Hanna Ortiz, uma moça livre agora se via presa a uma promessa que fez a sua mãe ainda no leito de morte, se casar com alguém que ela mal conhecia para cumprir um acordo que nem mesmo ela entendia. Parecia que estava tudo certo, até seu noivo fugir e o pai dele ter que tomar seu lugar. Mesmo que quisesse desistir, muita coisa estava em jogo e havia alguém a quem ela amava muito e precisava salvar. Hanna não via outra opção senão aceitar o acordo de casamento com Morgan até que seu verdadeiro noivo, David, voltasse. Apesar de Hanna ser jovem, sua idade não era atrativa o suficiente para Morgan que tinha em suas costas uma promessa que o impedia de se casar, além do fato dele e toda a sua família saberem que a família de Hanna sofria de uma doença rara e destrutiva que poderia até deformar o portador, nenhum deles suportava a ideia de conviver com Hanna, antes mesmo de a conhecer ja a repudiavam pela sua aparência. Ao descobrir que Morgan tinha repulsa por ela, Hanna apenas intensificou sua raiva e afastamento, fazendo-o pensar que ela, assim como seus parentes passados, também tinha herdado a tal doença, tornando-se uma noiva desfigurada. Agora, ela não é nada além de uma esposa rejeitada pelo marido, que a vê como uma aberração e uma mulher ambiciosa que faz de tudo por dinheiro. No entanto, Hanna tem anseios bem maiores que dinheiro.
Ler maisCap. 61: eu sou casado com a garota prodígio.. — Deveríamos ter desconfiado, — Oliver disse, pensativo. — Afinal, a menina prodígio apareceu na faculdade pouco depois de você pagar o empréstimo estudantil.— Isso! — Morgan exclamou, com a cabeça ainda latejando. — Hanna me pediu cem mil dólares! Ela ainda não sabia que eu tinha pago o empréstimo dela. Soube que a faculdade a avisou sobre o pagamento naquele mesmo dia, e depois disso a garota apareceu na universidade.— Estava na nossa cara! — Gantz esbravejou, aliviado por mais um trabalho concluído.— Hanna... quem diria... — Morgan resmungou, levando as mãos à cabeça. — Então ela não é só uma mulher vazia interessada em dinheiro, certo?— Suponho que ela te peça dinheiro por algum motivo justo, — Oliver comentou. — Afinal, até onde sei, ela nem recebe nada pelas pesquisas que faz.— Olha... — Oliver continuou, hesitante. — Eu já não estava na mansão desde o primeiro dia que fui responsável em levar as coisas para o anexo e mostrar
Cap: 60: Oliver descobre sobre Hanna.Maya se levantou e, andando de um lado para o outro, demonstrava inquietude em relação ao plano de sua mãe.— Como assim engravidar dele? Não está indo longe demais? — perguntou Maya, sem reação.— Você mesma disse que queria ficar com ele, certo? — retrucou Liara.— Mas você nunca aprovou, queria vê-lo infeliz! Acha que ele vai ser infeliz ao meu lado, não é? Por ele não me amar e você querer ainda assim obrigá-lo a se casar. — Maya supôs, sentindo mágoa de sua mãe.— Deixa de ser ingênua, não é por causa disso. — Liara riu. — Uma das cláusulas do contrato diz que, se acontecer adultério e for comprovado no casamento, a parte traída pega metade de todo o patrimônio Farrugia. Isso é muito!— Você está querendo dar uma vida boa a essa mulher? — protestou Maya.— Ela não vai ter uma vida boa se morrer. — Liara comentou, de repente ficando sombria.Maya ficou em silêncio, em meio à perplexidade com o que sua mãe tinha acabado de falar, se sentindo re
Cap.58: quatro moças da mesma idade?Morgan chegou à sala do professor sem nem bater. Hanna ainda estava no banheiro, presa em frente ao espelho, pensando em como se disfarçar. Pelo menos, seus cabelos estavam escondidos sob o chapéu, mas ele poderia ver seu rosto se tentasse. Morgan era bem mais alto, ainda assim...Ele olhou ao redor à procura dela, até ouvir um barulho no banheiro. Alertou seus homens para ficarem em silêncio.Hanna saiu de cabeça baixa, até ver os pés de Morgan. Sim! Era ele. Ela o acusou, fechando os olhos:— Menina prodígio, não é? — perguntou ele enquanto ela criava coragem e se aproximava do outro lado da mesa. Morgan tentava observá-la por baixo do chapéu, mas a cabeça baixa o deixava intrigado.— Bom dia, senhor Morgan, novamente... — balbuciou ela com as mãos suando.Morgan encarou seus olhos, confuso. Não tinha ideia do que fazer com a reação daquela menina. Não podia encará-la ou ver seu rosto, o que o incomodava, mas não tinha o direito de se aproximar e
Cap.58: No laboratório— Eu sinto muito... — ela disse com a voz rouca, mantendo a cabeça baixa enquanto os papéis agora estavam espalhados. Ninguém tinha visto aquilo do lado de dentro, então ela se abaixou na intenção de se esconder mais e começou a recolher tudo, até que viu por baixo do boné a mão de Morgan exibindo seu relógio de Arnold & Son enquanto ele pegava as folhas. Ao mesmo tempo, ela não podia ver a cara dele ao ver do que se tratava.— Quem é você? — ele perguntou, e Hanna apertou os olhos, pensando no que poderia fazer.— Ah! Senhor Farrugia! — Morgan ouviu a voz alta e animada do especialista, o mesmo que era professor de Hanna.— O que está acontecendo? — Morgan perguntou tranquilo, mas confuso, ao se aproximar do professor enquanto Hanna continuava agachada no chão. Ele segurava em mãos algumas folhas.— Lembra que eu tinha lhe falado sobre uma das minhas alunas prodígios? Essa é a senhorita...— Ane! — gritou Hanna de forma abrupta.— Ane? — questionou o professor,
