O segurança continuou a seguir Francisca, pois o carro de Simão era um táxi e ele não pensou muito nisso. Ele respondeu honestamente:- A Sra. Francisca acabou de pegar um táxi, parece que está voltando para a mansão Oásis.Ao saber que Francisca ainda estava em Cidade C, o coração tenso de Antônio relaxou um pouco. Mas ele não entendia por que Francisca havia voltado subitamente:- Sabe por que ela voltou?- Não sei.O segurança apenas a seguiu e não sabia de nada. Antônio desligou o telefone, mandou organizar um carro e imediatamente voltou para a mansão Oásis.No caminho, Antônio ligou novamente para Francisca, mas ninguém atendeu. Ele pediu ao motorista para voltar o mais rápido possível.Enquanto isso, Francisca já havia chegado à mansão Oásis. Depois de se despedir de Simão, ela ficou parada na entrada da mansão, sem entrar. A garoa caía sobre seus ombros, acompanhada por um vento frio, e havia confusão em seus olhos.Não se sabia quanto tempo se passou, quando o som de um carro
Antônio trocou de roupa limpa e sentou-se ereto no sofá. Seu cabelo curto ainda estava úmido, e seus traços faciais eram nítidos, com uma expressão complexa em seus olhos profundos.- Tirem a porta. - Respondeu Antônio calmamente.Francisca apertou o roupão ao redor do corpo:- Saia daqui.No entanto, Antônio não mostrou sinais de sair e se levantou, ficando na frente dela:- Do que você está chateada afinal?Ele ainda não havia descoberto, mas queria que Francisca lhe contasse pessoalmente. No entanto, Francisca não estava interessada em dar ouvidos a ele:- Não é nada. Por favor, saia para que eu possa trocar de roupa.Antônio não se moveu:- Não é como se eu nunca tivesse visto o seu corpo nu antes.Francisca corou instantaneamente de vergonha. Sem escolha, ela virou as costas para Antônio e começou a trocar de roupa. Enquanto Antônio se sentava novamente no sofá, seu olhar permanecia fixo nas costas tensas da mulher, sentindo seu próprio corpo aquecer um pouco. Rapidamente, ele per
- O que você pensa que eu sou? - Disse Antônio, sem esperar pela resposta de Francisca, e saiu do quarto imediatamente.Francisca ficou parada no mesmo lugar, refletindo sobre as palavras dele, se sentindo um tanto instável.Francisca percebeu que havia sido ingênua demais em suas expectativas. Mesmo que ela fosse esposa de Antônio por um mês, ele não a deixaria ir embora com Fábio. Parecia que a única opção restante era confrontar Antônio e sair com Fábio.No entanto, ela não queria mais incomodar Henrique. Francisca respirou fundo para se acalmar e começou a pensar em como poderia sair sozinha com Fábio.Lá em baixo, se podia ouvir o som da porta batendo quando Antônio saiu.Francisca se sentou sozinha em uma cadeira, pensando por um longo tempo. Ela sabia que só poderia se encontrar com Fábio sozinha e levá-lo para fora de Vila FlorDoura com a permissão de Antônio, caso contrário, seria impossível escapar de Cidade C. Rapidamente, Francisca se lembrou de uma pessoa, usando o celular
Timelo chegou apressado ao porão, mas Antônio já não estava lá. Ele encontrou sua filha tremendo em um canto e pedindo desculpas sem parar.- Rosária, o que aconteceu com você? - Perguntou Timelo, preocupado.O segurança ao lado dele disse friamente:- Timelo, o Sr. Antônio disse que ela não é adequada para ficar na Família de Pareira. A partir de hoje, o Sr. Antônio não quer vê-la em Cidade C.Timelo assentiu com os olhos avermelhados:- Sim, eu vou enviá-la para o exterior imediatamente.Rosária começou a se acalmar um pouco e abraçou Timelo:- Pai, eu não quero ir embora. É tudo por causa da Francisca.Timelo deu uma tapinha no ombro dela, com um olhar feroz:- Eu sei de tudo....Fora da mansão.Antônio estava sentado no carro, fumando incessantemente. Guilherme estava ao seu lado, relatando o progresso recente dos negócios. Exceto pelos projetos de Henrique, tudo estava indo bem.- Estamos perdendo dinheiro na competição, os acionistas estão começando a reclamar em particular. - D
