Mariane não sabia quanto tempo tinha dormido. Quando abriu os olhos, o quarto estava escuro.Levou um tempo para ela perceber que estava no quarto dela e de Vinicius.A dor em seu corpo já não era tão intensa, ela estava deitada sob um edredom de seda, bastante confortável.Ela suspirou aliviada e estava prestes a mexer as pernas quando virou o rosto e viu o homem sentado no sofá, com os olhos levemente cerrados.Como ele estava ali?Ela estava prestes a se levantar quando sentiu um ar frio entrando em sua gola. Ao olhar para baixo, viu que a camisa estava larga e com apenas dois botões fechados.Ela soltou uma arfada de susto e rapidamente puxou o edredom para cima.Então, ela ergueu a cabeça e viu Vinicius abrindo os olhos preguiçosamente.Seus olhares se encontraram e ela limpou a garganta, perguntando:- Você trocou minhas roupas?Ele levantou um pouco as pálpebras. Após dias de trabalho intenso e falta de sono, ele estava um tanto irritado. Ele perguntou em resposta:- E quem mais
Vinicius, com o rosto sério, desviou o olhar e caminhou em direção à porta.Mariane ficou surpresa por ele não ter discutido com ela. Em um pensamento rápido, ela lembrou dos rumores de que ele tinha um filho com Luana.Então era óbvio ele sabia que não tinha nenhum problema. Essa ironia contrária aos fatos não o afetaria de forma alguma.Enquanto pensava nisso, Dona Josiane entrou segurando remédios, dizendo:- Senhora, tome o remédio primeiro.Mariane acabara de ficar irritada e ainda estava aborrecida por dentro. Ela deu uma olhada nos remédios e balançou a cabeça de cenho franzido, recusando:- Não vou tomar agora.- Você não vai tomar o remédio e quer desmaiar de novo? - A voz do homem soou irritada por trás.Mariane abriu a boca para responder, mas o homem a interrompeu:- Dona Josiane, faça com que ela tome à força.Mariane rangeu os dentes.Ela suspirou e pegou o remédio.Na caneca, era uma substância líquida escura. Na verdade, era um remédio fitoterápico.- O médico disse que
No quarto.Mariane tomou o remédio, se sentindo muito mais confortável e decidiu se levantar. Ela pediu a Dona Josiane para sair e trocou os lençóis da cama, depois voltou lentamente para a sala de descanso do closet.A casa estava silenciosa. Depois de um bom tempo, finalmente houve algum movimento do lado de fora.Ela presumiu que Vinicius havia voltado.Lá fora, Vinicius terminou a ligação e, com um rosto carregado de preocupação, voltou para o quarto. Seu olhar percorreu o ambiente e suas sobrancelhas se franziram ainda mais.Os lençóis foram trocados, o cobertor estava dobrado e havia apenas um travesseiro.Ele nem precisava pensar para saber que Mariane tinha ido dormir na sala de descanso do closet.Ela até dobrou o cobertor, como se estivesse em um hotel!Olhando para a cama vazia, ele ficou furioso, mas justamente nessa hora, seu celular vibrou algumas vezes.Ele recebeu cinco ou seis mensagens, incluindo prints de contas:“A partir de agora, eu vou cuidar da limpeza do quarto
- Daqui pra frente, vou cuidar das minhas roupas. E quanto ao Vinicius, você pode procurar uma confecção pronta para encomendar, só precisa fornecer as medidas dele. - Mariane disse casualmente, sem perceber as trocas de olhares entre os diversos empregados da casa.Depois de comer e beber o suficiente, Mariane se levantou calmamente, trocou de roupa por algo mais leve e saiu.O trabalho na galeria não era muito intenso, ocorrendo apenas três ou quatro dias por semana. Hoje era seu dia de folga, ela planejava ir ao hospital para acompanhar Gustavo.No entanto, assim que chegou ao hospital, ouviu barulhos da ala de internação e uma enfermeira gritando para chamar a polícia.Mariane se aproximou para entender a situação, mas antes que pudesse entender, alguém apontou para ela e gritou:- É ela! Ela é a irmã daquele rapaz!Com essas palavras, vários homens se aproximaram rapidamente, mas felizmente, havia muitos seguranças que conseguiram contê-los.Logo em seguida, a polícia chegou.Após
