Francisca terminou de compor à noite e foi para o quarto de Fábio, onde percebeu que as capas de cama haviam sido trocadas.- Fábio, você trocou esses lençóis e capas de cama? - Perguntou Francisca.- Foi o tio Antônio quem me ajudou a trocar. - Respondeu Fábio.- E as capas sujas?- O tio Antônio disse para jogar fora as sujas.Francisca se agachou pacientemente e explicou:- Da próxima vez que as capas ficarem sujas, avise me, que eu trocarei para você. Não as jogue fora, elas podem ser lavadas e usadas novamente. Muitas pessoas neste mundo nem sequer têm capas de cama.- Foi exatamente isso que eu disse ao tio Antônio. - Respondeu Fábio seriamente.Ao ouvir isso, Francisca sentiu que precisava conversar seriamente com Antônio e não permitir que seus hábitos de desperdício afetassem a criança.- Está bem, entendi. Agora vá descansar cedo.Francisca beijou sua testa. À medida que saía do quarto, Fábio segurou sua mão novamente:- O tio Antônio também estava sendo gentil ao me ajudar a
Francisca não hesitou e mordeu diretamente o braço dele. Ela não apertou com força, mas ainda doeu um pouco. Antônio acariciou suavemente as costas dela:- O que eu fiz no sonho?Francisca abriu a boca devagar, sua voz ficou rouca:- Você me fez abortar o bebê.- Bobagem, como isso poderia acontecer?Embora Francisca não admitisse publicamente, eram os filhos deles dois, ele tinha certeza disso. Como ele poderia permitir que Francisca abortasse os filhos que eles tinham em comum?Francisca olhou para ele:- Antônio, prometa-me agora, mesmo que você recupere a memória, não fará mal aos meus filhos, incluindo Breno e Fábio.- Está bem, eu prometo. Se eu machucar as crianças, não mereço viver.Antônio estava prestes a contar a ela que havia recuperado a memória. Mas e se ela insistisse em ir embora assim que soubesse? Ela só ficava agora porque se sentia piedosa por ele ter perdido a memória e ficado cego.Com a garantia de Antônio, Francisca relaxou um pouco e se deitou em seus braços, a
Antônio queria reconstruir seu império comercial e não poderia evitar interagir com outros empresários. Essas festas de negócios não eram apenas sobre beber.- Está bem, então vou enviar mais algumas pessoas para acompanhá-lo. - Disse Guilherme.A geração mais velha da família Vieira havia atacado Antônio no passado, mas eles confundiram Admir com Antônio. Admir ficou gravemente ferido e teve que ser levado para o exterior para tratamento, já que sua saúde já não era boa.Depois disso, Antônio começou a expandir o Grupo Pareira e eliminando um por um os membros mais velhos da família Vieira, deixando apenas os incompetentes.Moisés já chegou a se ajoelhar diante de Antônio para sobreviver. Antônio não os exterminou por bondade, mas por medo de que os outros magnatas de Cidade C se unissem contra ele. Afinal, como disse o ditado, até um coelho podia atacar quando estava desesperado.- Ok. - Concordou Antônio.Guilherme teve uma ideia e perguntou:- Todos vão levar acompanhantes, devemos
A festa acontecia no Hotel Spring, e lá estavam muitos rostos conhecidos. Marcelo trouxe Breno consigo, pois Fernando disse que era importante para Breno entrar em contato com pessoas do mundo dos negócios.Marcelo olhou para Breno e disse:- Garoto insolente, lembre-se de me chamar de pai mais tarde, não me chame de tio.Breno olhou para cima e perguntou:- Te chamar de quê?- Pai.- Sim.Marcelo olhou para Breno, que era exatamente igual a Antônio, e deu um tapa em sua bunda. Enquanto Breno ainda era pequeno, era necessário dar alguns tapas quando necessário. Marcelo não sabia por quê, mas bater em Breno lhe dava uma sensação de vingança, talvez porque, quando Marcelo era criança, ele costumava ser espancado por Antônio.Breno ficou vermelho de vergonha, afastou-se imediatamente de Marcelo.Depois de apresentar Breno a algumas pessoas de forma superficial, Marcelo foi se sentar em um canto e beber. Ele não gostava dessas ocasiões, eram todas falsas e hipócritas. Muitas pessoas que te
