Depois de deixar Francisca na porta do escritório de Antônio, Guilherme foi embora. A porta estava entreaberta, e Francisca a empurrou suavemente.Antônio estava sentado em sua cadeira de chefe, concentrado em olhar para os documentos. É preciso dizer que um homem bonito fica realmente atraente quando está focado no trabalho. Francisca pensou que, no passado, provavelmente tinha sido enganada por esse rosto.Antônio sabia que ela havia chegado, mas não ergueu a cabeça:- Venha aqui.Francisca se aproximou:- Algum problema?- A partir de agora, você não precisa mais trabalhar lá em baixo. - Antônio colocou os documentos de lado e olhou para ela. - Você vai trabalhar aqui.Francisca ficou confusa:- Por quê?- Não há motivo em especial, é uma decisão da empresa.Dizer que era uma decisão da empresa era o mesmo que dizer que era uma decisão dele. Quando se estava debaixo do mesmo teto, não se podia ceder ao poder.- Está bem.Assim estava bom também, tinha mais oportunidades de se aproxi
Passou um bom tempo e Francisca sentiu algo estranho. Antônio continuava apenas a beijá-la, sem fazer mais nada.Justo quando Francisca sentiu que estava ficando sem ar e sua mente estava em branco devido à falta de oxigênio, ouviu uma batida na porta. Antônio parou. Era a secretária trazendo relatórios de trabalho.Francisca rapidamente se sentou. Mais uma vez, Francisca não obteve sucesso.Ao meio-dia, eles foram almoçar juntos. O motorista os levou até o restaurante particular onde Antônio costumava ir. Durante a refeição, Antônio testou-a:- Fique tranquila, eu não vou me divorciar de você.Francisca ficou perplexa. Antes mesmo de entender o que ele estava querendo dizer, ele continuou de forma despreocupada:- Catarina precisa de uma posição oficial, eu vou dar a ela. Fique tranquila, eu não vou anular nosso casamento legalmente.Francisca o olhou incrédula:- Você está brincando, certo?- Se você não está satisfeita, pode sugerir outra solução.Francisca não percebeu que ele esta
O coração de Antônio batia forte ao perceber os arranhões em suas mãos e pernas. Ele a puxou de volta para o carro e instruiu o motorista a levá-los para o hospital.Sentada no carro, Francisca sentiu um arrepio de medo. Ela havia agido impulsivamente há pouco, mas tinha Breno e Fábio para cuidar. Ela não podia se colocar em perigo.Antônio estava com o rosto tenso:- Por que está zangada?Francisca sentia uma leve dor nas mãos e pernas, mas não respondeu. Um silêncio tenso se instalou no carro. Antônio não suportava quando Francisca ficava em silêncio. Ela costumava falar muito, especialmente quando era criança, tagarelando sem parar em seu ouvido. Mas agora, ela ficava calada com frequência.Ele ficou impaciente: - Onde você ia agora?- Eu só queria sair do carro por um tempo, não tinha destino em mente.Como ela poderia ir a algum lugar quando seu filho estava em mãos dele?O motorista estacionou em frente ao hospital da cidade, e Antônio a acompanhou ao descer do carro.Na sala de
Marcelo achou que ela tinha um lugar onde não conseguia aplicar o medicamento e estendeu a mão para ajudá-la.Ao ver a mão estendida, Francisca instintivamente pensou que ele iria bater nela e, por reflexo, se esquivou, fazendo com que o medicamento caísse diretamente nas costas da mão de Marcelo.- Desculpe. - Disse Francisca ao se levantar. - Eu vou embora.Marcelo sabia que ela havia entendido errado e não pôde deixar de explicar:- Eu só queria ajudar a passar o medicamento.- Obrigada, não precisa. - Respondeu Francisca, já se preparando para sair.Marcelo não queria que ela o interpretasse mal novamente e a impediu:- Antônio disse para você esperar por ele.Francisca olhou para ele com indiferença nos olhos:- Eu posso esperar lá fora.Ao ver Francisca assim, Marcelo se sentiu desconfortável:- Não tenha medo de mim, eu não vou machucar você de novo.Não ter medo? Não machucar de novo?Francisca achou a situação uma grande piada. Marcelo costumava dizer essas mesmas palavras no
