Capítulo 229
Neste momento, Antônio não ligava mais para nada. Francisca arregalou os olhos:

- Seu maldito!

Antônio riu:

- Eu sou um maldito, mas você, que um dia me amou loucamente?

Francisca sentiu o cheiro de álcool nele e certamente ele estava bêbado, dando showzinho aqui, falando besteiras.

- Eu não quero falar com um bêbado, me solta.

- Não solto! - Antônio a abraçou firmemente, perguntando em seu ouvido.- Se eu te soltar, você vai fugir com o Henrique, não é?

Francisca tentou tirar as mãos dele. Antônio não queria soltá-la. Ele a questionava palavra por palavra:

- Por que me traiu? Não foi você quem disse que iria me amar para sempre? Por que não cumpriu sua promessa?

- Você sabe como me senti quando vi aquela criança pela primeira vez? Pensei que fosse meu filho! Mas ele me disse que o pai dele é o Henrique! Nosso filho nem faz tanto tempo que se foi e você já está grávida dele? Como você pode ser tão cruel?

Francisca ouvia os questionamentos dele, mordendo os lábios, sem responder.

Antônio
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