Para não decepcionar Francisca, Antônio acabou levando-a para fora. A chuva finalmente havia parado naquela noite. Uma lua cheia brilhava no céu, iluminando tudo ao redor.Antônio levou Francisca até o lugar indicado por ela, que agora era um parque. O antigo lago havia se transformado em um lago artificial. Felizmente, todos já haviam ido embora naquele horário, então não havia muitas pessoas por ali.Francisca desceu do carro usando um casaco. Apesar de ainda não ser inverno, ela estava vestida mais quente do que o normal. Antônio caminhava ao seu lado: - É aqui mesmo?- Sim, mudou muito. - Respondeu Francisca.Antônio não tinha nenhuma lembrança. Ele havia visitado a Família Oliveira algumas vezes quando era criança, mas nunca tinha ido para as montanhas e nem sabia que havia um pequeno lago ali.Francisca caminhou pela ponte de madeira e parou bem no meio, olhando para a lua no céu. Era como se ela tivesse voltado à infância. Ela e Antônio fizeram um desejo juntos.O desejo dela e
Francisca acabou não conseguindo obter informações úteis de Liliane. Ela também não foi tola o suficiente para perguntar a Sílvia.De volta ao quarto, Francisca abriu o celular e viu a mensagem de Henrique:[Quando estiver disponível, me ligue.]Francisca ligou imediatamente. Em pouco tempo, a ligação foi atendida e a voz familiar de Henrique veio do outro lado:- Como têm sido as coisas ultimamente?- Consegui um mapa do lugar onde Fábio está, estou pensando em levá-lo embora quando nos encontrarmos. - respondeu Francisca.- Defina um horário e me avise, não me sinto tranquilo deixando você sozinha.Francisca entendeu o que ele queria dizer, ele estava com medo de que ela levasse Fábio para fora de Vila FlorDoura e acabasse sendo capturada novamente.- Não se preocupe, com certeza vou te procurar quando estivermos partindo.Ela só estava preocupada com um confronto direto entre Henrique e Antônio. Tinha medo de que Antônio se voltasse contra ele depois.- Legal. - Disse Henrique pausa
Catarina falou assim por duas razões: primeiro, ela queria ver se Antônio sentiria ciúmes e, segundo, ela realmente estava interessada em encontrar outra pessoa. Afinal, em Cidade C, houve muitas pessoas influentes e ricas. Com sua aparência e posição atual, não seria difícil para ela casar com alguém de alta classe. Ela não poderia desperdiçar todo o seu tempo e energia com Antônio.- Entendido. - Respondeu Antônio calmamente, entrando diretamente no carro.Logo em seguida, o veículo partiu diante dos olhos de Catarina. Ela ficou sozinha no local, envolta em uma intensa sensação de frustração. Por trás dela, sua melhor amiga Lua se aproximou rapidamente com saltos altos:- Catarina, o que aconteceu? O Sr. Antônio recusou você?Catarina fez uma careta feia e mentiu:- Ele não disse nada, provavelmente está chateado.- Parece que o Sr. Antônio ainda tem sentimentos por você. Se não fosse pela volta daquela surda da Francisca, ele certamente teria se casado com você.Essas palavras eram
Em Vila FlorDouro, Francisca e Fábio caminhavam sozinhos juntos. No caminho, ela observava as câmeras de segurança, exatamente como Fábio havia desenhado. Quando chegaram a um lugar tranquilo e deserto, Francisca se agachou:- Fábio, tenho algo para te dizer.- Sim.- Estou planejando levar você para casa em alguns dias. Nos próximos tempos, você precisa se preparar, está bem?Fábio assentiu:- Está bem.Francisca sorriu e afagou a cabeça do filho:- Mas isso é um segredo entre nós dois. Você não pode contar a ninguém, nem mesmo à babá e ao tio Antônio. Jure! Francisca levantou a mão. Fábio estendeu a mão imediatamente:- Juro cumprir o acordo depois do toque.Francisca ainda estava um pouco preocupada, afinal, a criança ainda era pequena. No entanto, não dizer a Fábio antecipadamente e esperar até o dia da partida poderia causar problemas se algo inesperado acontecesse.Fábio percebeu a preocupação de Francisca, olhou para ela com seus grandes olhos inocentes e disse baixinho no ouvi