Cap.57: Quando te encontro.— Como assim eles encontraram alguém para fazer testes? Alguém com a mesma doença do meu irmão? — perguntou Hanna os encarando, desconfiada. — E se for algo perigoso? E se...O doutor seguiu até sua mesa e, mexendo na gaveta, trouxe alguns papéis. Hanna apertou os olhos por alguns momentos, em seguida desejando que não fosse seu irmão. Ela jamais permitiria que testassem algo incompleto nele.O professor entregou em suas mãos a cópia das informações do paciente. Ela as analisou e ficou aliviada ao ver que se tratava de um homem de vinte e cinco anos.Pediu todos os resultados que eles tiveram com os novos estudos e começou a estudar cada relatório e anotação naquele mesmo momento, afastando o fantasma do ciúme que a rondava enquanto se lembrava da cena.Morgan, por sua vez, estava em uma confeitaria. Parecia que ele tinha algum costume de levar mulheres para lojas de bolo. Misaluna comia sua fatia de bolo com alegria, como se fosse um banquete, enquanto Mor
Cap.56: Uma mulher que morgan gosta.Hanna tinha seguido ansiosa para a universidade. Estava ansiosa para ver o que tinha mudado nesses meses que esteve longe daquele lugar. Ao chegar, se sentiu bem ao seguir até aquele lugar, usando roupas simples e um chapéu na cabeça cobrindo seu rosto e escondendo seu cabelo em um coque. Estava animada para enfrentar aqueles corredores cheios de pessoas.— Até que enfim, não é? — ela ouviu a voz já conhecida a esperando.— Oi, Misaluna... — suspirou Hanna empolgada, a abraçando cuidadosa.— Para onde vai me levar? Quero viver perigosamente! — perguntou Misaluna empolgada.— Esqueça isso por um tempo. Por enquanto, eu quero estudar — suspirou Hanna apreensiva, mas Misaluna se viu com uma ponta de esperança.— Que bom! Seu empréstimo estudantil já foi quitado também, eu fiquei surpresa — disse Misaluna.— Pensei até que você tivesse algo a ver com isso — Hanna franziu o cenho em meio à confusão.— Não, eu até tentei, mas disseram que tinham pago. Pe
Cap.55: A mentira não dura para sempre.Hanna buscava palavras para confrontar Morgan, mas de repente pensou com calma em sua pergunta.— E se eu quiser? — perguntou ela, o analisando. Ele soltou um suspiro pesado, se inclinando para frente e a encarando nos olhos, o que a fez disfarçar.— Posso pensar... — respondeu, suspirando e voltando a relaxar.— Ah... não vai brigar por eu ter colocado sua futura esposa para fora?— Quer que eu brigue? — perguntou ele, indiferente, se acomodando no sofá com calma, levando as mãos à cabeça ao inclinar para trás.— Não, mas quero que saia daqui. Já que não posso ir para a mansão, você também não pode pisar os pés aqui, ainda mais quando vem pensando que pode me humilhar.— Por que não faz silêncio... — resmungou ele, em cólera. — Eu já ouvi demais hoje, o meu estresse está acima do comum.Hanna então seguiu até a cozinha, em seguida voltou com um copo de água e um analgésico, colocando-os sobre a mesa de centro enquanto ele observava cada movimen
Um alívio tomou conta de Hanna ao abrir os olhos e ver Morgan ainda adormecido. Eram apenas cinco da manhã, e com cuidado, ela se afastou dos braços dele que a envolviam pela cintura, esgueirando-se para fora do quarto. Naquele horário, ninguém a veria sair, então ela correu para seu anexo.Lory também dormia em seu quarto, e Hanna retornou à sua cama, afundando novamente no sono. Uma pontada de saudade a invadiu ao sentir a frieza do colchão, há dias sem ser utilizado.Já eram oito da manhã e ela ainda dormia profundamente quando alguém a sacudiu com força.— Acorde, senhorita Hanna, rápido! — implorou Lory, insistindo até que Hanna finalmente despertasse, percebendo que não era um sonho.— Lory... o que está acontecendo? Eu quero dormir! — exclamou ela, ainda sonolenta.— Eles estão vindo! — Lory a informou, aflita. — Fui à mansão te procurar e ouvi Liara conversando com Morgan. Parece que ele vai vir aqui com elas, mas não sei para quê.— Céus... "Eles"? — Hanna se alarmou. — Preci
Cap.53: a dor profunda e escondida.Hanna recuou quando viu quem estava ali. Ele cambaleava para dentro do quarto, encarando-a com o olhar perdido.— O que você faz aqui? — perguntou Hanna, se afastando dele enquanto seus passos confusos a aproximavam.— Eu quero ficar... — Morgan balbuciou, apertando os olhos, tentando se manter lúcido.— O que está falando, senhor Morgan? Você está bêbado?— Estou cansado! — asseverou ele de repente, cambaleando para frente. Hanna apoiou as mãos sobre seu peito para impedi-lo de cair.— Você bebeu... qual o motivo disso? Não deveria estar no meu quarto. Venha, eu vou te levar de volta. — pediu Hanna, apreensiva, tentando segurar no braço dele para levá-lo para fora. Mas, mesmo embriagado, ele não havia perdido suas forças. Hanna continuava tentando puxá-lo, colocando o braço dele em cima de seu ombro. De repente, Morgan se livrou e a abraçou por trás.Ela petrificou com sua ação.— O que está fazendo?— Não faça barulho... — murmurou ele com a voz a