E após vários tormentos, eis que a densa chuva passa novamente e novas soluções surgem a acalmar corações atormentados.
O dia se iniciara tranquilo, o vento frio adentrava o quarto o inundando com sua presença e nos acordando com o seu suave aroma de dia pós-amanhecido. Acordei lentamente me sentando na larga poltrona onde adormeci abraçado ao Andy.
Levantei-me delicadamente o acomodando na poltrona e segui pelo quarto, caminhando lentamente sem saber para onde ir. Até que parei no banheiro de frente para o espelho e ali paralisei sem conseguir mudar a direção do meu olhar.
Eu via claramente o reflexo de toda a destruição e horror em que minha face se encontrava, todas aquelas cicatrizes e marcas arroxeadas me tornavam uma aberração ambulante. Minha voz desapareceu diante de tamanho horror, e
Seguimos por grandes corredores em cor opaca e após passar por grandes portas em grades de ferro, chegamos a uma sala e com uma mesa dentro onde o advogado nos aguardava.— Bom dia, garotos! Sentem-se. — Ao contrário do policial, nosso advogado era extremamente educado.Nos sentamos a sua frente e ele começou a falar. Conversa vai e conversa vem e após muitas recomendações ele nos disse que poderíamos voltar pra casa agora mesmo. Meu coração falhara uma batida e imagino que o dos garotos fizera o mesmo. Senti a mão de Ryan passando pela minha perna e quando a peguei notei que estava extremamente gelada, ato que me assustou muito. Virei-me para ele no mesmo instante e sua face estava pálida, muito mais que o comum. Levantei-me no mesmo instante e me aproximei dele o abanando com as mãos.Pierce logo percebeu e
Meu coração falhara algumas batidas, senti meu rosto esquentar e o sorriso que cresceu no mesmo estava incontrolável. Levantei-me na cama em um pulo e abracei forte o Dr. Jon o agradecendo por me dispensar antes do previsto. Mas o susto que o Gry levou foi memorável, ele gritou meu nome assustado e ruborizado puxou-me de volta para o seu lado novamente.— Desculpe-nos por isso doutor! Lester nunca consegue controlar suas emoções. — Ao ouvir o Greg se desculpando com o doutor, eu só conseguia rir. Até o doutor riu da situação logo o acalmando.— Ah sem problemas quanto a isso. Já estou acostumado com esse temperamento dele, tanto que estranho ao cuidar do Lucian porque de uma forma ou de outra acabo esperando tal reação. — Após ouvi-lo, Gregory sorriu bem mais tranquilo e me abraçou pela cintura. &m
O caminho foi tranquilo, mas silencioso. Lucian estava mais do que estranho e ao notar isso Gregory me fitou apreensivo, mas nada disse. Deitei-me em seu ombro e ele me abraçou acariciando meus cabelos. Pela primeira vez, Lucian não havia se preocupado em verificar se eu estava usando o cinto de segurança ou algo mais, ele apenas encostou-se à janela do veículo e ficou a observar o nada. Ao perceber isso, Andy acariciou seu rosto e o puxou para deitar-se em seu ombro, ele nada disse, apenas ficou quieto acariciando a coxa de Andy devagar. E o silêncio pareceu aumentar. O táxi fora parando e ao levantar o rosto, notei que já estávamos na frente de casa. Gregory pagara ao taxista e saímos do carro sem pressa, porém, o silêncio nos perseguia.Andy destrancou a porta e a abriu, Lucian foi o primeiro a entrar, entrei logo após o Gry e segui o Lu com o olhar.<
— Mas lembre-se que logo elas desaparecerão. — E pela primeira vez vi um sorriso brotar em seu rosto. Fraco e bem discreto, mas foi o suficiente para fazer meu coração bater mais forte.Ele então deitou em minhas coxas, cheio de manha e com o olhar iluminado me fitou enquanto brincava com a minha mão.— Evans... Retire todos os espelhos dessa casa até que essas marcas horrendas desapareçam? — Pediu-me ele com a voz embargada de manha e os olhos a brilhar, conjunto capaz de impedir qualquer ser de lhe negar tal ato.— Mas é claro que tiro Lu. — Sorri ao lhe dizer e ele girou em meu colo agarrando a minha cintura.— Agora Andy, por favor, eu ainda posso senti-los a refletir tal horror. — De sua voz soava tanto pavor que fez com que meu coração falhasse uma batida.— Acalme-se meu anjo, vou removê-los agora mesmo. — F
