Grupo Lopes.A porta da sala de reuniões foi aberta e Vinicius saiu de lá, seguido pelos outros funcionários.Dario estava logo atrás, relatando a programação da tarde.Ao entrarem no escritório, Vinicius tirou o casaco e ouviu Dario perguntar cautelosamente:- O que o senhor vai comer no almoço hoje?Vinicius franziu o cenho e o encarou.Era necessário perguntar sobre algo tão trivial para ele?Dario empurrou seus óculos e sorriu, dizendo:- Hoje é dia 15.Vinicius se lembrou, todo dia 15, Mariane o incomodava a tarde toda e ainda insistia em trazer comida para ele no almoço.Dario pensou sobre o relacionamento entre o casal e achou que Mariane talvez não aparecesse hoje, mas não podia dizer isso diretamente, então ele só pôde dizer:- A senhora... Provavelmente vai vir... Certo?Vinicius não demostrou preocupação, jogou os botões de punho de sua camisa no sofá e seus lábios se moveram ligeiramente:- Quando ela não vem?Dario pensou: “Provavelmente, hoje não vai.”Seguindo o princípi
Que mané de "brincar de casinha"!Mariane estava extremamente irritada e queria dizer algo, mas ele já havia desligado o telefone.Ela ficou em pé na entrada do escritório de advocacia, com a cabeça latejando de raiva.Enquanto isso, na sala de reuniões do Grupo Lopes, Luana se aproximou de Vinicius com uma xícara de café e disse:- Vini, todos os documentos estão prontos, podemos começar.Vinicius sempre foi indiferente com ela, mas ao ouvir isso, ele olhou para cima e assentiu.Luana ficou feliz, todas as diferenças e incertezas desde que voltou ao país haviam desaparecido.Ela sabia que, desde que houvesse algo relacionado ao passado, algo relacionado àquela pessoa, a conexão entre eles sempre existiria.Quem era Mariane? Comparada com aquela pessoa, ela era insignificante.Luana suspirou de alívio, ergueu o queixo e voltou satisfeita para seu lugar, assumindo a postura de anfitriã, dizendo a Heitor:- Adv. Teles, podemos começar agora....Como não conseguia encontrar Heitor, Maria
A foto era bem antiga, dobrada ao meio e misturada com um monte de coisas inúteis. Mas dava para ver que era Mariane quando era adolescente. Ao abrir a outra metade dobrada, havia um jovem bonito e atraente.Dimitri sorriu e se endireitou, perguntando:- Não precisa mais dessa bolsa?Mariane bocejou preguiçosamente e disse:- É uma imitação de trezentos reais. Sr. Dimitri, se gostar, pode ficar com ela.Havia um monte de lixo antigo lá dentro, ela já estava pensando em se livrar disso há muito tempo.- Tudo bem, tudo bem. - Dimitri repetiu várias vezes e, assentindo com a cabeça, finalmente disse. - Mariane, você é interessante, vou me lembrar de você.Ora.Quem ele estava tentando assustar?Muitas pessoas se lembravam dela.Mariane fez algumas palavras diplomáticas e desligou diretamente.Ao pousar o celular, ela de repente percebeu o quão ocioso esse cara era para ter conseguido até o número dela.Considerando os rumores sobre Dimitri, ela não hesitou em bloquear o número dele, para
Mariane sempre manteve uma atitude distante e respeitosa com Luciana. Daiane era arrogante e autoritária, enquanto Luciana permanecia quieta como um abismo, o que a deixava desconfortável.Neste momento, Luciana apenas acenou levemente para ela e foi para o lado cortar frutas para a velhinha.A Sra. Hebe segurou sua mão e falou com ela, enquanto Luciana apenas interrompia ocasionalmente com algumas palavras.Estava escurecendo e Vinicius ainda não havia chegado. Mariane estava preocupada que a velhinha ficasse chateada e mencionou isso.Antes que ela pudesse terminar de falar, Sra. Hebe fez um gesto com a mão, dizendo:- Não se preocupe, Vini está ocupado. Não importa, vamos comer.Mal as palavras foram ditas, a porta do quarto se abriu.Daiane entrou com uma bandeja e disse sorrindo:- Realmente, a vovó mima muito o meu irmão mais velho. Se qualquer outra pessoa se atrevesse a perder uma refeição em família mesmo estando na capital, provavelmente levaria uma bela bronca.- Daiane! - L
