Francisca parecia perdida e desorientada aos olhos de Antônio, o que o deixou inquieto e imediatamente a levou de volta para casa.De volta ao lugar onde estavam hospedados, Antônio pegou uma peça de roupa e a ofereceu a ela: - O que você quer perguntar?- Você tem um irmão gêmeo?Francisca segurava firmemente a foto em suas mãos, sem mostrá-la diretamente a ele.Ao ouvir a palavra irmão, o semblante de Antônio ficou instantaneamente frio. Ele soltou o braço de Francisca que segurava:- Sim.- Por que nunca ouvi falar dele? Onde ele está agora? - Indagou Francisca.Antônio apertou os lábios em uma linha fina, seus olhos cheios de raiva gélida:- Você veio só para perguntar isso?Francisca o encarou. Um sorriso frio se esboçou nos lábios de Antônio, suas palavras eram afiadas como uma faca.- Isso é assunto de família Pareira, você não precisa saber.Assunto de família.Ao ouvir essas palavras, Francisca entendeu que não obteria nenhuma resposta dele. Ela ficou aliviada por não ter mos
As críticas e calúnias sofridas por Antônio durante o banquete de hoje pareciam insignificantes neste momento. Em vez de acordar Francisca, ele a abraçou suavemente em seus braços. Foi então que ele percebeu que a testa de Francisca estava quente.- Você está com febre!Francisca foi despertada pelos movimentos dele e com uma leve dor de cabeça disse:- Você voltou.- Você está com febre, vou chamar o médico para te examinar.Antônio se preparava para colocá-la no chão e pegar o celular. De repente, Francisca o abraçou:- Eu não quero ver o médico, basta eu tomar um remédio para resfriado e febre.Já se passaram quase duas semanas e ela ainda não teve a chance de ir ao hospital para verificar se estava grávida. Seria terrível se o médico descobrisse algo. Ela se aproximou dele de forma sedutora, seu corpo amolecido. O mau humor de Antônio durante o dia desapareceu completamente.- Se comporte.Francisca, no entanto, continuou abraçando-o:- Antônio, eu não quero ver o médico, por favor
Para não decepcionar Francisca, Antônio acabou levando-a para fora. A chuva finalmente havia parado naquela noite. Uma lua cheia brilhava no céu, iluminando tudo ao redor.Antônio levou Francisca até o lugar indicado por ela, que agora era um parque. O antigo lago havia se transformado em um lago artificial. Felizmente, todos já haviam ido embora naquele horário, então não havia muitas pessoas por ali.Francisca desceu do carro usando um casaco. Apesar de ainda não ser inverno, ela estava vestida mais quente do que o normal. Antônio caminhava ao seu lado: - É aqui mesmo?- Sim, mudou muito. - Respondeu Francisca.Antônio não tinha nenhuma lembrança. Ele havia visitado a Família Oliveira algumas vezes quando era criança, mas nunca tinha ido para as montanhas e nem sabia que havia um pequeno lago ali.Francisca caminhou pela ponte de madeira e parou bem no meio, olhando para a lua no céu. Era como se ela tivesse voltado à infância. Ela e Antônio fizeram um desejo juntos.O desejo dela e
Francisca acabou não conseguindo obter informações úteis de Liliane. Ela também não foi tola o suficiente para perguntar a Sílvia.De volta ao quarto, Francisca abriu o celular e viu a mensagem de Henrique:[Quando estiver disponível, me ligue.]Francisca ligou imediatamente. Em pouco tempo, a ligação foi atendida e a voz familiar de Henrique veio do outro lado:- Como têm sido as coisas ultimamente?- Consegui um mapa do lugar onde Fábio está, estou pensando em levá-lo embora quando nos encontrarmos. - respondeu Francisca.- Defina um horário e me avise, não me sinto tranquilo deixando você sozinha.Francisca entendeu o que ele queria dizer, ele estava com medo de que ela levasse Fábio para fora de Vila FlorDoura e acabasse sendo capturada novamente.- Não se preocupe, com certeza vou te procurar quando estivermos partindo.Ela só estava preocupada com um confronto direto entre Henrique e Antônio. Tinha medo de que Antônio se voltasse contra ele depois.- Legal. - Disse Henrique pausa
