Ninguém entendia melhor do que Lara como era ter o filho nas mãos de outra pessoa.Francisca levou Fábio para o banheiro e, depois de deixar a criança na porta do banheiro masculino, ela esperou do lado de fora.Em pouco tempo, alguns homens altos também entraram no banheiro.Breno também estava no banheiro, olhou para o relógio e pensou que o homem de meia-idade já deveria ter ido embora, então saiu e se deparou com três homens altos. Antes que pudesse reagir, um deles segurou um pano úmido embebido em algum tipo de droga em seu rosto. Breno ficou tonto, sem tempo para pedir ajuda, desmaiou. O homem tirou seu casaco preto e o envolveu, carregando-o para fora.Dentro do banheiro, Fábio terminou de usar o banheiro e lavou as mãos, prestes a sair, quando foi agarrado por Marcelo, que estava procurando por Breno.- Seu moleque, você levou mais de uma hora no banheiro, achei que você tivesse caído no vaso sanitário. - Disse Marcelo, olhando para as roupas comuns de suspensório de Fábio, fi
Do lado de fora do hotel, Francisca esperou até que a maioria das pessoas fosse embora, mas ainda não viu Antônio.- Será que ele voltou sozinho? Vou ligar e perguntar. Francisca pegou o celular e ligou para Antônio. Mas ninguém atendeu do outro lado. Francisca pensou que havia perdido a chance e decidiu voltar para casa com Fábio de carro.Não era longe, em vinte minutos chegaram. Mas quando abriram a porta de casa, estava exatamente como quando saíram, as luzes apagadas. Antônio ainda não tinha voltado.- Mamãe, será que tio Antônio se meteu em encrenca? - Perguntou Fábio de repente.Quando Fábio foi ao banheiro dentro do hotel, pôde sentir claramente que a atmosfera de segurança lá era diferente, mais intensa do que em outros lugares. Não parecia estar protegendo alguém, mas sim tentando capturar alguém ou impedir alguém.Ouvindo Fábio dizer isso, Francisca decidiu ligar para Guilherme também. Demorou um pouco até que a ligação fosse atendida.Guilherme ainda estava no hospital, su
Catarina ainda não tinha alcançado os lábios de Antônio quando foi empurrada com força, e Antônio, que estava deitado na cama, abriu os olhos.- Antônio...O rosto de Catarina mudou instantaneamente. Admir não disse que Antônio estava drogado e sem capacidade de resistência? Ela tentou se levantar para sair, mas Antônio agarrou seu pulso e apertou: - Quem te enviou? Qual é o seu objetivo?Catarina não tinha poder para sequestrar a si mesma.- Antônio, eu não sei do que você está falando. Foi você quem me ligou, bêbado, e pediu para eu vir aqui. Catarina tentou se explicar astutamente. Se ela confessasse Admir agora, haveria apenas uma consequência: a morte. Antônio estava se esforçando no momento, ele foi drogado durante o baile, mas conseguiu se manter consciente graças a uma forte força de vontade. Seu rosto estava coberto de suor, e ao ver que Catarina não estava disposta a dizer a verdade, ele a agarrou pelo pescoço.- Fale! Senão eu te mato agora mesmo!Catarina instantaneamente
- Você fala. - Disse Francisca.- Sinto que desta vez o senhor pode ter algo a ver com o Mestre Admir, posso ir atrás da família Vieira e algumas outras, mas o lado do Mestre Admir...Guilherme estava um pouco hesitante. Um subordinado de Antônio ir visitar o Admir não parecia adequado. Além disso, ele não poderia visitar tantos lugares em uma única noite.Francisca não esperou ele terminar e concordou com a cabeça:- Sim, eu irei procurar.- Legal. - Guilherme instruiu novamente. - Se tiver alguma dificuldade, pode procurar a Sra. Sílvia.Sílvia certamente não ficaria de braços cruzados se algo acontecesse com Antônio.Francisca assentiu.Agora Guilherme estava mais tranquilo, então ele seguiu com sua equipe em direção à família Vieira. Seja qual for a relação entre a família Vieira e o desaparecimento de Antônio, Antônio se envolveu em problemas após o baile, definitivamente havia uma conexão com a família Vieira.Meia hora depois.Os membros da família Vieira foram cercados por segu
