Ao sair da sala do chefe, Karina estava com o rosto marcado pela preocupação.Havia aceitado a situação com muito esforço, mas e agora?— Karina. — Não esperava que Helena ainda estivesse esperando na porta, com um gesto carinhoso, ela a segurou pelo braço. — Sua barriguinho cresceu ainda mais, tome cuidado.— Obrigada.— De nada.Cuidar de Karina era algo que Helena havia prometido ao Sr. Ademir, e, claro, ela cumpriria.Observando a expressão de Karina, parecia que ela não estava bem.Helena hesitou por um momento, então perguntou:— Karina, você e o Sr. Ademir realmente brigaram?Karina ficou parada, sem saber o que dizer, e respondeu de forma vaga:— Não diria exatamente assim.Brigar envolvia desentendimentos, mas o que aconteceu entre eles foi uma ruptura definitiva.— Não precisa negar. — Helena disse com uma expressão desconfiada, como se fosse uma detetive resolvendo um caso. — Foi por causa da Vitória, não foi? Se fosse eu, falaria que ela é uma sem-vergonha! O Sr. Ademir já
— Isso não é problema, mas você realmente precisa ir? — Wanessa, ficar aqui não é apropriado para mim. Karina insistiu, então deixou a Mansão da família Barbosa. Era tarde, e Wanessa não se sentia tranquila. Chamou o motorista da casa para levar Karina de volta. Karina não recusou, e ao retornar à Rua Francisco Antônio, não conseguiu dormir de imediato. Ela não tinha visto ninguém naquela noite, e Wanessa mencionou que Ademir não havia voltado à Mansão da família Barbosa nos últimos dias. Então, onde mais Karina poderia encontrar Ademir? Talvez na empresa de Ademir? Por mais que Ademir saísse à noite, durante o dia ele, com certeza, teria que ir ao trabalho. Karina originalmente teria folga no dia seguinte, então pensou que seria a oportunidade perfeita para dar uma passada no Grupo Barbosa. Já havia tomado sua decisão. Na manhã seguinte, Karina foi até o Grupo Barbosa. Quando chegou, eram 11 horas. Como haviam sido casados, Karina imaginou que Ademir já tivesse
Esse resultado não foi exatamente uma surpresa.Antes de vir até aqui, Karina já havia se preparado mentalmente, não imaginando que conseguiria vê-lo facilmente.E agora, o que fazer? Apenas ir embora assim?Karina pensou por um momento, apontou para a área de espera do outro lado do hall e perguntou:— Posso esperar por ele ali?— Claro. — A recepcionista não impediu, afinal, a área de espera tinha essa função. — Sra. Barbosa, pode ir para lá.— Obrigada. — Karina agradeceu e caminhou até a área de espera, onde se sentou no sofá e deixou a mochila ao seu lado.Em seguida, a recepcionista se aproximou, trouxe um copo de água e disse:— Sra. Barbosa, se precisar de qualquer coisa, é só chamar.— Certo, obrigada. — Karina segurou a água e sorriu amargamente.Esperar... Não havia outra opção.Talvez, na hora do almoço, Ademir saísse para comer.Mas, à medida que o meio-dia se aproximava, e a hora do almoço estava quase chegando, a recepcionista percebeu que Karina não havia saído, então d
Já havia esperado por muito tempo; provavelmente, ele já havia ido embora.Neste momento, Karina saiu do banheiro e, ao longe, viu Ademir e Júlio atravessando o portão, descendo as escadas.Não havia tempo para pensar em outra coisa. Karina gritou imediatamente:— Ademir!Ademir se estremeceu ao ouvir seu nome e, surpreso, se virou. Viu Karina se aproximando apressada, com um andar quase ansioso.Ele franziu a testa. Karina ainda não tinha ido embora?— Ademir! Espere! — Karina, com a mão na cintura, quase correndo, se dirigiu para o portão.Instintivamente, Ademir franziu a testa. Com a barriga tão grande, ela ainda corria?Mas logo se lembrou, não importava se Karina estava correndo ou pulando, isso não dizia respeito a ele.— Ademir... — Karina estava ofegante, mas finalmente chegou até ele. — Posso tomar uns minutos do seu tempo?Ela ergueu o rosto, com os olhos brilhando de expectativa, como uma cervo pedindo algo.Ademir engoliu em seco e, com um sorriso preguiçoso, disse:— Que
