Ao encontrar os olhos límpidos e indignados de Francisca, Marcelo não podia acreditar! Aquilo não era apenas parecido, era certa Francisca!Marcelo não entendia por que Francisca estava participando de um encontro às cegas. Antes mesmo que ele pudesse se recuperar, Francisca disse a Simão: - Vamos embora.Simão protegeu Francisca enquanto saíam. O homem caído no chão ainda resmungava e praguejava: - Não vão embora assim! Eu vou lembrar de vocês, aguardem!Os outros jovens ricos o provocavam e zombavam: - Mestre Mourinho, você é tão covarde! Se tem coragem, bata de volta!- É isso aí, pare de choramingar!Mourinho também queria agredir Simão, mas o chute que recebeu anteriormente o deixou incapaz de sequer se levantar. Ele sempre foi mimado desde criança e nunca passou por esse tipo de humilhação. Ele se levantou e gritou:- Agora mesmo vou ligar chamando as pessoas e fazer com que eles nunca mais voltem aqui.Antes que Mourinho pudesse terminar, Marcelo se aproximou lentamente e a f
Antônio já havia ouvido dos seguranças que Francisca havia ido ao Restaurante Viana pela manhã.- O que ela foi fazer no Restaurante Viana? - Perguntou Antônio. Ele sabia que aquele lugar era frequentado por playboys e festas extravagantes, um ambiente sujo.O segurança hesitou por um momento antes de responder: - Parece que foi para um encontro às cegas.Os olhos de Antônio se estreitaram, e a pressão de ar ao seu redor diminuiu. Então, o que ela disse era verdade, ela foi para um encontro? Francisca realmente estava surpreendendo-o mais uma vez.O rosto de Antônio se tornou sombrio imediatamente. O segurança sabia como Antônio era. Ele não ousou falar e saiu do escritório com cuidado.Às duas da tarde, a porta do escritório foi batida.- Sr. Antônio.Assim que Francisca entrou, percebeu que algo estava errado com Antônio. O olhar sombrio e frio do homem se ergueu levemente, como se pudesse ler sua alma.- Terminou suas ocupações? - Perguntou Antônio sem pressa, com um tom insinuant
A verdadeira crueldade podia ser assim. Francisca apertou os lábios com força, nem percebendo mais a dor em suas mãos.O antigo Grupo Oliveira estava nas mãos de seu irmão mais novo, Lorenzo, e embora estivesse enfrentando perdas sucessivas, pelo menos ainda existia. Mas agora, o último desejo deixado por seu pai havia desaparecido.Francisca entendia que Antônio estava fazendo tudo isso para se vingar dela. Ela olhou para o local que agora era um terreno abandonado, sentindo uma dor na garganta, quase chorando:- A lei do mais forte, você é o presidente do Grupo Pareira, você decide tudo.Ela não percebeu que sua voz estava rouca. Antônio não esperava que, mesmo nessa situação, Francisca ainda se recusasse a admitir que estava fingindo ter amnésia. Ele pensou que, depois de testemunhar aquela cena, ela o questionaria, choraria, faria um escândalo, mas não houve nada disso.No passado, quando Francisca olhava para Antônio, havia um brilho em seus olhos, diferente da calma atual. O cora
Marcelo não estava com vontade de comer hoje.Fernando, sabendo das ações de Marcelo pela manhã, o deixou especificamente para jantar no restaurante, na verdade, para conhecer outras herdeiras presentes no banquete. E assim que ele entrou no salão, Fernando o chamou para um canto.- Este é o banquete da Família de Pareira, você não vai estragar tudo de novo, não é? - Disse Fernando.Fernando realmente encontrou o ponto fraco de Marcelo. Sem outra opção, Marcelo teve que se sentar em um canto do banquete. Ele estava enregelado por dentro, e todos podiam sentir que qualquer um que se aproximasse agora estava pedindo para se machucar.Marcelo não percebeu que um garotinho o estava observando secretamente o tempo todo.Os anfitriões, a Família de Pareira, estavam presentes no banquete. E lá estava Catarina também. Ela notou Marcelo, mas não ousou ir falar com ele. Não era por causa de Marcelo que ela se preocupava, mas sim por causa de Fernando.Na verdade, se não fosse por Fernando ter Fr