Parei o beijo lentamente acariciando o rosto de Lucian, ele sorriu me fitando e deitou a cabeça em meu ombro acariciando o meu peito. O abracei e permaneci quieto apenas a acariciar os seus cabelos. Lucian suspirou e me apertou mais contra si. Me perdi em pensamentos e por um momento, pensei ter escutado o Lucian chorar, mas achei que ainda estava pensando. Até que senti a minha camisa colar em meu corpo aparentemente ensopada, assustei-me e despertei de meu transe já a me sentar com o Lucian ainda em meus braços, afastei seus cabelos de seus olhos e ele respirou fundo tentando se controlar, mas as lágrimas insistiam em escorrer de seus olhos, o abracei novamente e permaneci em silêncio. Tem horas que as palavras apenas atrapalham. O apertei mais contra o meu corpo e senti que ele enlaçara novamente as pernas em minha cintura. Beijei o seu pescoço delicadamente e me levantei com ele a voltar para casa.
O fim de nosso banho não demorou muito. Logo estávamos a sair do banheiro com as toalhas enroladas em nossa cintura. Lucian selou os meus lábios e terminou de se secar se vestindo logo em seguida. Fiz o mesmo e enquanto ele se secava, não pude deixar de notar os hematomas que havia espalhados em seu corpo. Marcas tão horrendas que eu jamais imaginei ver em alguém. Concentrei-me em me vestir antes que ele se lembrasse do grande número de marcas que ainda possuía em seu corpo alvo.Passei as mãos pelo meu cabelo e segui para o corredor, Lucian viera logo em seguida, mas logo Lester nos surpreendeu. Ele saltou nas costas de Lucian e o abraçou apertado.— Lu! Você está bem melhor, eu gosto de te ver melhor. — Não tivemos como não rir de toda essa bagunça que só o Les conseguia fazer.Se
Novos ares tornam pessoas deslumbrantes, ainda mais deslumbrantes.Abri os olhos lentamente e ainda meio desnorteado, notei estar em meu quarto. A brisa fria da madrugada adentrava ao quarto agitando as cortinas sem pressa. Oscar dormia tranquilo ao meu lado, como o anjo que ele não era. Sentei-me lentamente, com cuidado para não acordá-lo e segui para a janela. Segurei-me em seu parapeito e o vento bateu contra o meu rosto com força. Desequilibrei-me e cambaleei para trás, apoiando-me a uma cômoda que ali havia. Recuperei-me e logo voltei à janela, apoiei meu corpo sobre o parapeito e ao observar o céu nublado, me veio a memória cenas de tudo o que fizemos ao Lucian e quando lembrei-me de seu olhar repleto de dor e aflição, senti meu corpo tremer e logo os meus olhos transbordaram lágrimas, foi mais forte do que eu, não pude evitar.As lembranças vieram ainda mais fortes,
Enquanto o ouvia falar, senti que a minha raiva não havia passado, muito menos aumentado, então, por um momento eu agi sem pensar e quando dei por mim, percebi que eu havia voado no pescoço de Oscar, caído por cima dele e agora eu apertava a sua garganta sem medir as consequências, até que uma força interna me dominou e eu o beijei. Mantive os meus lábios pressionados aos dele e ele logo cedeu me permitindo aprofundar o beijo. Suas mãos percorriam pelo meu corpo o explorando por completo, minha pele arrepiava a cada toque seu. O beijei com lasciva e já a ficar sem ar, fui parando o beijo lentamente, empurrei-o e dei-lhe um forte tapa na face.— Eu te amo seu desgraçado! — Falei entre dentes e me levantei voltando para o interior da casa, deixei-o ali confuso a tentar entender o que havia acabado de acontecer.Desci as escadas e segui para