Antônio franziu a testa:- Não é isso que você queria?Além disso, ele realmente não conseguia entender o propósito do retorno repentino de Francisca ao país.Francisca ficou surpresa. Ela ainda não tinha se recuperado, quando Antônio disse:- Depois de todos esses anos, qualquer ressentimento que você tenha deve ter sido descarregado o suficiente. Assine o documento e esqueça o passado.Depois de ouvir essas palavras, Francisca de repente achou Antônio extremamente ridículo. Eles já haviam chegado a esse ponto, e ele ainda achava que ela estava apenas com raiva. Bastava devolver a Família Oliveira a ela, e tudo voltaria ao normal.Francisca apertou o contrato em suas mãos, foi até a máquina de triturar papéis e o colocou direto lá, observando enquanto ele se transformava em pedaços.- Agora estou te dizendo muito seriamente, não há nada do passado para esquecer, eu simplesmente não quero mais ficar com você.Ela já havia desistido, mas ainda tinha que fingir que gostava, era cansativo
Antônio apagou o cigarro que tinha na mão, sem pensar. Ele achava que, quando Francisca saísse, ela faria uma grande cena, talvez até lhe desse um tapa, como fazia antes. Mas nada disso aconteceu, ela estava extremamente calma.- Vou dar uma volta. - Disse Francisca.A garganta de Francisca estava rouca quando ela disse isso e, sem esperar a aprovação de Antônio, deixou o escritório.Ela não sabia por que, mas sentia olhares estranhos sobre si quando saía da empresa. Não havia ninguém lá dentro.Francisca foi até a rua, o céu estava nublado e a chuva fina começava a cair. Ela ficou parada sob a garoa, com um olhar vazio. Enquanto caminhava pelas ruas, não percebeu que um discreto carro preto a seguia.- Pare o carro.- Sim.O carro rapidamente parou.Dentro do veículo, Henrique pegou o guarda-chuva e o casaco, e saiu apressadamente, protegendo-se da chuva. Quando se aproximou de Francisca, ela virou a cabeça e viu o rosto bonito dele. Henrique estendeu o casaco a ela:- Você está toda
Os dois seguiram até um restaurante próximo para o jantar. Francisca não temia que a pessoa que os seguia contasse a Antônio que ela e Henrique estavam limpos. Afinal, por que temiam, se não tinham nada a esconder?Do outro lado, Antônio já havia recebido as fotos enviadas pela pessoa que os seguia. Ele segurava o celular, mas a raiva em seus olhos não conseguia ser contida. Então era por isso que ele havia saído para um encontro. Antônio sentia um peso no peito, sem saber exatamente o porquê.Foi quando o celular tocou. Era Sílvia. Ela falava entre lágrimas:- Antônio, há notícias de Los Angeles, dizem que ele pode acordar.Antônio apertou firmemente o celular:- Entendi....No restaurante, Francisca olhava os pratos elaborados, mas não tinha muito apetite, sentindo um ácido no estômago.Não sabia se era por causa de Antônio ou se ela mesma estava grávida. Não queria fazer o exame no hospital dali, nem comprar um teste de farmácia. Ela esperaria até voltar ao exterior, seria mais seg
Neste momento, Antônio não ligava mais para nada. Francisca arregalou os olhos:- Seu maldito!Antônio riu:- Eu sou um maldito, mas você, que um dia me amou loucamente?Francisca sentiu o cheiro de álcool nele e certamente ele estava bêbado, dando showzinho aqui, falando besteiras.- Eu não quero falar com um bêbado, me solta.- Não solto! - Antônio a abraçou firmemente, perguntando em seu ouvido.- Se eu te soltar, você vai fugir com o Henrique, não é?Francisca tentou tirar as mãos dele. Antônio não queria soltá-la. Ele a questionava palavra por palavra:- Por que me traiu? Não foi você quem disse que iria me amar para sempre? Por que não cumpriu sua promessa?- Você sabe como me senti quando vi aquela criança pela primeira vez? Pensei que fosse meu filho! Mas ele me disse que o pai dele é o Henrique! Nosso filho nem faz tanto tempo que se foi e você já está grávida dele? Como você pode ser tão cruel?Francisca ouvia os questionamentos dele, mordendo os lábios, sem responder.Antônio