Capítulo 244Antônio sentiu como se sua cabeça tivesse explodido.- Alguém já os procurou?- Nós procuramos em todos os lugares, mas não os encontramos.Antônio apertava firmemente seu celular, naquele momento todas as suas esperanças haviam desaparecido. Desligando o telefone, ele disse aparentemente calmo ao motorista:- Dirija mais rápido!- Sim, senhor.O motorista ainda não havia percebido que algo estava errado, mas em menos de um minuto, ele foi dispensado por Antônio. Antônio assumiu o volante, pisando fundo no acelerador, como se não se importasse com sua própria vida, em direção a Vila FlorDouro. No caminho, ele não se esqueceu de ligar para os seguranças:- Vão procurar imediatamente por Francisca. Se vocês não a encontrarem, vocês estão mortos!Apesar de ser apenas um trajeto de vinte minutos, ele sentiu que a viagem estava eterna. Ele discava repetidamente o número de Francisca, mas todas as chamadas caíam na caixa postal.Os olhos de Antônio já estavam vermelhos. Finalmen
Guilherme olhava para o desespero e o medo estampados no rosto de Antônio. Não pôde evitar consolá-lo:- Senhor, não se preocupe, a Senhora e o Fábio talvez tenham saído escondidos para brincar, logo os encontraremos.Uma mentira dessas, típica de enganar crianças. Mas Antônio acreditou.- Eu sei, com certeza ela não teria coragem de me abandonar.Os olhos de Antônio ficaram vermelhos e as olheiras evidenciavam a falta de sono daquela noite. Guilherme apenas pôde concordar com a cabeça.Antônio pisou na neve e seguiu em frente, sua imponente figura parecia ainda mais solitária naquele momento. Após alguns passos, ele se virou e olhou para Guilherme:- Ela disse que confundiu as pessoas.Guilherme não entendeu:- Confundiu as pessoas?Antônio não respondeu, abriu a porta do carro e entrou. Sentado no banco sozinho, ele abriu novamente a carta e leu as primeiras linhas.[Antônio, quando você ler esta carta, eu provavelmente já terei deixado Cidade C, por favor, não venha me procurar! Por
Quando uma pessoa decidiu deixar de você, não importava o quanto você procurava, ela não iria aparecer.Antônio sabia disso muito bem. Só que dessa vez, era diferente da última vez. Ele estava calmo demais, uma calma assustadora.Guilherme o acompanhou de volta à mansão Oásis e viu quando ele entrou no quarto de Francisca. O quarto estava exatamente como antes, com presentes empilhados que não foram abertos.Antônio não disse nada, foi até lá e desembrulhou cada um desses presentes. Ninguém poderia saber o quão árduo foi para ele conseguir comprar as roupas clássicas que Francisca costumava desejar no passado, juntamente com os luxuosos itens de marca famosa.- Guilherme, chame alguém para organizar essas coisas e guardá-las de forma categorizada. Assim, quando ela voltar, poderá ver tudo de uma vez. - Disse Antônio.- Sim. Guilherme chamou um trabalhador temporário às pressas. Enquanto Antônio abria os presentes, ele perguntou:- Como está a construção do edifício do Grupo Oliveira?
