- Severino? O que você veio fazer aqui?Tatiana estava vestida de forma simples, parecendo muito radiante e descontraída. Em sua mão, ela segurava uma sacola plástica branca, com dois recipientes de comida, que estavam umedecidos pela condensação, dificultando a visão de seu conteúdo original.- Que coincidência você estar aqui, Severino. – Ela continuou. - Eu comprei comida e estava pensando em te chamar para nos fazer companhia, mas já que você está aqui, vamos comer juntos.Tatiana não notou a expressão estranha de Severino e passou por ele, chamando em direção ao quarto de hóspedes:- Loh, venha aqui!Ela então se posicionou à mesa de jantar, começando a tirar os recipientes da sacola e murmurando coisas enquanto fazia isso.Quando ela levantou a cabeça novamente, notou o olhar severo de Lorenzo, que estava com uma expressão rígida e fria, os olhos negros dele fixos nela.Tatiana se assustou e deu um passo para trás, até sentir a borda da mesa de mármore em sua cintura. Ela bateu l
- O que é isso?Tatiana já estava ao lado do sofá novamente, olhando para aquele buquê de rosas no lixo.Era completamente diferente do elegante buquê de rosas vermelhas que eles compraram na trilha costeira durante à tarde. O primeiro buquê tinha apenas duas rosas, misturadas com várias outras flores para reduzir custos. A única coisa digna de elogio era a embalagem engenhosamente projetada pelo dono da barraca. No entanto, aquele buquê estava feio porque estava amassado. As flores, que já não estavam muito frescas, não estavam presas com deveriam e restaram apenas os botões. Naturalmente, Lorenzo as jogou no lixo em frente ao hotel no caminho de volta.Tatiana também não gostava muito daquele buquê.Embora fosse romântico, a embalagem ofuscava a beleza das próprias flores, dava a sensação de exagero. Além disso, naquele momento, ela só conseguia pensar na conversa com Loh, então o buquê não teve importância para ela.Mas naquele momento era diferente.As rosas no lixo claramente ha
Por que dizer que quem deu as flores não foi Loh? Ele não estava bem ali, diante de Tatiana?Tatiana franziu a testa ao olhar para as belas rosas desabrochando na entrada e depois para o rosto impassível de Lorenzo. Ela apertou os lábios e, hesitante, falou:- Loh, você quer dizer que essas rosas não foi você quem colheu? Mas, de qualquer forma, foi você quem as trouxe e me entregou. Eu não estou entendendo o que você quer dizer com isso.Ela olhou fixamente para Lorenzo, como se buscasse alguma resposta em seu rosto. Infelizmente, não encontrou nada.A expressão séria de Lorenzo havia se suavizado um pouco. Ele abaixou os olhos, mas não evitou o olhar de Tatiana.- Minha intenção não era sobre este buquê de rosas, eu estava falando sobre...- De repente, ele deu um passo à frente, se aproximando de Tatiana e diminuindo a distância entre os dois. - Eu só estava pensando, no passado eu não fui muito bom para você, e parece que hoje também não mudei muito. Como você pode ter certeza de qu
As batidas na porta ficaram cada vez mais urgentes, fazendo o toque do celular sobre a mesa de chá parecer igualmente ansioso. Guilherme teve que largar os talheres e se levantar para verificar o telefone que não parava de tocar.Tatiana também se levantou imediatamente:- Eu vou abrir a porta.- Não, vá para o quarto.Guilherme, que já havia pegado o celular, interrompeu ela. Ele não atendeu a ligação, apenas olhou para o identificador de chamadas na tela e desligou o telefone, indo em seguida direto para a porta, com a intenção de abri-la.Tatiana, embora não soubesse o que estava acontecendo, ao ver a expressão séria de Guilherme, obedeceu e voltou para o quarto sem fazer mais perguntas.Guilherme desligou o telefone, que não voltou a tocar. No entanto, sons de notificações indicavam que mensagens estavam chegando. Ele olhava as mensagens enquanto abria a porta.Do lado de fora, estava Severino, que pouco tempo antes estava sentado no sofá, assistindo às gravações das câmeras de s
