Catarina ainda não tinha alcançado os lábios de Antônio quando foi empurrada com força, e Antônio, que estava deitado na cama, abriu os olhos.- Antônio...O rosto de Catarina mudou instantaneamente. Admir não disse que Antônio estava drogado e sem capacidade de resistência? Ela tentou se levantar para sair, mas Antônio agarrou seu pulso e apertou: - Quem te enviou? Qual é o seu objetivo?Catarina não tinha poder para sequestrar a si mesma.- Antônio, eu não sei do que você está falando. Foi você quem me ligou, bêbado, e pediu para eu vir aqui. Catarina tentou se explicar astutamente. Se ela confessasse Admir agora, haveria apenas uma consequência: a morte. Antônio estava se esforçando no momento, ele foi drogado durante o baile, mas conseguiu se manter consciente graças a uma forte força de vontade. Seu rosto estava coberto de suor, e ao ver que Catarina não estava disposta a dizer a verdade, ele a agarrou pelo pescoço.- Fale! Senão eu te mato agora mesmo!Catarina instantaneamente
- Você fala. - Disse Francisca.- Sinto que desta vez o senhor pode ter algo a ver com o Mestre Admir, posso ir atrás da família Vieira e algumas outras, mas o lado do Mestre Admir...Guilherme estava um pouco hesitante. Um subordinado de Antônio ir visitar o Admir não parecia adequado. Além disso, ele não poderia visitar tantos lugares em uma única noite.Francisca não esperou ele terminar e concordou com a cabeça:- Sim, eu irei procurar.- Legal. - Guilherme instruiu novamente. - Se tiver alguma dificuldade, pode procurar a Sra. Sílvia.Sílvia certamente não ficaria de braços cruzados se algo acontecesse com Antônio.Francisca assentiu.Agora Guilherme estava mais tranquilo, então ele seguiu com sua equipe em direção à família Vieira. Seja qual for a relação entre a família Vieira e o desaparecimento de Antônio, Antônio se envolveu em problemas após o baile, definitivamente havia uma conexão com a família Vieira.Meia hora depois.Os membros da família Vieira foram cercados por segu
Claudia realmente não queria assistir impotente a morte de alguém diante de seus olhos, então ela falou:- Ah, esqueça isso, ele não fez nada com o Breno, e foi o Breno quem puxou as calças dele primeiro.Claudia pensou consigo mesma que, quando encontrasse o Breno, ela definitivamente perguntaria por que ele estava puxando as calças de outras pessoas.Marcelo também estava ficando impaciente e irritado, ele se virou e olhou para ela:- O que você está me chamando? Eu não tenho nome?Marcelo falou com seriedade, e Claudia encolheu-se de medo. Marcelo esfregou a testa e deu ordens aos subordinados:- Então, jogue-o para fora.- Sim.Claudia suspirou aliviada e voltou a verificar as câmeras de segurança. Depois de Breno ter fugido, ele não apareceu mais nas imagens.Marcelo mandou verificar as câmeras externas novamente e descobriu que a criança não tinha saído do hotel.“Será que esse maldito moleque ainda está escondido por aqui?”Pensando nisso, Marcelo ordenou ao gerente do hotel:-
As memórias do passado inundaram Admir, deixando-o ainda mais descontente.- Fui a um baile, mas não sei para onde meu irmão foi. A essa hora, você ainda está procurando por ele?- Já que você não sabe, então vou voltar.Talvez o Admir do passado fosse cavalheiro, Francisca nunca o considerou mau. Francisca estava prestes a entrar no carro quando Admir se adiantou.- Vou te acompanhar para procurá-lo.- Não precisa, você pode voltar e descansar.Francisca recusou imediatamente. Ela já se sentia mal o suficiente por acordá-lo tão tarde da noite.- Não, você vai procurá-lo sozinha a essa hora, e eu não me sinto tranquilo. - Falou Admir, sem esperar que Francisca respondesse, já estava sentado no banco do motorista. - Vamos, eu dirijo.Francisca não achou apropriado recusar novamente e assentiu:- Está bem.Admir dirigiu em direção ao centro da cidade. Fazia muito tempo desde que eles passaram um tempo juntos assim.- Ele desapareceu durante o baile? - Perguntou Admir.- Não, foi depois d