Claudia realmente não queria assistir impotente a morte de alguém diante de seus olhos, então ela falou:- Ah, esqueça isso, ele não fez nada com o Breno, e foi o Breno quem puxou as calças dele primeiro.Claudia pensou consigo mesma que, quando encontrasse o Breno, ela definitivamente perguntaria por que ele estava puxando as calças de outras pessoas.Marcelo também estava ficando impaciente e irritado, ele se virou e olhou para ela:- O que você está me chamando? Eu não tenho nome?Marcelo falou com seriedade, e Claudia encolheu-se de medo. Marcelo esfregou a testa e deu ordens aos subordinados:- Então, jogue-o para fora.- Sim.Claudia suspirou aliviada e voltou a verificar as câmeras de segurança. Depois de Breno ter fugido, ele não apareceu mais nas imagens.Marcelo mandou verificar as câmeras externas novamente e descobriu que a criança não tinha saído do hotel.“Será que esse maldito moleque ainda está escondido por aqui?”Pensando nisso, Marcelo ordenou ao gerente do hotel:-
As memórias do passado inundaram Admir, deixando-o ainda mais descontente.- Fui a um baile, mas não sei para onde meu irmão foi. A essa hora, você ainda está procurando por ele?- Já que você não sabe, então vou voltar.Talvez o Admir do passado fosse cavalheiro, Francisca nunca o considerou mau. Francisca estava prestes a entrar no carro quando Admir se adiantou.- Vou te acompanhar para procurá-lo.- Não precisa, você pode voltar e descansar.Francisca recusou imediatamente. Ela já se sentia mal o suficiente por acordá-lo tão tarde da noite.- Não, você vai procurá-lo sozinha a essa hora, e eu não me sinto tranquilo. - Falou Admir, sem esperar que Francisca respondesse, já estava sentado no banco do motorista. - Vamos, eu dirijo.Francisca não achou apropriado recusar novamente e assentiu:- Está bem.Admir dirigiu em direção ao centro da cidade. Fazia muito tempo desde que eles passaram um tempo juntos assim.- Ele desapareceu durante o baile? - Perguntou Admir.- Não, foi depois d
— Eu nunca o ouvi dizer que recuperou a memória. Perguntei a ele outro dia e ele disse que não. — Murmurou Francisca, como se falasse com Admir, mas também consigo mesma.Ela estava grávida e não podia se permitir grandes emoções. Respirou fundo, tentando se acalmar. “Tudo bem, só fui enganada de novo. Tudo bem, não vou me irritar, não vou ficar triste. Tudo bem, isso é bom, assim eu posso me livrar dele de vez.”Francisca repetia para si mesma no coração, tentando se confortar.Admir percebeu sua aflição e segurou a mão de Francisca: — Tudo bem, você ainda me tem.Francisca se surpreendeu. Olhou para a mão segurada por Admir, mas, no instante seguinte, a retirou. Antônio tinha errado, ela não podia errar também.— Admir, você é o noivo de Cristina — Lembrou Francisca.A mão de Admir congelou no ar e uma expressão estranha passou pelo seu rosto antes de ele responder gentilmente:— Você está enganada. Eu quis dizer que estou do seu lado, afinal, ainda somos amigos, não somos? Não se
Francisca lembrava das fotos que Admir havia mostrado. Nas imagens, Antônio estava claramente sem equilíbrio, precisando não só do apoio de Catarina, mas também de um segurança vestido de preto. Antônio raramente bebia tanto, e muito menos a ponto de perder os sentidos. Ela sabia bem disso, pois tinha tentado embriagá-lo uma vez e falhado.— Fábio, lembrei de uma coisa que precisa fazer. Vá dormir, não precisa me esperar. — Disse Francisca.Fábio assentiu:— Tudo bem.Quando Francisca saiu apressada, Fábio murmurou para si mesmo:— Não é que eu queira ajudar você, papai. Só não quero que você morra jovem. Ainda preciso que você e o meu irmão nos tragam mais riquezas.Além de Breno, ninguém sabia do talento de Fábio. Ele tinha a capacidade de perceber os pensamentos das pessoas através de suas conversas, expressões faciais e outros sinais. Suas deduções eram quase sempre corretas, algo próximo de um especialista em psicologia, mas com uma sensibilidade extraordinária. Depois de ouvir a