Francisca mantinha os olhos fechados, seu corpo tremia levemente. Antônio parou sua mão, percebendo que ela não estava dormindo e não continuou. Francisca estava com a testa coberta de suor, aliviada ao vê-lo parar.Noite avançada.Antônio ainda não conseguia dormir enquanto abraçava Francisca, então ele decidiu se levantar e sair. Quando Francisca acordou de manhã, ele já não estava ao seu lado. Tudo o que aconteceu na noite passada parecia um sonho.Francisca não se importou muito e foi se arrumar. Ela ficou em frente ao espelho, tentando ajustar suas emoções antes de sair do quarto. A porta do escritório estava aberta e, ao passar por ela, Francisca viu Antônio sentado em sua cadeira, sua postura ereta.Antônio voltou ao seu habitual ar sombrio, olhando atentamente para os documentos em sua frente. Francisca pensou em seu plano e teve que deixar de lado seu orgulho, se aproximando e batendo na porta.- O que você quer?Antônio nem sequer levantou a cabeça.- Desculpe pelo que aconte
Francisca havia acabado de chegar à antiga Mansão e tomara café da manhã com Antônio quando recebeu uma mensagem de texto de Sílvia. Dizia que queria a encontrar, e tinha algo para conversar.Francisca contou a Antônio.Antônio foi direto:- Não quer ir, recuse.Francisca não sabia se ele estava sendo educado ou sincero.- Eu posso ir.Francisca se levantou e foi encontrar Sílvia. No jardim lá fora, Sílvia estava vestida casualmente, regando as plantas pessoalmente. Ao ver Francisca se aproximando, Sílvia entregou a regadeira para a empregada:- Tire todas essas flores que não estão florescendo. - Sim.Sílvia disse isso de propósito na frente de Francisca, ironizando o fato de Francisca não ter filhos. Francisca, era claro, entendeu a insinuação, mas manteve uma expressão tranquila.As duas entraram no carro. No caminho, Sílvia estava notavelmente calma:- Francisca, você sabe? Recentemente, conheci uma criança muito adorável, que se parece muito com Antônio quando era criança.Franci
Sílvia entregou os valiosos brinquedos um por um na frente de Breno, na esperança de alegrá-lo. Mas para sua surpresa, Breno nem sequer se incomodou em olhar para os brinquedos e disse:- Vovó Sílvia, obrigado, mas minha mãe me disse para não aceitar presentes de estranhos.Francisca teve que se conter para não correr até lá. Ela ainda não sabia se Sílvia havia reconhecido Breno, então precisava ser cautelosa. Sílvia se agachou na frente de Breno, ouviu suas palavras de que ela ainda era uma estranha, e sentiu uma pontada no coração.- Breno, como posso ser uma estranha? Nós nos conhecemos há pelo menos alguns meses, e eu realmente gosto muito de você. - Explicou Sílvia.Ao mencionar a mãe dele, Claudia, Sílvia continuou:- Será que sua mãe está preocupada com a vovó? Depois da Páscoa, eu a convidarei para nos encontrarmos e conversar, assim não seremos mais estranhos, certo?Breno não esperava que sua avó, que costumava intimidar sua mãe, continuasse a persegui-lo. Durante o último mê
Ao retornar à antiga Mansão, Sílvia pediu a Francisca que pensasse cuidadosamente antes de recusar precipitadamente.- Afinal, nós dois sabemos muito bem que a Família Oliveira está em declínio, e você, uma mulher divorciada, não tem renda fixa. - Disse Sílvia.Francisca ficou no terraço do quarto de Antônio, olhando para a paisagem lá fora, com as palavras de Sílvia ecoando em sua mente. Será que uma mulher divorciada não pode se sustentar por si mesma? Um dia, ela provaria a Sílvia que não precisa depender de ninguém.Após refletir sobre tudo, Francisca colocou o copo d'água de lado e fez uma chamada de vídeo para Claudia.- O que está acontecendo, Francisca?Claudia estava comendo frutas.- Claudia, eu quero falar com Breno.- Certo, espere um momento.Claudia apontou a câmera para Breno, que estava sentado à mesa de estudos, arrumado e bem-comportado.- Mamãe.- Sim.Francisca sorriu afetuosamente. Enquanto ela pensava em como abordar Breno sobre o encontro de Sílvia com ele, Breno