Se não fosse por Francisca, Antônio provavelmente nunca teria imaginado que a pessoa que salvou a vida de sua mãe poderia ser falsificada por outra pessoa. Quanto à vida pessoal de Catarina, ele nunca se importou, então nem mesmo mencionou isso.Quando Catarina foi levada embora, ela estava despedaçada, como se estivesse enlouquecida. Guilherme estava no segundo andar e era a primeira vez que via a sempre gentil Catarina daquela maneira....Na mansão Baia.Breno ficou entediado no quarto. Ele já sabia que sua mãe e seu irmão haviam deixado a cidade C, mas infelizmente Marcelo não estava disposto a deixá-lo ir embora. Já que ele gostava tanto de fingir ser pai de outras pessoas, então que ele experimentasse como é ser pai por alguns dias.Um estrondo veio do segundo andar. Na sala de estar no térreo, Marcelo ainda estava conversando com Mário, os dois ficando surpresos.Antes que pudessem reagir, houve mais sons consecutivos. Mário semicerrou os olhos e um sorriso apareceu em seus lábi
Do outro lado da linha, Sílvia estava indignada:- Não consigo acreditar que a conduta de Catarina seja tão questionável. Francisca é muito melhor, pelo menos ela esteve connosco por três anos e não causou nenhum problema.Três anos em que Francisca, além de cuidar da Família de Pareira, passou a maior parte do tempo sozinha em casa, sem conhecer muitos homens.Antônio ouvia as reclamações da mãe do outro lado da linha e, após um longo tempo, finalmente falou:- Mãe. Acabei de descobrir que a pessoa que te salvou no passado não era a Catarina.Sílvia ficou surpresa:- Então quem foi?- Francisca.Antônio contou a Sílvia todas as informações que havia descoberto em sua investigação.Na antiga mansão, Sílvia ficou com uma expressão complexa:- Por que Francisca nunca mencionou algo tão importante?- Talvez ela tenha achado que não era relevante, e no começo ela nem sabia que Catarina estava se passando por ela.Sílvia ficou em silêncio. Ela olhou para a foto do casal de socialites sobre
Na mansão Baia.Ao receber Breno, Claudia suspirou aliviada e logo foi direta com Marcelo:- Você precisa me compensar.Marcelo estendeu um cheque para ela:- Não sou uma pessoa injusta.Marcelo olhou para mãe e filho e, de repente, se sentiu um pouco desanimado. Para ser honesto, quando soube que tinha um filho, ele não ficou com raiva, na verdade, até ficou um pouco animado. Mesmo que Breno fosse um canalha, ele gostava desse tipo de filho, inteligente o suficiente.Claudia pegou o cheque, o dinheiro realmente resolveu seus problemas urgentes:- Então, sem agradecimentos, tchau e nunca mais nos veremos.Claudia falou e levou Breno para o carro. Enquanto eles dois entravam no táxi, não muito longe dali, em um carro preto, um olhar ardente permanecia fixado em Breno. Nos olhos de Antônio, dentro do carro preto, havia espanto. Ao lado dele, Guilherme também percebeu:- Aquele não é Fábio?Antônio falou lentamente:- Siga-os, eu vou encontrar Marcelo.- Sim....Marcelo não esperava que
Antônio confirmou que Breno e Fábio eram crianças diferentes, eles eram gêmeos. Um estava seguindo Claudia, enquanto o outro estava com Helena. O que isso significava?Na noite fria, o vento gelado soprava com a neve, mas Antônio permanecia indiferente ao frio, parado debaixo de uma grande árvore.Os seguranças trouxeram os relatórios de investigação durante a noite. Antônio os abriu e viu que continham todos os detalhes sobre a vida de Claudia no exterior. Ela sempre esteve solteira, nunca teve um namorado, muito menos filhos! Isso significava que ambos os filhos eram de Francisca! Mas se isso fosse verdade, por que Francisca mentiria para ele?Antônio acendeu um cigarro, mas não conseguiu fumar muito, tossindo intensamente. O motorista se aproximou preocupado:- Senhor, quer entrar no carro?- Não precisa.Apenas o frio poderia mantê-lo alerta. Antônio se lembrou das palavras de Fábio, que disse que seu sobrenome era Mourinho, mas esse Breno tinha o sobrenome Oliveira! Ele não acredi
Sílvia se aproximou quando Antônio se aproximou:- Admir quer falar com você sozinho.Depois de dizer isso, Sílvia e as outras pessoas saíram. Antônio se aproximou de Admir:- Você foi quem mandou as mensagens?Admir olhou gentilmente e fez um gesto para que ele se aproximasse mais. Antônio se inclinou e ouviu Admir falar com dificuldade:- Ela gosta de mim, o homem com quem ela quer se casar, também sou eu!A mão de Antônio, que estava na frente dele, se fechou lentamente, os dedos ficaram brancos, seus olhos estavam gelados. Agora ele entendeu as palavras de Francisca que ela realmente confundiu ele com Admir? Que ridículo! Antônio sempre pensou que Francisca o amava muito, muito mesmo...Admir percebeu que algo estava errado com o humor de Antônio, mas não desistiu e provocou um pouco:- Eu deveria ser o marido dela.A garganta de Antônio se apertou, se não fosse pelo fato de que a pessoa diante dele era seu irmão, ele poderia tê-lo matado.- Não importa o que tenha acontecido entr