Uma única frase fez Karina sentir um calafrio instantâneo! Era como se alguém a tivesse acertado com um tapa à distância, e seu rosto ardesse como se estivesse queimando! — Você realmente não entende, ou está fingindo não entender? — O canto dos lábios de Ademir se curvou em um sorriso frio. — Você acha que, na época, eu dei o dinheiro para o projeto do Felipe por quê? Acha que foi porque sou bondoso? Ou porque tenho tanto dinheiro que não sei o que fazer com ele, e fico acordado à noite, preocupado? O tom de Ademir de repente se tornou mais grave, e o gelo nos olhos dele ficou evidente: — Nada disso. A razão era você! Eu estava disposto a mimá-la, por isso decidi investir o meu dinheiro! E então, Ademir sorriu. Um sorriso cheio de escárnio, sem disfarces: — Mas agora, você acha que tenho algum motivo para continuar fazendo isso? Acha que ainda merece que eu gaste dinheiro por você? Eu tenho esse dinheiro... Poderia muito bem usá-lo para alimentar pombos, não acha? Kari
A menina levantou a mão e foi se aproximando lentamente. — Eu vou devagar, bem devagarzinho, viu? Realmente, como a garota havia dito, seus movimentos eram suaves e leves. — Então, essa sensação de estar grávida, é assim mesmo? Nossa, você é tão incrível, irmã! Ser mãe deve ser tão difícil! Karina não negou, apenas sorriu e perguntou: — Pequena, você veio por algum motivo? Ou está procurando alguém? — Eu? — A garota retirou a mão e colocou a mochila que estava em seu ombro no chão. — O Yuri está aqui? Ele me mandou. Dr. Yuri? — Ele está em cirurgia, atendendo um paciente. — O quê? — A menina se surpreendeu por um instante, mas logo sorriu de felicidade e não conseguiu conter o aplauso. — Que bom! Levantando a mão, colocou a mochila novamente nas costas. — Irmãzinha, por favor, quando o Yuri voltar, diga a ele que eu estive aqui. Como ele não estava, vou embora agora! Antes que Karina pudesse responder, a garota pegou a mochila e saiu correndo, visivelmente apres
Eunice estava chorando no telefone. — A secretária do seu pai me ligou, disse que ele estava bem na empresa e de repente desmaiou! Já foi levado para o hospital! Estou a caminho! Vitória, você está mais perto, vá logo até lá! — Ok! — Vitória desligou o telefone, pálida, com os olhos vermelhos, e logo a voz falhou, embargada pelas lágrimas. — Ademir, meu pai desmaiou de novo! Ao entender o que havia acontecido, Ademir se levantou imediatamente e segurou Vitória pela mão. — Não se preocupe, vamos já para lá, eu vou com você! — Tá bom! Com Ademir ao seu lado, Vitória sentiu um alívio imenso. ... Eunice chegou mais tarde, quando Lucas já havia sido transferido do pronto-socorro para o quarto. Dessa vez, a situação era ainda mais grave. Embora ele estivesse no quarto, não havia acordado, e sua consciência permanecia em coma. Após conversar com os médicos, eles não conseguiam dizer com certeza quando ele poderia despertar. Eunice estava sentada ao lado da cama, choran
No entanto, Helena, sendo bastante inteligente, temendo envergonhar Karina, optou por permanecer em silêncio. Como esperado, Karina fixou os olhos em Eunice com firmeza, antes de dizer: — Minha mãe... Morreu há mais de dez anos! Como é que hoje alguém está dizendo que é minha mãe? Helena rapidamente entendeu a situação. — Certo! Vou logo contatar o mestre! — Vai rápido! As duas garotas pareciam estar encenando uma peça de teatro. E isso fez Eunice quase perder a paciência: — Karina! Que falta de educação! — Pois é. — Karina soltou uma risada sarcástica. — Minha mãe morreu cedo, e meu pai é quase um morto-vivo. Ninguém me ensinou nada, então de onde eu tiraria educação? Karina ergueu o braço e apontou para a porta: — Eu não sei qual é a razão de você estar aqui hoje, mas saia agora! E, da próxima vez, se ousar dizer que é minha mãe, vou te dar um tapa na boca! Os olhos de Karina ficaram afiados, e ela disse com ferocidade: — Melhor você não tentar! — Você, vo