O coração de Antônio batia forte ao perceber os arranhões em suas mãos e pernas. Ele a puxou de volta para o carro e instruiu o motorista a levá-los para o hospital.Sentada no carro, Francisca sentiu um arrepio de medo. Ela havia agido impulsivamente há pouco, mas tinha Breno e Fábio para cuidar. Ela não podia se colocar em perigo.Antônio estava com o rosto tenso:- Por que está zangada?Francisca sentia uma leve dor nas mãos e pernas, mas não respondeu. Um silêncio tenso se instalou no carro. Antônio não suportava quando Francisca ficava em silêncio. Ela costumava falar muito, especialmente quando era criança, tagarelando sem parar em seu ouvido. Mas agora, ela ficava calada com frequência.Ele ficou impaciente: - Onde você ia agora?- Eu só queria sair do carro por um tempo, não tinha destino em mente.Como ela poderia ir a algum lugar quando seu filho estava em mãos dele?O motorista estacionou em frente ao hospital da cidade, e Antônio a acompanhou ao descer do carro.Na sala de
Marcelo achou que ela tinha um lugar onde não conseguia aplicar o medicamento e estendeu a mão para ajudá-la.Ao ver a mão estendida, Francisca instintivamente pensou que ele iria bater nela e, por reflexo, se esquivou, fazendo com que o medicamento caísse diretamente nas costas da mão de Marcelo.- Desculpe. - Disse Francisca ao se levantar. - Eu vou embora.Marcelo sabia que ela havia entendido errado e não pôde deixar de explicar:- Eu só queria ajudar a passar o medicamento.- Obrigada, não precisa. - Respondeu Francisca, já se preparando para sair.Marcelo não queria que ela o interpretasse mal novamente e a impediu:- Antônio disse para você esperar por ele.Francisca olhou para ele com indiferença nos olhos:- Eu posso esperar lá fora.Ao ver Francisca assim, Marcelo se sentiu desconfortável:- Não tenha medo de mim, eu não vou machucar você de novo.Não ter medo? Não machucar de novo?Francisca achou a situação uma grande piada. Marcelo costumava dizer essas mesmas palavras no
Ao entrar no carro, Antônio olhou para trás e viu o hospital:- O que vocês conversaram enquanto eu estava fora com o Marcelo?- Ele me perguntou se eu salvei alguém durante a universidade.Francisca não escondeu nada. Salvou alguém? Antônio se lembrou de quando Catarina, durante a universidade, encontrou Marcelo e a mãe de Antônio em um acidente de carro e os salvou.- E então?- Então você veio e nos interrompeu.Francisca não queria falar mais sobre o assunto.Já estava ficando tarde. Antônio tinha um evento de aniversário para participar esta noite. Francisca achava desnecessário acompanhá-lo de volta à empresa e olhava pela janela do carro as folhas das árvores voando:- Eu quero ir para casa.- Você vai comigo ao evento de aniversário esta noite. - Disse Antônio.Francisca ficou surpresa com isso. Antônio não deu explicações e pediu ao motorista para seguir para o local do evento.Antes do início do evento de aniversário, Antônio colocou Francisca em um camarote tranquilo.Ela tr
Na celebração do aniversário.Antônio observava sua mãe lhe entregando copo após copo de bebida, enquanto seu olhar também se desviava em direção a Catarina. Ele entendeu tudo.- Tenho trabalho à noite, não posso beber mais. Antônio recusou amavelmente a bebida que lhe foi oferecida novamente. Sílvia, percebendo que ele estava um pouco embriagado, lançou um olhar para Catarina.Imediatamente, Catarina se aproximou de Antônio e o apoiou:- Antônio, você bebeu, deixe-me te levar de volta.Não importava o que acontecesse hoje, Catarina também pretendia ter relações sexuais com Antônio. Antônio estava sóbrio o suficiente e estava prestes a se soltar quando seu olhar se fixou em uma mulher distante, vestida em um belo vestido branco. Ele não empurrou Catarina, mas sim olhou fixamente para Francisca.A aparição de Francisca aqui chamou a atenção de muitas pessoas. Sua aparência era extraordinária, e a maioria das pessoas ali presente nem sequer a reconheceu como a antiga jovem senhorita aud
