Francisca só podia observar de longe o mar de peônias cor-de-rosa nos jardins externos.- Não acredito que elas ainda estão lá. - Sussurrou ela para si mesma.Seguindo o olhar dela, Simão também viu as lindas peônias, realmente uma visão encantadora. A mansão parecia simples, mas exalava vida em todos os cantos, mostrando o quão dedicado foi o antigo dono na construção.- O que é isso?Ele perguntou involuntariamente.- Minha casa em Cidade C quando eu era criança. - Respondeu Francisca.Infelizmente, agora ela nem sequer tinha permissão para entrar.- Vamos embora. - Disse Francisca, desviando o olhar.O veículo partiu lentamente.Francisca não viu um homem escondido nos arbustos próximos. Ele estava um pouco desgrenhado e permaneceu escondido ali o tempo todo.Depois de dar uma volta pela cidade, Francisca pediu a Simão que a levasse de volta para a mansão Oásis.Em seguida, ela foi para a sala de música, tocando piano e escrevendo partituras.O segurança relatou todos os movimentos
No café.Francisca se levantou e se aproximou de Catarina. Em seguida, sussurrou baixinho em seu ouvido:- Você disse que eu mudei, não é? Como é que ainda acha que posso ser enganada como antes? Eu te digo, eu sabia todas as suas artimanhas baixas antes, só não me importava em confrontar você! Da próxima vez, por favor, use métodos mais astutos!Catarina ouviu as palavras de Francisca e seu rosto, que inspirava compaixão, ficou assustadoramente sombrio.Francisca saiu diretamente do café e, quando chegou lá fora, viu que o carro que deveria estar estacionado de acordo com as instruções de Simão havia desaparecido. Ela suspirou aliviada.De repente, ela sentiu que o Antônio de agora era realmente diferente do jovem que ela costumava amar. Aquele jovem não tinha tantas preocupações, ele cuidava bem dela e nunca duvidaria dela...Francisca, distraída, entrou no carro e foi embora.Catarina saiu logo depois e, ao dar alguns passos, um homem agarrou sua mão e a levou para um lugar discreto
Na mansão Oásis.Quando Francisca voltou, Antônio ainda não havia descansado. Vestindo um robe escuro, ele estava sentado no sofá, com seu olhar fixo em Francisca.- Você se divertiu hoje?- Mais ou menos.Antônio se levantou, sua imponente figura bloqueando boa parte da luz diante dela.- Catarina me disse que você está pedindo dez bilhões para me vender? - Disse Antônio, deixando Francisca engasgada. Como ele sabia o que ela havia falado com Catarina? Por que ele estava perguntando a ela?- Eu não fiz isso.- É mesmo? - Antônio se inclinou em sua direção.Francisca deu um passo para trás involuntariamente:- Primeiro, você deveria saber que eu não tenho um bom relacionamento com Catarina. Como eu poderia pedir cem bilhões a ela? Além disso, eu nem mesmo aceitei o cheque que sua mãe me deu antes. Por que tudo isso agora?Apesar das palavras de Francisca, Antônio não acreditou nela. Ele sabia que era impossível para Catarina deixá-la saber sobre a situação atual. Mas ele não expôs Fran
- Eu nunca dei uma ordem assim. - Disse Antônio friamente.Mas Emilia se recusou a sair e segurou firmemente na mesa ao lado quando os seguranças se aproximaram.- Sr. Antônio, a pessoa que me bateu disse que eu te ofendi. Eu imploro que você me deixe ir, eu não quero morrer aqui.Emilia chorava desesperadamente, seu rosto estava marcado com ferimentos que certamente deixariam cicatrizes depois de curados.Antônio inicialmente não queria se envolver nesse assunto, mas pela forma como Emilia falava, alguém estava usando seu nome para puni-la. Ele não podia ignorar isso. Ele instruiu os seguranças a prenderem a pessoa.- Me conte os detalhes dessa história. - Ordenou Antônio.Emilia foi solta pelos seguranças e se ajoelhou no chão, tremendo enquanto falava.- Foi depois do dia em que nos encontramos. Quando eu voltei para casa após o expediente, por volta das duas ou três da manhã, fui arrancada da cama por alguém. Eles me bateram e me xingaram, dizendo que eu, uma pessoa como eu, ousava
