Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Capítulo 293
Antônio cumpriu sua palavra e, desde que saíram do cartório, nunca mais procurou Francisca. Também não mencionou o nome dela a ninguém ao seu redor. Na mansão Oásis, não havia uma única luz acesa durante a noite. Os objetos de vidro estavam espatifados pelo chão. O guarda-costas se apressou em entrar:- Sr. Antônio, o senhor está bem?- Some daqui!Uma resposta fria do Antônio.O guarda-costas saiu imediatamente. Antônio ficou parado na sala de jantar, com as mãos cortadas pelos cacos de vidro, o sangue escorrendo. Parecia não sentir dor alguma, tateando até conseguir abrir a torneira e lavar as mãos feridas com água gelada.Nesses últimos dias, além de quebrar objetos, ele também tinha tropeçado algumas vezes. Mas, felizmente, se lembrava da disposição dos cômodos, então não se perdia mais. Só quando o sangramento parou, Antônio fechou a torneira e saiu da cozinha.Caminhou sozinho até a sala, se sentando no sofá. Em suas escassas lembranças, Francisca costumava se sentar ali, esperan
Capítulo 294
Depois de perder a memória e a visão, o temperamento de Antônio ficou ainda mais irritadiço. Ele não tratava bem ninguém, exceto Francisca. Sílvia ficou muito preocupada ao lembrar como Antônio a havia tratado. Ela perguntou a Guilherme:- Como você acha que poderíamos fazer para que ele aceite a presença de outras pessoas?Guilherme ficou sem saber o que responder.- Além de se relacionar com Catarina e casar com Francisca, o senhor nunca se envolveu com outras mulheres. - Finalmente respondeu Guilherme.Antônio sempre deu prioridade aos seus negócios, e nem se importava muito com relacionamentos amorosos. Se Guilherme não tivesse mencionado Catarina, Sílvia até teria esquecido dela.- Aliás, onde Catarina está agora?Guilherme hesitou por um momento antes de responder:- No Hospital Psiquiátrico de Cidade C....No escritório do diretor do Hospital Psiquiátrico de Cidade C, Catarina estava de pé, com os cabelos despenteados, vestindo o uniforme do hospital, com o olhar vazio. Ao ver
Capítulo 295
Ex-namorada? Antônio franziu a testa. Catarina caminhou em sua direção:- Antônio, vi as notícias e sei que Francisca está se divorciando de você. Desde pequena ela é egoísta, você não deve ficar triste por causa dela.Antônio queria mandá-la embora, mas ao ouvi-la mencionar Francisca, não pôde evitar perguntar:- Você a conhece bem?- Sim, fomos colegas desde o ensino fundamental até a universidade, eu costumava ir à casa dela quando era mais nova.Catarina não mencionou o fato de ter sido patrocinada pela Família Oliveira. Ela se aproximou de Antônio, observando-o atentamente, ainda com as marcas do corte da janela de vidro em seu rosto. Ela instintivamente estendeu a mão, querendo tocá-lo, mas Antônio se esquivou.Catarina hesitou:- Antônio, deixe-me ficar e cuidar de você, por favor? Eu não sou como Francisca, não importa como você se torne, eu nunca a rejeitarei.Catarina realmente gostava de Antônio, mas também de sua riqueza. Ela sabia que mesmo que Antônio ficasse cego, ainda
Capítulo 296
Sílvia sabia que Admir certamente obedeceria ao que ela pedisse. Ela estava sentada no carro, olhando para a mansão Oásis onde morava Antônio, e perguntou a Ilídio:- Dr. Ilídio, foi você quem cuidou dos processos judiciais de Antônio anteriormente, não foi?Isso porque Antônio se recusava a seguir seus planos e se casar com alguém de outra família, além de não querer aceitar Catarina.Sílvia temia que, se Antônio ficasse sozinho na mansão Oásis, algo ruim pudesse acontecer com ele. Então, ela procurou Ilídio, o advogado que havia cuidado do divórcio de Antônio, para saber mais sobre a situação.- Sim. - Respondeu Ilídio.- Eu gostaria de saber, na condição atual de Antônio, Francisca tem o dever e a responsabilidade de cuidar dele?As palavras de Sílvia tinham um significado oculto. Ilídio percebeu a intenção por trás da pergunta. - Claro. - Ele fez uma pausa. - Se a senhora precisar, posso ajudar o Sr. Antônio a redigir um acordo para que Francisca seja obrigada a cuidar dele.Um le