Grupo Lopes.A porta da sala de reuniões foi aberta e Vinicius saiu de lá, seguido pelos outros funcionários.Dario estava logo atrás, relatando a programação da tarde.Ao entrarem no escritório, Vinicius tirou o casaco e ouviu Dario perguntar cautelosamente:- O que o senhor vai comer no almoço hoje?Vinicius franziu o cenho e o encarou.Era necessário perguntar sobre algo tão trivial para ele?Dario empurrou seus óculos e sorriu, dizendo:- Hoje é dia 15.Vinicius se lembrou, todo dia 15, Mariane o incomodava a tarde toda e ainda insistia em trazer comida para ele no almoço.Dario pensou sobre o relacionamento entre o casal e achou que Mariane talvez não aparecesse hoje, mas não podia dizer isso diretamente, então ele só pôde dizer:- A senhora... Provavelmente vai vir... Certo?Vinicius não demostrou preocupação, jogou os botões de punho de sua camisa no sofá e seus lábios se moveram ligeiramente:- Quando ela não vem?Dario pensou: “Provavelmente, hoje não vai.”Seguindo o princípi
Que mané de "brincar de casinha"!Mariane estava extremamente irritada e queria dizer algo, mas ele já havia desligado o telefone.Ela ficou em pé na entrada do escritório de advocacia, com a cabeça latejando de raiva.Enquanto isso, na sala de reuniões do Grupo Lopes, Luana se aproximou de Vinicius com uma xícara de café e disse:- Vini, todos os documentos estão prontos, podemos começar.Vinicius sempre foi indiferente com ela, mas ao ouvir isso, ele olhou para cima e assentiu.Luana ficou feliz, todas as diferenças e incertezas desde que voltou ao país haviam desaparecido.Ela sabia que, desde que houvesse algo relacionado ao passado, algo relacionado àquela pessoa, a conexão entre eles sempre existiria.Quem era Mariane? Comparada com aquela pessoa, ela era insignificante.Luana suspirou de alívio, ergueu o queixo e voltou satisfeita para seu lugar, assumindo a postura de anfitriã, dizendo a Heitor:- Adv. Teles, podemos começar agora....Como não conseguia encontrar Heitor, Maria
A foto era bem antiga, dobrada ao meio e misturada com um monte de coisas inúteis. Mas dava para ver que era Mariane quando era adolescente. Ao abrir a outra metade dobrada, havia um jovem bonito e atraente.Dimitri sorriu e se endireitou, perguntando:- Não precisa mais dessa bolsa?Mariane bocejou preguiçosamente e disse:- É uma imitação de trezentos reais. Sr. Dimitri, se gostar, pode ficar com ela.Havia um monte de lixo antigo lá dentro, ela já estava pensando em se livrar disso há muito tempo.- Tudo bem, tudo bem. - Dimitri repetiu várias vezes e, assentindo com a cabeça, finalmente disse. - Mariane, você é interessante, vou me lembrar de você.Ora.Quem ele estava tentando assustar?Muitas pessoas se lembravam dela.Mariane fez algumas palavras diplomáticas e desligou diretamente.Ao pousar o celular, ela de repente percebeu o quão ocioso esse cara era para ter conseguido até o número dela.Considerando os rumores sobre Dimitri, ela não hesitou em bloquear o número dele, para
Mariane sempre manteve uma atitude distante e respeitosa com Luciana. Daiane era arrogante e autoritária, enquanto Luciana permanecia quieta como um abismo, o que a deixava desconfortável.Neste momento, Luciana apenas acenou levemente para ela e foi para o lado cortar frutas para a velhinha.A Sra. Hebe segurou sua mão e falou com ela, enquanto Luciana apenas interrompia ocasionalmente com algumas palavras.Estava escurecendo e Vinicius ainda não havia chegado. Mariane estava preocupada que a velhinha ficasse chateada e mencionou isso.Antes que ela pudesse terminar de falar, Sra. Hebe fez um gesto com a mão, dizendo:- Não se preocupe, Vini está ocupado. Não importa, vamos comer.Mal as palavras foram ditas, a porta do quarto se abriu.Daiane entrou com uma bandeja e disse sorrindo:- Realmente, a vovó mima muito o meu irmão mais velho. Se qualquer outra pessoa se atrevesse a perder uma refeição em família mesmo estando na capital, provavelmente levaria uma bela bronca.- Daiane! - L