se curvaram, como se estivesse sorrindo. No entanto, não havia vestígio de alegria em seu olhar.— Parece que cheguei na hora errada. O Sr. Ademir está bastante ocupado, então vou indo agora. — Ela pensou por um momento e acrescentou. — Não precisa contar a ele que estive aqui.Dito isso, Karina saiu apressadamente!Ela não suportava ficar ali por mais nem um segundo sequer!Porém, nesse curto intervalo de tempo, a realidade já havia l
Quando chegou ao estacionamento subterrâneo, Ademir estava ligando para Karina. No entanto, ela nem sequer atendia as chamadas.De volta ao hospital, Karina estava junto à equipe médica, organizando os suprimentos e se preparando para partir. Ela tinha planejado ser parte do último grupo a ir, mas agora já não via mais razão para esperar.O celular em seu bolso tocava incessantemente. Ao ver o nome de Ademir na tela, Karina silenciosamente desligou o aparelho.Ademir entrou com o carro no hospital, e a primeira leva de veículos médicos já estava prestes a sair.— Não pode estacionar aqui, por favor, use o estacionamento central.Ademir, sem escolha, deu a volta e foi estacionar o carro. Depois, se apressou em direção ao hall de emergência e perguntou:— Com licença, a Karina está aqui?A enfermeira, que conhecia bem Karina, respondeu:— Karina? Ela saiu com a equipe médica.— Saiu? Quando?A enfermeira apontou com a mão:— Aquela ali, acabou de sair...Antes que ela pudesse terminar a
Karina ficou atônita e, sem pensar, falou:— Não me diga que você foi até o País G por causa do Catarino?— Claro. — Túlio deu uma risada baixa. — O que prometi a você, eu sempre cumpro.Já que aquilo estava relacionado ao Catarino, Karina não tentou mais impedir Túlio.— Quando você chegar, me liga.— Certo.Depois de desligar o telefone, Túlio sorriu satisfeito. Embora fosse por causa de Catarino, não importava; o que ele queria era que Karina dependesse dele, para que ela nunca pudesse se afastar dele...A chuva caía cada vez mais forte.Patrícia olhou para Karina, que estava parada na porta:— Parece que o céu abriu um buraco.Ela não resistiu e perguntou:— Quem você está esperando? Você não para de olhar...Antes que pudesse terminar, Karina se virou e lançou-lhe um olhar:— Eu vou descer um pouco.Lá embaixo, Túlio estacionou o carro e desceu, abrindo a porta.Karina saiu do prédio naquele momento, e ao vê-lo, levou um susto, perguntando:— O que aconteceu com você?Túlio estava
A porta se abriu, revelando o rosto gentil de Túlio.Ele havia acabado de tomar banho, com o cabelo ainda pingando água, e estava sem camisa. Na parte de baixo, usava uma calça de moletom folgada, que Karina havia corrido para pegar emprestada com Lourenço.Ademir ficou olhando fixamente para ele, sem dizer nada por um longo tempo.— Sr. Ademir. — Túlio foi o primeiro a quebrar o silêncio. — Você veio aqui procurar a Karina?Assim que ele perguntou, o ar ficou tenso, com uma sensação palpável de rivalidade no ambiente.Túlio continuou:— A Karina está no banheiro.Ele sabia que suas palavras poderiam ser mal interpretadas, mas as disse de propósito, ciente de que isso mexeria com Ademir. O instinto de Túlio lhe dizia que este Sr. Ademir não era apenas um paciente de Karina; havia algo mais entre eles.Ademir permaneceu em silêncio.Apesar de a cena à sua frente ser suficiente para acender sua raiva, ele se conteve.Com uma calma distante, Ademir falou:— Onde está a Karina? Quero vê-la
Sala de reuniões do Grupo Barbosa.Júlio abriu uma pasta e a colocou diante de Ademir.O Grupo Barbosa tinha um novo projeto em andamento, e eles precisavam encontrar parceiros, mas ainda não haviam encontrado alguém adequado. Aqueles eram os nomes da segunda rodada de possíveis parceiros.Ademir deu uma olhada rápida.Corporação de Tecnologia Hutchinson, com Túlio como engenheiro-chefe.Ademir bateu os dedos levemente sobre o nome de Túlio.Júlio disse:— Ademir, embora o Túlio tenha acabado de voltar ao país, ele teve um ótimo desempenho enquanto estudava no exterior, ganhou vários prêmios. Objetivamente falando, ele é um talento profissional raro.Ademir era um homem de negócios e, além disso, um homem que não deixava dinheiro escapar, tampouco permitia que questões emocionais interferissem em suas decisões.— Certo, deixe a Corporação de Tecnologia Hutchinson seguir com o processo.À noite, Ademir saiu para beber e jantar com alguns amigos, incluindo Filipe.Ademir mencionou Túlio:
Karina não respondeu a Patrícia. Mas o coração acelerado não podia mentir para si mesma. Dizer que não sentia absolutamente nada seria uma mentira. Desde pequena, poucas pessoas haviam sido gentis com ela. E, justamente por isso, cada gesto de bondade se tornava ainda mais valioso. Ela sempre foi profundamente grata por cada sinal de gentileza, guardando-os no coração. E sempre esperava poder retribuir essas boas ações em dobro...Ao sair do Hospital J, Karina retornou à Mansão da família Barbosa. Otávio ficou muito feliz e imediatamente ligou para Ademir. Segurando a mão de Karina, disse:— Esses dias que você não estava aqui, nem sei no que o Ademir estava tão ocupado, desapareceu o tempo todo. Ainda bem que você voltou. Vamos jantar juntos esta noite.No entanto, quando Otávio ligou, Ademir respondeu:— Vô, estou ocupado com o trabalho, não vou poder voltar.— Ocupado com o quê? — O rosto de Otávio escureceu. — Por mais atarefado que esteja, você não vai parar para comer? Além di
Ademir ficou surpreso por um momento, mas respondeu:— Fui eu que mandei fazer, por que pergunta?— Obrigada. — Karina o olhou com extrema sinceridade. — De verdade, muito obrigada. Poucas pessoas foram boas comigo ao longo da vida.Ademir sentiu uma pontada no coração, uma sensação suave e eletrizante. Ele teve que fazer um grande esforço para controlar o sorriso que ameaçava escapar de seus lábios.— Mas... — Karina ainda queria dizer algo, mas seu telefone tocou.Ela atendeu apressada:— Lourenço, o casaco da minha amiga ficou aí com você? Certo. Ah, eu ainda não te agradeci por ter deixado minha amiga dormir na cama naquela noite. Estava tarde demais e chovendo muito, eu não consegui reservar um hotel para ela. Você acabou dormindo no seu escritório, né? Com certeza não dormiu bem. Eu vou te levar para jantar um dia!Enquanto falava, Karina apontou para o ponto de ônibus, indicando que estava com pressa.Depois, se virou e correu para o interior da estação.— Cuidado! Ademir não s