A voz sarcástica de Rosária despertou Francisca, e seu olhar se voltou para Rosária. Rosária estava vestindo um traje elegante, não deixando de exibir seus seios fartos. Seu rosto era fino, com sobrancelhas levemente franzidas e olhos cheios de inveja.Antigamente, Francisca já a havia visto algumas vezes. Apesar de ser filha da governanta, ela se comportava como uma verdadeira herdeira da Família de Pareira.Ao perceber que Francisca não estava respondendo, Rosária pensou que ela não estava usando o aparelho auditivo e chutou as roupas sujas no chão, não conseguindo conter os insultos contra Francisca:- Que cara de pau, uma surda, usando esses truques de sedução. Antes você ainda se fingia, mas agora, o que é que você está vestindo?Rosária olhou para as roupas luxuosas espalhadas pelo chão e as pisou com força na frente de Francisca. Ela tinha certeza de que Francisca não ousaria fazer nada contra ela. No passado, ela afastava as outras pessoas para poder intimidar Francisca. Ela nã
No frio cortante, Francisca vestia um casaco, mas ainda assim sentia o frio. Simão estava atento às câmeras de vigilância ao redor, dirigindo até chegar ao local mais próximo dela. Em breve, ele viu Francisca, magra, se aproximando. Ele imediatamente saiu do carro e abriu a porta.- Obrigada. - Disse Francisca, se aproximando para agradecer.Simão voltou para o carro e, de maneira atenciosa, ligou o aquecedor. Desde que Francisca chegou ao exterior, ele passou muito tempo protegendo-a. Ele sabia que ela sentia muito frio.- Para onde vamos agora? - Perguntou Simão.Francisca, se recostava no encosto da cadeira e pensava por um momento:- Vamos voltar para a mansão Oásis.Ela estava ciente de que quando ela saísse, Antônio logo descobriria e certamente a repreenderia.- Certo. Simão escolheu um caminho com belas paisagens para voltar. Francisca olhava pela janela do carro e perguntou a ele:- Da última vez, quando você estava com pressa para voltar para casa, tinha alguma razão?Simão
O segurança continuou a seguir Francisca, pois o carro de Simão era um táxi e ele não pensou muito nisso. Ele respondeu honestamente:- A Sra. Francisca acabou de pegar um táxi, parece que está voltando para a mansão Oásis.Ao saber que Francisca ainda estava em Cidade C, o coração tenso de Antônio relaxou um pouco. Mas ele não entendia por que Francisca havia voltado subitamente:- Sabe por que ela voltou?- Não sei.O segurança apenas a seguiu e não sabia de nada. Antônio desligou o telefone, mandou organizar um carro e imediatamente voltou para a mansão Oásis.No caminho, Antônio ligou novamente para Francisca, mas ninguém atendeu. Ele pediu ao motorista para voltar o mais rápido possível.Enquanto isso, Francisca já havia chegado à mansão Oásis. Depois de se despedir de Simão, ela ficou parada na entrada da mansão, sem entrar. A garoa caía sobre seus ombros, acompanhada por um vento frio, e havia confusão em seus olhos.Não se sabia quanto tempo se passou, quando o som de um carro
Antônio trocou de roupa limpa e sentou-se ereto no sofá. Seu cabelo curto ainda estava úmido, e seus traços faciais eram nítidos, com uma expressão complexa em seus olhos profundos.- Tirem a porta. - Respondeu Antônio calmamente.Francisca apertou o roupão ao redor do corpo:- Saia daqui.No entanto, Antônio não mostrou sinais de sair e se levantou, ficando na frente dela:- Do que você está chateada afinal?Ele ainda não havia descoberto, mas queria que Francisca lhe contasse pessoalmente. No entanto, Francisca não estava interessada em dar ouvidos a ele:- Não é nada. Por favor, saia para que eu possa trocar de roupa.Antônio não se moveu:- Não é como se eu nunca tivesse visto o seu corpo nu antes.Francisca corou instantaneamente de vergonha. Sem escolha, ela virou as costas para Antônio e começou a trocar de roupa. Enquanto Antônio se sentava novamente no sofá, seu olhar permanecia fixo nas costas tensas da mulher, sentindo seu próprio corpo aquecer um pouco. Rapidamente, ele per