Capítulo 297
Ilídio olhou para trás em direção ao carro luxuoso e viu Guilherme descer do veículo, seguido de seguranças e empregados. Ilídio não disse mais nada e entrou no carro para partir.Helena também saiu devido ao barulho lá fora e, ao ver o grupo de Guilherme, perguntou apressadamente:- Quem são eles?Francisca temia que ela pegasse frio:- Helena, entre e descanse, conversaremos depois.- Tudo bem.Helena acenou com a cabeça, se curvando enquanto voltava lentamente para o quarto.Depois de fechar a porta, Francisca caminhou em direção a Guilherme e seu grupo. Guilherme também se aproximou e, ao ver a casa desgastada do lado de fora, ficou preocupado com Antônio, que sempre viveu com luxo e conforto. Como ele se acostumaria a morar aqui?Francisca parou diante deles, não vendo Antônio, e perguntou a Guilherme:- Guilherme, o que é isso?- A Sra. Sílvia me mandou trazer todas as roupas e pertences do Sr. Antônio. - Respondeu Guilherme.Parecia que Ilídio estava certo, Sílvia realmente pret
Capítulo 298
Depois que Guilherme e seus seguranças se retiraram, Francisca voltou para o quarto. Hoje, Fábio já tinha sido levado para o hospital por Francisca, e Breno ainda estava no quarto lendo um livro. O problema urgente agora era como explicar a Breno que Antônio viria morar com eles.Francisca primeiro foi ao quarto de Helena e contou a ela tudo o que havia acontecido. Depois de ouvir, Helena apertou suavemente a mão de Francisca:- Você vai ter que cuidar sozinha de mim e das duas crianças. Como você vai cuidar dele também? Os membros da família de Pareira são tão difíceis de lidar.Helena antes achava que os ricos, de alguma forma, seriam mais generosos do que as pessoas comuns. Mas agora ela descobriu que quanto mais dinheiro as pessoas têm, menos elas se importam em perder.- Eu não vou cuidar de Antônio. Quando ele chegar, que cuide de si mesmo. - Depois de dizer isso, Francisca contou a Helena sua preocupação. - Breno e Fábio ainda não sabem de sua verdadeira origem. Se Antônio vier
Capítulo 299
Francisca voltou para casa já era noite, por volta das 9 horas. Ela arrumou o quarto de serviço para que Antônio ficasse lá, embora fosse um lugar muito simples, tinha pelo menos um banheiro privativo, evitando que ele perturbasse a ela e Helena.Eram 10 horas da noite. Um carro Mercedes pontualmente parou em frente à casa. Antônio estava sentado no banco de trás, com a postura ereta, seus olhos de safira não demonstravam qualquer emoção.O motorista desceu do carro, ficando do lado de fora da janela, e respeitosamente disse:- Sr. Antônio, chegamos. Vou chamar a senhora para vir buscá-lo.Por ordens de Antônio, ninguém além do motorista veio recebê-lo. Antônio pensou nas palavras que disse a Francisca depois de saírem do cartório, de que nunca mais a incomodaria.- Você me leva até lá.Antônio disse isso e então saiu do carro. À primeira vista, ele parecia não se diferenciar das outras pessoas.- Sim, senhor.O motorista estendeu cuidadosamente a mão para ajudá-lo, mas Antônio rejeito
Capítulo 300
- Vou dar uma olhada.Francisca desceu as escadas rapidamente, mas descobriu que a porta do quarto de Antônio estava fechada e não encontrou nada de errado, então não se importou. Ela pensou que assim que Antônio não aguentasse mais ficar ali, ele partiria.No dia seguinte.Francisca levantou cedo para preparar o café da manhã. Ela fez alguns camarões cozidos para si mesma, mas cuidadosamente preparou omelete com cenoura para Antônio, pois lembrava que ele era seletivo com comida e não gostava muito de cenoura. Breno também tinha herdado essa característica, evitando qualquer comida com um pouco de cenoura.Nessa hora, Helena ainda não havia acordado, então Francisca deixou uma porção separada para ela e levou o restante das comidas.Antônio saiu do banheiro já arrumado. Ele estava vestindo roupas de casa e, quando Francisca olhou, viu que ele tinha um grande ferimento na testa. Ela rapidamente entendeu o que havia acontecido. O barulho da noite anterior provavelmente foi porque ele ba