Ao entrar no carro, Antônio olhou para trás e viu o hospital:- O que vocês conversaram enquanto eu estava fora com o Marcelo?- Ele me perguntou se eu salvei alguém durante a universidade.Francisca não escondeu nada. Salvou alguém? Antônio se lembrou de quando Catarina, durante a universidade, encontrou Marcelo e a mãe de Antônio em um acidente de carro e os salvou.- E então?- Então você veio e nos interrompeu.Francisca não queria falar mais sobre o assunto.Já estava ficando tarde. Antônio tinha um evento de aniversário para participar esta noite. Francisca achava desnecessário acompanhá-lo de volta à empresa e olhava pela janela do carro as folhas das árvores voando:- Eu quero ir para casa.- Você vai comigo ao evento de aniversário esta noite. - Disse Antônio.Francisca ficou surpresa com isso. Antônio não deu explicações e pediu ao motorista para seguir para o local do evento.Antes do início do evento de aniversário, Antônio colocou Francisca em um camarote tranquilo.Ela tr
Na celebração do aniversário.Antônio observava sua mãe lhe entregando copo após copo de bebida, enquanto seu olhar também se desviava em direção a Catarina. Ele entendeu tudo.- Tenho trabalho à noite, não posso beber mais. Antônio recusou amavelmente a bebida que lhe foi oferecida novamente. Sílvia, percebendo que ele estava um pouco embriagado, lançou um olhar para Catarina.Imediatamente, Catarina se aproximou de Antônio e o apoiou:- Antônio, você bebeu, deixe-me te levar de volta.Não importava o que acontecesse hoje, Catarina também pretendia ter relações sexuais com Antônio. Antônio estava sóbrio o suficiente e estava prestes a se soltar quando seu olhar se fixou em uma mulher distante, vestida em um belo vestido branco. Ele não empurrou Catarina, mas sim olhou fixamente para Francisca.A aparição de Francisca aqui chamou a atenção de muitas pessoas. Sua aparência era extraordinária, e a maioria das pessoas ali presente nem sequer a reconheceu como a antiga jovem senhorita aud
As palavras de Catarina realmente atingiram o ponto sensível de Antônio, pois Francisca e Henrique já tinham filhos.Assim que Antônio saiu, viu Francisca conversando com Mário. Antônio viu Mário sair e se aproximou rapidamente de Francisca.- Você terminou? Podemos ir para casa agora? - Disse Francisca de forma simples.Mas as palavras soaram diferentes aos ouvidos de Antônio. Uma sensação de queimação tomou conta de seu estômago, mas ele permaneceu lúcido:- Sim.Ele olhou para Francisca investigativamente e perguntou:- Desde quando você está conversando com o Mário?Mário era reservado e raramente falava quando estava com os amigos. Antônio nunca o viu conversando com outras mulheres, exceto sua esposa.- Foi ele quem me chamou primeiro, eu não disse nada a ele. - Respondeu Francisca.Antônio ouviu, e não perguntou mais nada. Ele a colocou no carro e entrou também.Francisca achou estranho. Afinal, ele tinha bebido tanto álcool, e tinha algo misturado ali, então como ele ainda esta
Francisca, incapaz de desabafar, entrou num bar e pediu algumas bebidas. Somente quando ela estivesse bêbada, poderia temporariamente esquecer suas preocupações.Enquanto isso, Antônio tomou um banho de água fria para aliviar o efeito dos remédios. Ele saiu usando um roupão e percebeu que Francisca não estava em casa. Ao perguntar ao segurança, descobriu que Francisca tinha saído sozinha para o bar.Dentro do bar, Francisca estava bebendo sozinha quando uma figura alta bloqueou a luz à sua frente. Ela levantou a cabeça confusa e se deparou com o rosto bonito de Antônio.- O que você está fazendo aqui? - Disse Francisca, com o gosto amargo do álcool em sua boca.Antônio franzia a testa:- Quando você aprendeu a beber?Antes, ela ficava bêbada com apenas uma taça, mas agora ele viu que os copos no balcão estavam todos vazios.Francisca não esperava que ele perguntasse sobre sua bebida. Ela ficou momentaneamente perplexa e, em seguida, tentou agir despreocupada:- Acho que foi depois de d