- O que você pensa que eu sou? - Disse Antônio, sem esperar pela resposta de Francisca, e saiu do quarto imediatamente.Francisca ficou parada no mesmo lugar, refletindo sobre as palavras dele, se sentindo um tanto instável.Francisca percebeu que havia sido ingênua demais em suas expectativas. Mesmo que ela fosse esposa de Antônio por um mês, ele não a deixaria ir embora com Fábio. Parecia que a única opção restante era confrontar Antônio e sair com Fábio.No entanto, ela não queria mais incomodar Henrique. Francisca respirou fundo para se acalmar e começou a pensar em como poderia sair sozinha com Fábio.Lá em baixo, se podia ouvir o som da porta batendo quando Antônio saiu.Francisca se sentou sozinha em uma cadeira, pensando por um longo tempo. Ela sabia que só poderia se encontrar com Fábio sozinha e levá-lo para fora de Vila FlorDoura com a permissão de Antônio, caso contrário, seria impossível escapar de Cidade C. Rapidamente, Francisca se lembrou de uma pessoa, usando o celular
Timelo chegou apressado ao porão, mas Antônio já não estava lá. Ele encontrou sua filha tremendo em um canto e pedindo desculpas sem parar.- Rosária, o que aconteceu com você? - Perguntou Timelo, preocupado.O segurança ao lado dele disse friamente:- Timelo, o Sr. Antônio disse que ela não é adequada para ficar na Família de Pareira. A partir de hoje, o Sr. Antônio não quer vê-la em Cidade C.Timelo assentiu com os olhos avermelhados:- Sim, eu vou enviá-la para o exterior imediatamente.Rosária começou a se acalmar um pouco e abraçou Timelo:- Pai, eu não quero ir embora. É tudo por causa da Francisca.Timelo deu uma tapinha no ombro dela, com um olhar feroz:- Eu sei de tudo....Fora da mansão.Antônio estava sentado no carro, fumando incessantemente. Guilherme estava ao seu lado, relatando o progresso recente dos negócios. Exceto pelos projetos de Henrique, tudo estava indo bem.- Estamos perdendo dinheiro na competição, os acionistas estão começando a reclamar em particular. - D
Francisca mantinha os olhos fechados, seu corpo tremia levemente. Antônio parou sua mão, percebendo que ela não estava dormindo e não continuou. Francisca estava com a testa coberta de suor, aliviada ao vê-lo parar.Noite avançada.Antônio ainda não conseguia dormir enquanto abraçava Francisca, então ele decidiu se levantar e sair. Quando Francisca acordou de manhã, ele já não estava ao seu lado. Tudo o que aconteceu na noite passada parecia um sonho.Francisca não se importou muito e foi se arrumar. Ela ficou em frente ao espelho, tentando ajustar suas emoções antes de sair do quarto. A porta do escritório estava aberta e, ao passar por ela, Francisca viu Antônio sentado em sua cadeira, sua postura ereta.Antônio voltou ao seu habitual ar sombrio, olhando atentamente para os documentos em sua frente. Francisca pensou em seu plano e teve que deixar de lado seu orgulho, se aproximando e batendo na porta.- O que você quer?Antônio nem sequer levantou a cabeça.- Desculpe pelo que aconte
Francisca havia acabado de chegar à antiga Mansão e tomara café da manhã com Antônio quando recebeu uma mensagem de texto de Sílvia. Dizia que queria a encontrar, e tinha algo para conversar.Francisca contou a Antônio.Antônio foi direto:- Não quer ir, recuse.Francisca não sabia se ele estava sendo educado ou sincero.- Eu posso ir.Francisca se levantou e foi encontrar Sílvia. No jardim lá fora, Sílvia estava vestida casualmente, regando as plantas pessoalmente. Ao ver Francisca se aproximando, Sílvia entregou a regadeira para a empregada:- Tire todas essas flores que não estão florescendo. - Sim.Sílvia disse isso de propósito na frente de Francisca, ironizando o fato de Francisca não ter filhos. Francisca, era claro, entendeu a insinuação, mas manteve uma expressão tranquila.As duas entraram no carro. No caminho, Sílvia estava notavelmente calma:- Francisca, você sabe? Recentemente, conheci uma criança muito adorável, que se parece muito com Antônio quando era criança.Franci