Vinicius já sabia há muito tempo que a mulher que ele levou para casa não era fácil, era muito sedutora.Ele murmurou friamente, fechou os olhos e se recusou a olhar para os pequenos gestos intencionais dela.Quando o carro chegou à porta de casa, Mariane queria ir ao banco de trás para o ajudar, mas ele saiu do carro com firmeza.Entrando em casa, só Dona Josiane estava esperando por eles.Vinicius subiu as escadas, enquanto Mariane esperava no andar de baixo até que a sopa para curar a ressaca estivesse pronta.Dona Josiane estava bastante feliz, pois os dois estavam especialmente harmoniosos ultimamente.Mariane suspirou: "Esta vida de submissão..."Ela subiu as escadas com o remédio, entrou na suíte e, no quarto principal, Vinicius estava encostado na cabeceira da cama, se recuperando.- Beba o remédio antes de dormir.O homem abriu os olhos e a olhou friamente.Ele exalou um ar quente, a maçã do pescoço subindo e descendo, com a boca seca, mas não pegou o remédio dela.- O que voc
- Vinicius...Ela tentou se esquivar quando seus lábios eram bloqueados, mas ele a segurou pelo queixo com uma mão, a forçando a abrir a boca e aceitar sua respiração.Ele era brutal, moendo seus lábios, como se quisesse a devorar.Mariane não era inexperiente em assuntos amorosos e tinha seus instintos, mas essa provocação a causava um arrepio.Ela estava sóbria, completamente lúcida.Retirando a mão, ela empurrou com força o peito dele.Eles estavam divorciados e ele ainda pensava em dormir com ela.Que ela o desse prazer por uma noite e o que ela seria pela manhã?Ela estava procurando o apoio dele agora, mas não estava desesperada a ponto de se tornar sua amante, recusando até mesmo ser sua esposa.Determinada, ela abriu a boca para o morder, mas ele antecipou seu movimento e segurou suas bochechas.Ele apertou com tanta força que a machucou.O homem deu um leve grunhido, soltou seu rosto e, segurando seu queixo, a forçou a fechar a boca. Ele então enterrou o rosto em seu pescoço,
Mariane sentiu que, com aquele chute que acabara de dar, toda a frustração da noite se dissipou. Se não fosse a inoportunidade do momento, ela teria desejado dar uma gargalhada estrondosa. Com um resmungo, ela não quis ofender demais de uma só vez e planejou sair enrolada no cobertor.De repente, seu tornozelo foi agarrado pelo homem, que com um leve puxão, a fez cair. Ela gritou, caindo nos braços dele junto com o cobertor. As testas se chocaram e ela franziu a testa de dor. Vinicius, como se não sentisse dor alguma, passou a mão por trás da cabeça dela, a forçando a olhar nos olhos dele. Surpresa, Mariane não esperava que, após aquele chute, o desejo dele ainda não tivesse se dissipado.O queixo dela foi apertado e o olhar dele desceu para seus lábios vermelhos e cheios. - Está se achando corajosa, não é? - Ele zombou friamente, mordendo seus lábios com força, sem piedade. - Ah! - Mariane gritou de dor, surpresa, e no segundo seguinte, foi jogada para longe.Ela caiu sentada no chã
A questão do Jardim Paisagístico rapidamente se espalhou pelo círculo social no dia seguinte. Mariane, logo cedo ao descer as escadas, já ouviu duas empregadas falando sobre isso. Infelizmente, sem amigos nesse círculo, ela só podia se contentar com versões de rumores. Já de mau humor pela manhã, ela ainda tinha que ir trabalhar.Assim que chegou à galeria, o assistente do Sr. Emanuel já a esperava, pedindo que ela aguardasse um momento.- O que houve? - Perguntou Mariane.O assistente parecia embaraçado e, antes que pudesse falar, uma discussão ecoou do escritório.- Eu disse que fui apenas viajar! E agora, quando volto, já tem alguém ocupando meu lugar!Era a voz de uma mulher. Mariane tinha uma ideia do que estava acontecendo. Ela perguntou baixinho:- A pianista anterior?O assistente suspirou, assentindo, e disse em voz baixa:- Uma figura estranha. Quando chegou, era toda educada com todos. Depois, foi notada por um chefe de mais de cinquenta anos e começou a se achar superior, v