Francisca saiu de seu quarto usando chinelos e, ao sair, percebeu que Antônio ainda não havia voltado.- Que horas são?- Marcamos para as 10h da manhã. - Respondeu Claudia.- Legal, estou indo agora mesmo. - Disse Francisca.Após desligar o telefone, Francisca pensou um pouco e decidiu enviar uma mensagem para Antônio, dizendo que iria à casa da sua melhor amiga.Hoje, na casa de Claudia, ela também teria a chance de encontrar Breno à noite. Mesmo que tivessem se separado por apenas alguns dias, Francisca sentia como se tivesse passado muito tempo desde a última vez que o viu, e não tinha ideia de como ele estava indo.No Clube Sênior Zé, o lugar estava silencioso.Marcelo não tinha dormido bem e foi chamado para beber lá.- Antônio, por que beber tão cedo pela manhã? - Perguntou Marcelo, ainda usando seu jaleco de médico.- Você não sabe o quão ocupado estive ultimamente. - Respondeu Antônio enquanto observava o jeito despreocupado de Marcelo.- Você não tem esposa, então por que est
Francisca chegou cedo à casa de Claudia. Elas tomaram café da manhã juntas, esperando Catarina chegar para se desculpar.- Francisca, como a Catarina de repente decidiu se desculpar?Claudia estava confusa.Dias atrás, Catarina estava gastando dinheiro para encobrir notícias plagiadas e agora, de repente, ela diz que quer se desculpar. Era realmente incompreensível.Francisca também não sabia. Afinal, se Catarina estava em apuros, Antônio e Marcelo certamente não ficariam de braços cruzados. Se fosse uma notícia plagiada, eles certamente a abafariam. A única explicação possível agora era que, por algum motivo, eles não queriam ajudar Catarina.- Não pense muito nisso, apenas se lembre de recuperar a dignidade que você perdeu. - Disse Francisca.- Sim.- Vou me esconder por um tempo, você pode lidar com isso calmamente.- Certo.Às dez horas, Catarina chegou como esperado. Francisca foi para o quarto. Catarina estava acompanhada por um advogado.Catarina usava máscara e óculos escuros.
Catarina terminou de falar e pegou o celular novamente, enviando o endereço da casa de Claudia para Augusto.Na mansão.Claudia pegou uma câmera escondida de perto.- Francisca, você sempre tem soluções. Sabendo que ela não vai se desculpar publicamente, me faça gravar um vídeo dela se desculpando.Claudia terminou de falar e imediatamente abriu o vídeo que havia gravado no celular. Nele, estava registrada a admissão de culpa de Catarina pelo plágio, bem como sua tentativa de suborná-la.- Porque eu a conheço muito bem. Ela pode parecer flexível, mas tudo é por interesse. A menos que seja absolutamente necessário, ela não vai se desculpar publicamente.- Eu vou divulgar o vídeo na internet agora mesmo.Claudia estava muito animada. Francisca a deteve:- Não se apresse em publicar, acho que ainda não é o momento certo.No momento, Catarina estava desfrutando de grande popularidade. Mesmo que o vídeo fosse divulgado, o máximo que aconteceria é que sua reputação seria prejudicada. E, se a
Todos ficaram surpresos. Antônio nunca havia saído das reuniões antes. Guilherme, sob o olhar suplicante de todos, seguiu-o corajosamente.- Senhor.Antônio fez um sinal para que ele se calasse e, em seguida, pegou o celular, preparando-se para ligar para Francisca. Mas, ao pressionar o botão de discagem, ele hesitou. Se ele a ligasse assim, com certeza ela pensaria que ele se importava demais com ela.Deixava pra lá.Antônio desligou o telefone. Ele não conseguia se acalmar o dia todo. Vendo a noite cair, Antônio não jantou e pediu ao motorista para levá-lo para casa. Ao abrir a porta, a quietude da sala de estar era assustadora, a escuridão invadiu seu corpo instantaneamente.Antônio não acendeu a luz e se deitou no sofá, aborrecido. De tempos em tempos, ele abria o celular, sem saber exatamente o que esperava.O tempo passou segundo a segundo, ele ficou sentado na sala, sem saber quanto tempo se passou, quando seu celular acendeu.Antônio pegou o celular e viu a mensagem enviada pel