A presença opressiva de Eduardo era tão intensa que o gerente não ousou dizer qualquer palavra de oposição. Depois de responder a Eduardo, o gerente rapidamente pegou o celular e se virou para ligar para o seu chefe. A mensagem chegou a Guilherme após ser retransmitida por duas ou três pessoas. E antes disso, ele já sabia o que estava acontecendo lá embaixo. Então, ao receber a ligação do responsável pelo hotel, ele não ficou muito surpreso. Na verdade, ele estava tão despreocupado que até mudou a posição das rosas na entrada, colocando-as na mesa de jantar onde poderiam ser facilmente vistas. Ele ainda teve o capricho de adicionar um pouco de água. A voz do responsável pelo hotel no fone de ouvido soava com uma preocupação sutil. Se a empresa estava indo bem ou mal, o chefe talvez não se importaria tanto, afinal, ele tinha negócios por toda parte e não dependia apenas dessa pequena receita. Mas a pessoa responsável por esse projeto não podia deixar de se preocupar, não só pelo sa
- Fale logo!Eduardo já estava com pouca paciência, e o gerente ainda estava paralisado de medo. Tremendo, o gerente respondeu:- Não é que eu não tenha visto a senhorita o dia todo. Ela estava aqui ontem à noite com...Esse jeito hesitante irritou não só Eduardo, mas também Alex, que estava perdendo a paciência.Sempre de pé atrás de Eduardo, Alex não pôde deixar de intervir, sua voz tão fria quanto o gelo:- O que está acontecendo? Fale logo de uma vez por todas.Eduardo acrescentou, sua voz mais suave, mas com um tom claramente ameaçador:- Se houver mais alguma questão, não nos importamos de discutir mais um pouco com você.O gerente estava preocupado porque sabia que a senhorita tinha um bom relacionamento com seu chefe, mas os dois à sua frente claramente estavam contra o chefe. Ele não sabia qual era a relação deles com a senhorita, mas ele sabia que a relação deles com o chefe definitivamente não era boa. Revelar a verdade poderia causar problemas desnecessários, então ele hesi
- Nós vamos embora desse jeito? - Perguntou Alex, ofegante. Do lado de fora do hotel, Alex seguia atrás de Eduardo. Seu rosto frio e austero não mostrava muitas emoções, mas seu tom de voz revelava irritação e impaciência. A pessoa que procuravam estava bem ali, mas não tinham sequer a chance de ver ela. Qualquer um no lugar deles se sentiria frustrado.Se Alex já estava assim, imagine Eduardo. Este último lançou um olhar para a embalagem que carregava nas mãos e, em seguida, olhou de relance para o hotel, com uma expressão gelada.- Se ele está aqui, não tem como fugir. Os Borges são loucos, mas não parecem ser do tipo que sairia no meio da noite. Orgulhosos e presunçosos, com certeza não fugiriam como covardes. - Respondeu Eduardo. Se Eduardo e Alex não tivessem vindo hoje, aquele louco provavelmente continuaria brincando até chegar a hora de partir para o exterior. Agora que chegaram, o confronto era inevitável. E, de acordo com a personalidade daquele lunático, ele seguiria s
Tatiana não conseguia entender, tão pouco decifrar Loh. Quando se tratava de proteger sua comida, ele nem sequer queria compartilhar uma pequena porção com os companheiros que via diariamente. No entanto, entregou facilmente a comida dela a um estranho. E havia aquela frase..."Srta. Taís."Se, durante o jantar, ela tivesse ouvido errado, ou se Severino tivesse cometido um erro ao falar, ou talvez ela estivesse com a audição ruim, a levando a ouvir "Srta. Taís" em vez de "Srta. Tatiana", seria uma coisa. Mas, há pouco, na porta, ela ouviu claramente Guilherme dizer ao funcionário que "Foi a Srta. Taís que fez isso."Ela não poderia ter ouvido errado duas vezes.O que Loh estava escondendo dela? E aquela comida, para quem ela seria entregue?Todos os segredos pareciam como o céu escuro da noite, encobrindo as estrelas, deixando apenas a lua visível. E então, a mente nos dizia que a noite tinha apenas a lua. Mas, quando todas as luzes da cidade se apagavam, se podia ver inúmeras estre