Sr. Emanuel estava irritado, mas ao ver aquelas flores, se esqueceu do aborrecimento e decidiu demitir Mariane primeiro.- Mariane...- Sr. Emanuel. - Um funcionário o interrompeu.Sr. Emanuel, um tanto descontente, perguntou:- O que foi?- Essas flores...- Traga para dentro. - Kelly bateu na mesa.O funcionário masculino, um tanto constrangido, olhou ao redor e fixou o olhar em Mariane, dizendo:- As flores são para a Srta. Mariane.Mariane ficou surpresa.Kelly, com uma expressão tensa, se levantou imediatamente.No segundo seguinte, estava prestes a fazer um comentário sarcástico para salvar a face.No entanto, antes que ela pudesse falar, o funcionário disse:- Foram enviadas pelo Sr. Lucas.Sr. Emanuel, que caminhava em direção ao seu escritório, se virou rapidamente ao ouvir isso:- Quem?- Sr. Lucas.Sr. Emanuel respirou fundo, surpreso.Kelly, ainda desinformada, tentou protestar, mas foi silenciada por um olhar intimidador de Sr. Emanuel.Mariane, ainda confusa, foi inundada
Kevin comeu um pãozinho, se virou e lançou um olhar para Vinicius.- Olhando sua expressão, você parece bem irritado.Vinicius, se lembrando do ocorrido na noite anterior, ficou com uma expressão ainda mais sombria.Kevin não estava ali para brincadeiras, ele queria sondar a situação.Lucas, aquele rapaz, já havia começado seu ataque e Kevin sentiu que, como irmão, pelo menos deveria alertar Vinicius para manter um olho mais atento em sua esposa.Ele cruzou os braços, se levantou e caminhou até a mesa de trabalho, batendo na superfície com as costas da mão.- Esse café da manhã foi comprado pela secretária?Vinicius não queria o dar atenção.Kevin girou os olhos e disse:- Sua esposa já não prepara mais o café da manhã para você?Vinicius olhou para ele como se olhasse para um idiota.Kevin fechou a mão em punho, tocou os lábios e tossiu levemente:- Saindo tão cedo ontem à noite, não aconteceu alguma coisa?Vinicius colocou a caneta que segurava de lado e olhou para ele sombriamente:
O velho senhor provavelmente também ouviu alguns rumores. Depois de falar sobre o contrato, ele rapidamente repreendeu Mariane:- Fique longe do Dimitri, não cause problemas e não envergonhe a família Giordano!Dizia ser por causa da honra, mas na verdade, temia perder Vinicius, sua mina de ouro.Mariane, sarcástica internamente, desligou o telefone.Ela não ousava esperar que Vinicius voltasse para casa com um pensamento de sorte. Caso não o encontrasse, isso traria mais problemas.Ligou para a galeria para pedir folga. Sr. Emanuel expressou sua preocupação calorosa ao telefone, emanando um carinho que a fez sentir um calafrio.Depois, apressada, foi buscar o contrato na família Giordano e só então voltou ao Jardim Rosário, pedindo à cozinha para preparar dois pratos e uma tigela de macarrão.O paladar de Vinicius era imprevisível, como seu temperamento.Ele comia de tudo, doce, picante, ácido. Mas, também podia não comer nada.Mariane, após três anos como Sra. Lopes, começou a entend
Às duas da tarde, Vinicius saiu da sala de reuniões e, ao passar pela secretaria, percebeu que todos estavam sentados rigidamente. Ele parou por alguns segundos e todos na sala levantaram a cabeça uniformemente, sorriram para ele e rapidamente baixaram a cabeça novamente. Ele bufou, já imaginando o que estava acontecendo.De volta ao seu escritório, como esperado, havia uma pessoa a mais lá. Ele colocou os documentos na mesa com força, desfez a gravata e acendeu um cigarro. Ao mesmo tempo, estendeu a mão que segurava o cigarro para pegar o telefone fixo:- Chamem duas pessoas aqui.Mariane inalou profundamente, largou o que estava fazendo e rapidamente pegou o telefone.- Não, não precisa chamar ninguém.Houve um longo silêncio do outro lado da linha.- Sr. Lopes?Vinicius, com o braço sendo segurado, desviou o olhar e encontrou os olhos suplicantes da mulher. Mariane, com um sorriso bajulador, disse:- Você deve estar com fome, não é? Eu preparei macarrão para você.Vinicius manteve a