— Eu nunca o ouvi dizer que recuperou a memória. Perguntei a ele outro dia e ele disse que não. — Murmurou Francisca, como se falasse com Admir, mas também consigo mesma.Ela estava grávida e não podia se permitir grandes emoções. Respirou fundo, tentando se acalmar. “Tudo bem, só fui enganada de novo. Tudo bem, não vou me irritar, não vou ficar triste. Tudo bem, isso é bom, assim eu posso me livrar dele de vez.”Francisca repetia para si mesma no coração, tentando se confortar.Admir percebeu sua aflição e segurou a mão de Francisca: — Tudo bem, você ainda me tem.Francisca se surpreendeu. Olhou para a mão segurada por Admir, mas, no instante seguinte, a retirou. Antônio tinha errado, ela não podia errar também.— Admir, você é o noivo de Cristina — Lembrou Francisca.A mão de Admir congelou no ar e uma expressão estranha passou pelo seu rosto antes de ele responder gentilmente:— Você está enganada. Eu quis dizer que estou do seu lado, afinal, ainda somos amigos, não somos? Não se
Francisca lembrava das fotos que Admir havia mostrado. Nas imagens, Antônio estava claramente sem equilíbrio, precisando não só do apoio de Catarina, mas também de um segurança vestido de preto. Antônio raramente bebia tanto, e muito menos a ponto de perder os sentidos. Ela sabia bem disso, pois tinha tentado embriagá-lo uma vez e falhado.— Fábio, lembrei de uma coisa que precisa fazer. Vá dormir, não precisa me esperar. — Disse Francisca.Fábio assentiu:— Tudo bem.Quando Francisca saiu apressada, Fábio murmurou para si mesmo:— Não é que eu queira ajudar você, papai. Só não quero que você morra jovem. Ainda preciso que você e o meu irmão nos tragam mais riquezas.Além de Breno, ninguém sabia do talento de Fábio. Ele tinha a capacidade de perceber os pensamentos das pessoas através de suas conversas, expressões faciais e outros sinais. Suas deduções eram quase sempre corretas, algo próximo de um especialista em psicologia, mas com uma sensibilidade extraordinária. Depois de ouvir a
Antônio, se ouvisse alguém dizer que ele precisava de remédios, provavelmente os eliminaria sem pensar duas vezes.Francisca, ao confirmar que Antônio estava ali, enviou uma mensagem para Guilherme.Guilherme respondeu imediatamente:[Estamos a caminho.]Embora estivesse intrigado com a mudança repentina de Francisca, sabia que o assunto era urgente. Não demorou muito para que ele e sua equipe cercassem o hotel. Depois de controlarem todos os vigias do andar superior, Francisca subiu. Ao descobrirem o número do quarto de Antônio, os seguranças arrombaram a porta.Francisca foi a primeira a entrar e, de imediato, viu Antônio saindo do banheiro, enrolado em uma toalha.Antônio franziu o cenho e perguntou:— Quem está aí?Francisca, imaginando que ele tinha acabado de estar com Catarina e acabara de tomar banho, sentiu as mãos apertarem-se de raiva. Sem querer falar, ficou parada, deixando-o inquieto.Antônio caminhou em direção à porta, olhando para outra direção:— Admir?Guilherme, ao
— Não ir ao hospital? Como assim? Você foi... Francisca tentou falar, mas Antônio a calou com um beijo, já tirando sua roupa ansiosamente. Ele sabia que o que sentia não era só efeito do remédio.— Antônio, por favor, não... Francisca tentou resistir, mas ele a abraçou novamente. Ela sentiu um gosto de sangue na boca dele e se surpreendeu:— Sua boca...— Não consegui me controlar, mordi a minha língua — Respondeu Antônio com a voz rouca.Enquanto Francisca ainda processava a informação, ele a ergueu nos braços. O roupão de Antônio caiu, e ela viu como seu corpo estava vermelho do banho frio. Ficou paralisada por um momento, o que foi suficiente para ele a deitar na cama....Ao amanhecer, Francisca abriu os olhos lentamente e viu as roupas espalhadas pelo chão. Ao virar a cabeça, percebeu que Antônio a abraçava firmemente. Na noite passada, ele não aceitou suas recusas, como se estivesse possuído.Felizmente, o bebê estava bem.Antônio percebeu que ela estava acordada e, embora não