Tatiana podia ouvir claramente que não era o seu nome que estava sendo chamado, mas ainda assim se virou instintivamente.No momento em que se virou, aquela pessoa já estava diante dela, atravessando a multidão com um olhar cheio de preocupação.Até ele parar na sua frente, Tatiana não tinha certeza se aquela pessoa estava procurando por ela. Mas ela não era tola e, ao encontrar os olhos do homem cheios de emoções complexas, parou completamente.Pelo menos pela aparência, ele não parecia ser uma pessoa má. Na verdade, havia algo de familiar e acolhedor nele.- Olá, você está procurando por mim? - Perguntou Tatiana calmamente, enquanto a luz da manhã atravessava as árvores na beira da estrada, iluminando a testa do homem.A rua estava cheia de pessoas barulhentas, carros buzinando e gaivotas voando e cantando, mas Eduardo não ouvia nada disso.Era como se ele tivesse bloqueado todos os sons ao redor e não visse nada além do rosto familiar da irmã que ele mesmo havia trazido de volta par
- Então... - Hesitou Eduardo.Olhando para a garota à sua frente, visivelmente chateada, e chegou à sua conclusão com interesse. - A pessoa ao seu lado te disse que ele é Lorenzo? - Perguntou Eduardo. - E o que isso tem a ver com você? - Questionou Tatiana. Tatiana permaneceu em silêncio por dois segundos, lançando um olhar teimoso para ele. Ela tentou se soltar do aperto no pulso, mas sem sucesso, e só conseguiu levantar os olhos de forma ameaçadora.- Me solte agora! Eu ainda posso relevar isso, mas se continuar, vou chamar ajuda! - Murmurou Tatiana, com os olhos cheios de raiva. Eduardo teve vontade de rir.“Como essa garota, depois de um tempo fora, parece que perdeu um pouco da inteligência. Esse Guilherme...”Ao pensar que aquele louco esteve cuidando dela, Eduardo não conseguiu mais rir. Quem sabia o que aquele lunático imprevisível poderia fazer? Talvez sua irmã estivesse nessa condição por culpa dele.Eduardo trabalhava com produções cinematográficas e, enquanto estudava no
Eduardo levantou os olhos e a olhou de relance. A jovem ainda parecia um pouco confusa, olhando para seu próprio pulso de maneira desajeitada.- Se você quisesse fugir, não teria me seguido até o restaurante. - Disse Eduardo.Então ele suavizou a expressão e virou o cardápio para Tatiana. - Veja se tem algo que você queira comer, senão eu pedirei por você. - Afirmou Eduardo. Tatiana baixou os olhos por um momento. Ela realmente não era do tipo que gostava de escolher pratos, nem mesmo para o café da manhã.- Pode pedir você. - Disse Tatiana.Ela se sentou na cadeira, lançando um olhar casual ao redor do ambiente, antes de voltar a olhar para o rosto de Eduardo. Ele, por sua vez, não demonstrava nenhuma emoção extra, se mantendo tão despreocupado como sempre.- Então, vou pedir o de sempre. Se sobrar, Alê come. Ele deve chegar em dez minutos. - Comentou Eduardo. Após fazer o pedido pelo celular, Eduardo olhou para o relógio de pulso, pegou o celular novamente e não levantou mais a
Qual seria esse tipo de sentimento? - Perguntou Tatiana, confusa. Tatiana não sabia.Ela só sabia que, ao baixar os olhos novamente para o anúncio no celular, seu coração ainda estava incrivelmente chocado.Desde que Carolina voltou para a família Garrote, embora oficialmente ela ainda fosse a jovem senhora da família, muitos a chamavam de bastarda indesejada por trás.Até mesmo os pais da família Garrote já haviam dito isso sobre ela em segredo.Assim, era natural que, quando ficava sozinha, Tatiana não parasse de imaginar que era uma criança que os pais haviam perdido acidentalmente e que, mais cedo ou mais tarde, eles viriam buscar ela.E agora a verdade estava bem diante dela, ela realmente tinha parentes consanguíneos no mundo.Ou seja, ela tinha pai, mãe, irmãos e irmãs.Apesar do choque, o coração de Tatiana não experimentou outras emoções.Completamente diferente da emoção de encontrar parentes que ela havia imaginado, além da tempestade inicial em seu coração, ela rapidamente