As palavras de Catarina realmente atingiram o ponto sensível de Antônio, pois Francisca e Henrique já tinham filhos.Assim que Antônio saiu, viu Francisca conversando com Mário. Antônio viu Mário sair e se aproximou rapidamente de Francisca.- Você terminou? Podemos ir para casa agora? - Disse Francisca de forma simples.Mas as palavras soaram diferentes aos ouvidos de Antônio. Uma sensação de queimação tomou conta de seu estômago, mas ele permaneceu lúcido:- Sim.Ele olhou para Francisca investigativamente e perguntou:- Desde quando você está conversando com o Mário?Mário era reservado e raramente falava quando estava com os amigos. Antônio nunca o viu conversando com outras mulheres, exceto sua esposa.- Foi ele quem me chamou primeiro, eu não disse nada a ele. - Respondeu Francisca.Antônio ouviu, e não perguntou mais nada. Ele a colocou no carro e entrou também.Francisca achou estranho. Afinal, ele tinha bebido tanto álcool, e tinha algo misturado ali, então como ele ainda esta
Francisca, incapaz de desabafar, entrou num bar e pediu algumas bebidas. Somente quando ela estivesse bêbada, poderia temporariamente esquecer suas preocupações.Enquanto isso, Antônio tomou um banho de água fria para aliviar o efeito dos remédios. Ele saiu usando um roupão e percebeu que Francisca não estava em casa. Ao perguntar ao segurança, descobriu que Francisca tinha saído sozinha para o bar.Dentro do bar, Francisca estava bebendo sozinha quando uma figura alta bloqueou a luz à sua frente. Ela levantou a cabeça confusa e se deparou com o rosto bonito de Antônio.- O que você está fazendo aqui? - Disse Francisca, com o gosto amargo do álcool em sua boca.Antônio franzia a testa:- Quando você aprendeu a beber?Antes, ela ficava bêbada com apenas uma taça, mas agora ele viu que os copos no balcão estavam todos vazios.Francisca não esperava que ele perguntasse sobre sua bebida. Ela ficou momentaneamente perplexa e, em seguida, tentou agir despreocupada:- Acho que foi depois de d
- Desde que você esteja disposto a me perdoar e a Fábio, a deixar o passado para trás.Antônio apertou um pouco mais o abraço:- Isso é impossível.Ela tinha razão antes, como poderiam pessoas que foram casadas se tornar amigos? Se ela realmente quisesse ir embora, só haveria uma maneira: a morte!O olhar de Francisca perdeu completamente o brilho, e ela sorriu amargamente:- Se eu soubesse que você era uma pessoa tão vingativa, quando nos casamos, eu deveria ter proposto a separação.Mais um se eu soubesse!Antônio relembrou as palavras dela, quando ela disse que se arrependia de ter se casado com ele, e uma camada de frieza cobriu seu rosto.Ele não respondeu mais.O carro voava pela noite, silencioso.Francisca estava um pouco tonta, com o rosto corado. Antônio pensou que ela tivesse pegado um resfriado dele, então estendeu a mão em direção a ela, mas antes que pudesse tocar sua testa, a mulher instintivamente se afastou. Sua mão ficou suspensa no ar, e em seguida, ignorando a esqui
Antônio sentiu como se um tufo de algodão estivesse bloqueando sua garganta. Ele não se importava mais com o dinheiro e os projetos. Ele só não gostava de ter sido enganado! Seja no mundo dos negócios ou em qualquer outro lugar, foi a primeira e única vez que ele foi ludibriado diante de todos!Francisca viu que ele não respondeu e não sabia como desfazer o nó em seu coração.- Além disso, eu realmente não sei como fazer você deixar o passado para trás.Francisca disse quando finalmente parou de falar.Antônio, vendo que ela finalmente ficou em silêncio, virou a cabeça para olhar para a pequena figura em seu assento.- Nossa promessa já se passaram pelo menos oito anos. Durante esses oito anos, tanto os projetos quanto o dinheiro sofreram mudanças. Por que você ainda...?- Dê-me um preço, qualquer que seja, eu vou te pagar de qualquer maneira.Os olhos profundos de Antônio brilharam suavemente:- Está bem. Quando você pagar tudo, eu te deixarei em paz.Como ela havia lhe pedido para da