Mariane sorriu e disse:- Não consigo dormir, queria esperar o Vini, talvez ele apareça a qualquer momento.Luciana ficou momentaneamente sem palavras.Mariane deu uma olhada no pátio e viu apenas rostos desconhecidos. As tias que cuidavam da velhinha haviam desaparecido. Ela percebeu que não seria capaz de entrar e não quis forçar a entrada, se virando tranquilamente.Mas assim que virou o rosto, seu semblante ficou frio.Algo estava errado.Não era apenas imaginação dela, acontecimentos assim eram comuns nas famílias poderosas. Para garantir o controle dos bens, era comum controlar o patriarca ou matriarca da família que adoecia gravemente.A Sra. Hebe era idosa e tinha histórico de doença cardíaca, mas ainda detinha a maior parte das ações. Caso algo acontecesse, todas as ações tomadas antes de perder a consciência seriam extremamente importantes.Luciana não era uma pessoa simples. Ela estava no grupo havia muitos anos e já era diretora financeira. Além disso, tinha três filhos.Al
Ela pensou por um momento e disse calmamente:- Srta. Luana, estou gravando a conversa.Luana ficou sem palavras.- Você sabe o quanto Vinicius é obediente à avó dele. Tenha em mente que, se algo acontecer com ela, você sabe quais serão as consequências. Mesmo que ele esteja apaixonado por você, ele não vai te deixar escapar!Do outro lado, houve um longo silêncio.Depois de um tempo, a voz da mulher soou com uma mistura de insatisfação:- Espere um momento, vou chamar ele. Ele já está descansando, porque está muito cansado hoje.Mariane apertou o celular com força.A tensão era intensa, suas mãos estavam suadas, e ao ouvir aquelas palavras, sentiu um arrepio subindo por suas costas. Apenas se mantendo firme como um último nervo racional, ela conseguiu ignorar a tentativa de Luana de enojá-la.Havia ervas daninhas sob seus pés e ela ajustou sua posição desconfortável. Depois de passar por um sofrimento recente, agora, com essa bagunça toda de hoje, algumas partes de seu corpo começaram
O carro voltou para o sítio e, ao chegar ao portão, Mariane se apoiou na janela, exausta, observando atentamente a negociação entre as partes.No entanto, a tensão que ela imaginava não ocorreu, surpreendentemente o porteiro os deixou passar.Ela ficou desconfiada, um pouco duvidosa, questionando se estava sendo paranoica.Ao virar a cabeça, percebeu que Vinicius não demonstrava surpresa, como se já soubesse o que aconteceria.Seus sentimentos estavam confusos, desejando que a senhorinha estivesse bem, mas também temendo ter se intrometida demais.O carro entrou no sítio e seguiu diretamente até a porta da casa da Sra. Hebe, onde Luciana estava esperando.A porta do carro foi aberta e Mariane lutou para sair, mas o homem ficou ao lado da porta, olhou para ela e disse:- Volte para o seu quarto.Ele estava pedindo para ela se afastar?Mariane ponderou sobre isso, enquanto Vinicius já dava passos em direção ao pátio e Dario chamava duas empregadas para a ajudar a sair do carro.A mansão
Eram quase quatro da madrugada, Mariane se aconchegava no sofá, colocando de lado um ungüento para contusões, enquanto Vinicius, do outro lado, estava com um soro intravenoso e abaixava uma tigela de sopa para o estômago. Ambos ergueram a cabeça, se olhando fixamente.Ele franziu a testa, desviando o olhar, e ela torceu a boca, virando a cabeça.Silêncio.Após um longo tempo, Vinicius, de olhos fechados, falou sem emoção:- Desta vez, você fez bem.Mariane sentiu algo mexer dentro dela.Durante os três anos de casamento, foi a primeira vez que ele a elogiou e isso após o divórcio.Ela se sentiu um pouco triste, respondeu levemente e depois perguntou:- Sua avó está bem?- Estabilizou.Mariane assentiu, sem perguntar mais. Ela achava que a situação não era grave, que não havia grandes conflitos entre Vinicius e Luciana, provavelmente porque Luciana não havia realmente agido, mas apenas teve uma intenção errada ao se deparar com uma situação inesperada.- Ainda sabe ligar para mim, fico