Não importa que ele seja o presidente da Empresa de Entretenimento Starpulse; mesmo que fosse apenas uma pessoa comum, causar transtornos em público e impedir os outros de se hospedarem já é motivo suficiente para ser visto com preconceito.De acordo com a opinião pública atual, não importa quem você seja, todos têm responsabilidades.Se você é uma figura pública conhecida, é ainda mais provável que a culpa seja atribuída a você. Termos como abuso de poder e outros similares serão rapidamente associados ao seu nome.Nesse caso, não apenas a Empresa de Entretenimento Starpulse seria afetada, mas a família Orsi também poderia sofrer grandes repercussões, incluindo Elionay e os outros, que, de uma forma ou de outra, seriam impactados.Portanto, quando Alex o impediu, Eduardo prontamente controlou suas emoções.Ele levantou as mãos, se mostrando completamente desolado.Ele recuou dois passos, com muita cortesia, dando espaço para os turistas atrás dele.Enquanto recuava, ele se desculpava
A presença opressiva de Eduardo era tão intensa que o gerente não ousou dizer qualquer palavra de oposição. Depois de responder a Eduardo, o gerente rapidamente pegou o celular e se virou para ligar para o seu chefe. A mensagem chegou a Guilherme após ser retransmitida por duas ou três pessoas. E antes disso, ele já sabia o que estava acontecendo lá embaixo. Então, ao receber a ligação do responsável pelo hotel, ele não ficou muito surpreso. Na verdade, ele estava tão despreocupado que até mudou a posição das rosas na entrada, colocando-as na mesa de jantar onde poderiam ser facilmente vistas. Ele ainda teve o capricho de adicionar um pouco de água. A voz do responsável pelo hotel no fone de ouvido soava com uma preocupação sutil. Se a empresa estava indo bem ou mal, o chefe talvez não se importaria tanto, afinal, ele tinha negócios por toda parte e não dependia apenas dessa pequena receita. Mas a pessoa responsável por esse projeto não podia deixar de se preocupar, não só pelo sa
- Fale logo!Eduardo já estava com pouca paciência, e o gerente ainda estava paralisado de medo. Tremendo, o gerente respondeu:- Não é que eu não tenha visto a senhorita o dia todo. Ela estava aqui ontem à noite com...Esse jeito hesitante irritou não só Eduardo, mas também Alex, que estava perdendo a paciência.Sempre de pé atrás de Eduardo, Alex não pôde deixar de intervir, sua voz tão fria quanto o gelo:- O que está acontecendo? Fale logo de uma vez por todas.Eduardo acrescentou, sua voz mais suave, mas com um tom claramente ameaçador:- Se houver mais alguma questão, não nos importamos de discutir mais um pouco com você.O gerente estava preocupado porque sabia que a senhorita tinha um bom relacionamento com seu chefe, mas os dois à sua frente claramente estavam contra o chefe. Ele não sabia qual era a relação deles com a senhorita, mas ele sabia que a relação deles com o chefe definitivamente não era boa. Revelar a verdade poderia causar problemas desnecessários, então ele hesi
- Nós vamos embora desse jeito? - Perguntou Alex, ofegante. Do lado de fora do hotel, Alex seguia atrás de Eduardo. Seu rosto frio e austero não mostrava muitas emoções, mas seu tom de voz revelava irritação e impaciência. A pessoa que procuravam estava bem ali, mas não tinham sequer a chance de ver ela. Qualquer um no lugar deles se sentiria frustrado.Se Alex já estava assim, imagine Eduardo. Este último lançou um olhar para a embalagem que carregava nas mãos e, em seguida, olhou de relance para o hotel, com uma expressão gelada.- Se ele está aqui, não tem como fugir. Os Borges são loucos, mas não parecem ser do tipo que sairia no meio da noite. Orgulhosos e presunçosos, com certeza não fugiriam como covardes. - Respondeu Eduardo. Se Eduardo e Alex não tivessem vindo hoje, aquele louco provavelmente continuaria brincando até chegar a hora de partir para o exterior. Agora que chegaram, o confronto era inevitável. E, de acordo com a personalidade daquele lunático, ele seguiria s