Na festa, Admir também estava presente, com Lara ao seu lado.- Admir, seria mais apropriado adiar nossa cooperação. Você ainda é jovem e algumas coisas podem não ter sido bem planejadas. Após mais experiência, poderemos continuar nossa parceria. - Disse Lara, deixando claro que se referia à falta de consideração em relação à sua filha, Cristina. Admir entendeu, manteve uma expressão serena e observou Lara se afastar. Nesse momento, Moisés se aproximou dele:- Admir, você escolheu uma ótima família para ser seu parente. A família Costa pode ser comum, mas a mãe de Cristina é uma mulher notável.Admir apenas sorriu, sem mostrar qualquer mudança de emoção.Enquanto eles conversavam, Guilherme percebeu e sussurrou para Antônio:- Senhor, o Mestre Admir está com o Moisés.As famílias Pareira e Vieira eram inimigas, e Moisés nutria um ódio profundo por Antônio. Antônio se perguntou por que Admir estava agindo de forma estranha ultimamente.- Tenha alguém vigiando-os. - Ordenou Antônio.- S
Ninguém entendia melhor do que Lara como era ter o filho nas mãos de outra pessoa.Francisca levou Fábio para o banheiro e, depois de deixar a criança na porta do banheiro masculino, ela esperou do lado de fora.Em pouco tempo, alguns homens altos também entraram no banheiro.Breno também estava no banheiro, olhou para o relógio e pensou que o homem de meia-idade já deveria ter ido embora, então saiu e se deparou com três homens altos. Antes que pudesse reagir, um deles segurou um pano úmido embebido em algum tipo de droga em seu rosto. Breno ficou tonto, sem tempo para pedir ajuda, desmaiou. O homem tirou seu casaco preto e o envolveu, carregando-o para fora.Dentro do banheiro, Fábio terminou de usar o banheiro e lavou as mãos, prestes a sair, quando foi agarrado por Marcelo, que estava procurando por Breno.- Seu moleque, você levou mais de uma hora no banheiro, achei que você tivesse caído no vaso sanitário. - Disse Marcelo, olhando para as roupas comuns de suspensório de Fábio, fi
Do lado de fora do hotel, Francisca esperou até que a maioria das pessoas fosse embora, mas ainda não viu Antônio.- Será que ele voltou sozinho? Vou ligar e perguntar. Francisca pegou o celular e ligou para Antônio. Mas ninguém atendeu do outro lado. Francisca pensou que havia perdido a chance e decidiu voltar para casa com Fábio de carro.Não era longe, em vinte minutos chegaram. Mas quando abriram a porta de casa, estava exatamente como quando saíram, as luzes apagadas. Antônio ainda não tinha voltado.- Mamãe, será que tio Antônio se meteu em encrenca? - Perguntou Fábio de repente.Quando Fábio foi ao banheiro dentro do hotel, pôde sentir claramente que a atmosfera de segurança lá era diferente, mais intensa do que em outros lugares. Não parecia estar protegendo alguém, mas sim tentando capturar alguém ou impedir alguém.Ouvindo Fábio dizer isso, Francisca decidiu ligar para Guilherme também. Demorou um pouco até que a ligação fosse atendida.Guilherme ainda estava no hospital, su
Catarina ainda não tinha alcançado os lábios de Antônio quando foi empurrada com força, e Antônio, que estava deitado na cama, abriu os olhos.- Antônio...O rosto de Catarina mudou instantaneamente. Admir não disse que Antônio estava drogado e sem capacidade de resistência? Ela tentou se levantar para sair, mas Antônio agarrou seu pulso e apertou: - Quem te enviou? Qual é o seu objetivo?Catarina não tinha poder para sequestrar a si mesma.- Antônio, eu não sei do que você está falando. Foi você quem me ligou, bêbado, e pediu para eu vir aqui. Catarina tentou se explicar astutamente. Se ela confessasse Admir agora, haveria apenas uma consequência: a morte. Antônio estava se esforçando no momento, ele foi drogado durante o baile, mas conseguiu se manter consciente graças a uma forte força de vontade. Seu rosto estava coberto de suor, e ao ver que Catarina não estava disposta a dizer a verdade, ele a agarrou pelo pescoço.- Fale! Senão eu te mato agora mesmo!Catarina instantaneamente