Catarina falou assim por duas razões: primeiro, ela queria ver se Antônio sentiria ciúmes e, segundo, ela realmente estava interessada em encontrar outra pessoa. Afinal, em Cidade C, houve muitas pessoas influentes e ricas. Com sua aparência e posição atual, não seria difícil para ela casar com alguém de alta classe. Ela não poderia desperdiçar todo o seu tempo e energia com Antônio.- Entendido. - Respondeu Antônio calmamente, entrando diretamente no carro.Logo em seguida, o veículo partiu diante dos olhos de Catarina. Ela ficou sozinha no local, envolta em uma intensa sensação de frustração. Por trás dela, sua melhor amiga Lua se aproximou rapidamente com saltos altos:- Catarina, o que aconteceu? O Sr. Antônio recusou você?Catarina fez uma careta feia e mentiu:- Ele não disse nada, provavelmente está chateado.- Parece que o Sr. Antônio ainda tem sentimentos por você. Se não fosse pela volta daquela surda da Francisca, ele certamente teria se casado com você.Essas palavras eram
Em Vila FlorDouro, Francisca e Fábio caminhavam sozinhos juntos. No caminho, ela observava as câmeras de segurança, exatamente como Fábio havia desenhado. Quando chegaram a um lugar tranquilo e deserto, Francisca se agachou:- Fábio, tenho algo para te dizer.- Sim.- Estou planejando levar você para casa em alguns dias. Nos próximos tempos, você precisa se preparar, está bem?Fábio assentiu:- Está bem.Francisca sorriu e afagou a cabeça do filho:- Mas isso é um segredo entre nós dois. Você não pode contar a ninguém, nem mesmo à babá e ao tio Antônio. Jure! Francisca levantou a mão. Fábio estendeu a mão imediatamente:- Juro cumprir o acordo depois do toque.Francisca ainda estava um pouco preocupada, afinal, a criança ainda era pequena. No entanto, não dizer a Fábio antecipadamente e esperar até o dia da partida poderia causar problemas se algo inesperado acontecesse.Fábio percebeu a preocupação de Francisca, olhou para ela com seus grandes olhos inocentes e disse baixinho no ouvi
Antônio franziu a testa:- Não é isso que você queria?Além disso, ele realmente não conseguia entender o propósito do retorno repentino de Francisca ao país.Francisca ficou surpresa. Ela ainda não tinha se recuperado, quando Antônio disse:- Depois de todos esses anos, qualquer ressentimento que você tenha deve ter sido descarregado o suficiente. Assine o documento e esqueça o passado.Depois de ouvir essas palavras, Francisca de repente achou Antônio extremamente ridículo. Eles já haviam chegado a esse ponto, e ele ainda achava que ela estava apenas com raiva. Bastava devolver a Família Oliveira a ela, e tudo voltaria ao normal.Francisca apertou o contrato em suas mãos, foi até a máquina de triturar papéis e o colocou direto lá, observando enquanto ele se transformava em pedaços.- Agora estou te dizendo muito seriamente, não há nada do passado para esquecer, eu simplesmente não quero mais ficar com você.Ela já havia desistido, mas ainda tinha que fingir que gostava, era cansativo
Antônio apagou o cigarro que tinha na mão, sem pensar. Ele achava que, quando Francisca saísse, ela faria uma grande cena, talvez até lhe desse um tapa, como fazia antes. Mas nada disso aconteceu, ela estava extremamente calma.- Vou dar uma volta. - Disse Francisca.A garganta de Francisca estava rouca quando ela disse isso e, sem esperar a aprovação de Antônio, deixou o escritório.Ela não sabia por que, mas sentia olhares estranhos sobre si quando saía da empresa. Não havia ninguém lá dentro.Francisca foi até a rua, o céu estava nublado e a chuva fina começava a cair. Ela ficou parada sob a garoa, com um olhar vazio. Enquanto caminhava pelas ruas, não percebeu que um discreto carro preto a seguia.- Pare o carro.- Sim.O carro rapidamente parou.Dentro do veículo, Henrique pegou o guarda-chuva e o casaco, e saiu apressadamente, protegendo-se da chuva. Quando se aproximou de Francisca, ela virou a cabeça e viu o rosto bonito dele. Henrique estendeu o casaco a ela:- Você está toda