Ao redor, os olhares se multiplicavam, e Marcelo sentia que se permanecesse ali, certamente se tornaria o centro das atenções. Para os desconhecidos, poderiam até pensar que ele estava intimidando a criança.Marcelo se dirigiu rapidamente ao banheiro. Breno imediatamente abandonou sua expressão de coitadinho, pegou seu relógio de telefone e, encontrando um ângulo adequado, tirou uma foto do desarrumado Marcelo. Ele não parou por aí e seguiu Marcelo até um quarto.Não muito longe dali, Sílvia notou a presença daquela criança e seu coração se amoleceu. Ela deu um gole em sua bebida e disse a Catarina ao seu lado: - Que criança adorável, tão responsável e educada. Se Antônio tivesse um filho assim.Somente diante de uma criança tão pequena, o rosto frio e distante de Sílvia se mostrava afetuoso. Catarina percebeu que Sílvia estava novamente insinuando para ela engravidar logo, e só podia concordar.Chegaram ao quarto temporário. Marcelo ligou para Pinto e pediu que trouxesse um novo conj
- A herdeira da família Serra, Claudia, e Francisca eram colegas na universidade. Assim que Claudia se formou, ela foi para o exterior. Desta vez, logo após o retorno de Francisca, Claudia também voltou ao país. De acordo com minhas investigações, Claudia tem um interesse amoroso, um rapaz da mesma turma delas chamado Ilídio. Suspeito que Claudia tenha convidado Francisca para participar deste encontro às cegas por causa de Ilídio. - Disse Pinto, revelando tudo o que sabia a Marcelo.Marcelo tinha uma expressão indescritível nos olhos. Ele trocou de roupa e desceu até o andar de baixo, onde viu Antônio e Catarina juntos, como um casal perfeito. Marcelo hesitou por um momento e não contou a Antônio o que havia acontecido hoje.Outro lado, Francisca recebeu uma ligação de Claudia, e a voz de Claudia soava desanimada:- Francisca, estou voltando esta noite.- E então? Você o encontrou? - Perguntou Francisca.Claudia engasgou. - Sim, encontrei. - Ela fez uma pausa e, parecendo despreocupad
Realmente, o dinheiro fez porcos voarem.- Dessa vez, vou te deixar passar. - Disse Breno.Ele esfregou os olhos sonolentos, abriu a porta do quarto e saiu.- Mamãe, tia Claudia, bom dia. - Cumprimentou Breno.- Garotinho, bom dia. - Disse Claudia.Francisca estava na cozinha, preparando o café da manhã.- Vocês se arrumem e venham tomar café. Breno, sua tia Claudia encontrou uma creche para você, vamos fazer a matrícula hoje. - Disse Francisca.Normalmente, seria período de férias agora, mas a creche internacional recomendada por Claudia funcionava o ano todo.Se Breno seria ocupado na escola, então Francisca não precisaria se preocupar com ele ficando sozinho e entediado durante o dia. Além disso, na idade de Breno, era importante interagir com outras crianças.- Está bem. - Respondeu Breno obedientemente.No banheiro, Claudia observou Breno em um banquinho, escovando os dentes com seriedade, e não pôde deixar de brincar com ele:- Breno, por que você obedece tanto sua mãe? Não vai p
Após deixarem Breno, Francisca e Claudia finalmente tiveram tempo para passear juntas. Devido à situação de Ilídio, Claudia decidiu ficar em Cidade C por um tempo para cuidar de Breno.- Claudia, muito obrigada. - Disse Francisca sinceramente.- Entre nós duas, não precisa de tanta formalidade.Enquanto isso, na creche.Assim que Breno entrou na sala de aula, seu rosto adorável instantaneamente atraiu a atenção de todas as meninas da creche. A professora o apresentou como um novo aluno que acabara de retornar do exterior e pediu a todos que o tratassem bem.Daulo recebeu uma ligação de Claudia na noite anterior, dizendo que haveria um aluno novo hoje e que ele deveria ser amigo dele. Ele pensou que o novo aluno seria um menino forte como ele. No entanto, Breno era tão bonito que parecia até mais bonito do que as meninas. Ele era adorável e fazia as pessoas quererem protegê-lo.Daulo acenou para Breno, chamando-o para se juntar a ele. Breno ficou ao lado de Daulo.- Você é o Breno? Tia