E quando menos esperamos, no momento em que as coisas realmente parecem estar prestes a se solucionarem, eis que um profundo sentimento vem à tona.
Após alguns minutos, reparei que Lester havia adormecido em meu peito, exatamente como eu queria. Sentei-me melhor na cama e afastei os cabelos de seu rosto, acariciando-o delicadamente. O garoto não se moveu quando o toquei, o que significa que ele dormia mais um de seus sonos pesados. Minhas mãos deslizavam pelo seu frágil corpo a procura de seu celular.
Vasculhei todos os seus bolsos, desde o do casaco até o de sua calça, até que o encontrei no lado esquerdo bem no fundo do bolso da frente. O peguei e logo procurei pelo número de Gregory. Achei sem dificuldades, estava identificado como Gry e ao efetuar a ligação surgiu no visor uma foto de Gregory sorrindo ao lado de Lester que o beijava a bochecha.<
Oscar então tornou a me agredir, só que dessa vez ele batia forte em minhas coxas, pernas e glúteos. Minha pele queimava intensamente e a única coisa que eu tinha em mente nesse momento, era o quanto eu estava aliviado por Lester ter ficado em casa e por eles terem deixado Andy no meio do caminho. Eu não suportaria vê-los fazendo mal aos meus garotos. E ao parar para pensar nessas criaturas que eu tanto amo, notei que eu havia me desligado do mundo real e o quão bom e perigoso era o poder da mente. Uma completa droga natural, mas foi ai que notei que essa droga natural podia falhar, no momento em que senti uma dor insuportável, dor que jamais senti na vida, pior do que tudo que se pode imaginar, tanto que nem reparei o quão alto eu berrava, apenas tive a sensação de que minha garganta rasgaria ou se soltaria de meu corpo. E quanto mais eu gritava, mais esse ato me surpreendia, porque eu n&atil
— Ouvi cada palavra que ele tinha a me dizer e quando ele terminou me levantei.— Obrigado doutor, irei agora mesmo quanto antes melhor, mas onde fica a delegacia? É que é a primeira vez que venho a América.— Ah! Bem que reparei no seu sotaque. De onde você é rapaz?— Eu sou da Rússia senhor.— Bem distante. Olha rapaz, meu plantão acaba em cinco minutos e posso te levar até a delegacia.— Ah, por favor. — O médico então se levantou e após arrumar alguns papéis, saímos sem pressa do hospital.Seguimos para o seu carro e poucos minutos após sair do hospital chegamos à delegacia. Agradeci a ele e quando saí do veículo o médico logo saiu também alegando me acompanhar ao
Há momentos em que achamos que o fim do mundo está onde nós estamos e com isso, tudo o que necessitamos é um forte abraço da pessoa amada. O único ato capaz de acalmar um coração atordoado.Acabei por adormecer ao lado de Lester enquanto acariciava sua mão e em meus sonhos eu via claramente seu lindo sorriso acompanhado do brilho em seus olhos, estava tão bom e aconchegante, me lembro de sorrir o tempo inteiro. Até que um distante “bip” começou a me afastar dos mais belos sonhos e a cada vez que isso se repetia mais alto o bip ficava, ato que já estava a me incomodar, afinal detesto ser interrompido em bons sonhos. E quando eu menos esperei, despertei assustado. Olhei em volta ainda a me acostumar com a claridade do local e o maldito ‘’bip’’ soava ainda mais alto. Meu coração falhara uma batida, olhei para os equipamentos que monitoravam
— Vamos vê-lo? — Me levantei em seguida e o acompanhei até o quarto de Lucian.— Aqui estamos. — Sorri ao dizer e notei um profundo brilho no olhar de Andy.Ele se aproximou rápido da cama e acariciou delicadamente a mão de Lucian. Encostei-me em uma mesa que havia dentro do quarto e os observei. Lucian acordara e com a voz ainda muito baixa, estava a falar com Andy. Ele estava fraco, mas mesmo com tudo isso ainda tinha muita força naquele corpo fragilizado. Me perdi em pensamentos e assustei-me com a porta a se abrir. Olhei para a mesma e meu coração falhara inúmeras batidas quando vi Lester na mesma.— LES! — Corri em sua direção e o apoiei. Ele caminhava meio cambaleante e estava muito ofegante. — Seu maluco, você não pode sair por ai assim. Venha vou levá-lo de volta.
— Eu... Eu sinto muito Andy. — Ele disse abaixando o olhar e eu me sentei ao seu lado o abraçando forte.— Não se preocupe Lu, vou ajudá-lo com isso. — Falei em um sussurro e lhe beijei os dedos da mão. O médico voltara para perto da cama com alguns remédios.— Bom Sr. Lanthier, esses remédios irão ajudá-lo a se recuperar e se seguir todas as recomendações logo voltará para casa. Bem, amanhã cedo o doutor Jon volta e ele quer vê-lo, dependendo do que ele disser poderá voltar amanhã mesmo. E quanto a você Sr. Lincihfiel, recomendo que volte para casa e leve contigo o Sr. Kravczyk já tem mais de quatro dias que esse rapaz não dorme direito, vocês precisam descansar. — Dito isso, o médico se retirou nos deixando a sós.&md
— Bom dia liubov’! — Sorri ao vê-lo acordado e com uma ótima aparência, já livre dos aparelhos.— Que bom vê-lo melhor Sr. Lanthier. — Disse o doutor ao se aproximar e examinar Lester.— Eu já posso ir embora Jon? — Perguntou ele fitando o médico.— Não, ainda terá de ficar em observação rapaz, mas logo você ficará bem e poderei liberá-lo também.Sorrimos ao ouvir o que o médico falava e Lester o ouvia atento já meio ansioso. Logo Jon nos deixou a sós no quarto. Lester estava animado, conversava e brincava com os garotos, nem parecia àquele frágil rapaz de ontem, aproximei-me dele e me sentei ao seu lado me metendo no assunto deles....Joguei-me na cama ent
E após vários tormentos, eis que a densa chuva passa novamente e novas soluções surgem a acalmar corações atormentados.O dia se iniciara tranquilo, o vento frio adentrava o quarto o inundando com sua presença e nos acordando com o seu suave aroma de dia pós-amanhecido. Acordei lentamente me sentando na larga poltrona onde adormeci abraçado ao Andy.Levantei-me delicadamente o acomodando na poltrona e segui pelo quarto, caminhando lentamente sem saber para onde ir. Até que parei no banheiro de frente para o espelho e ali paralisei sem conseguir mudar a direção do meu olhar.Eu via claramente o reflexo de toda a destruição e horror em que minha face se encontrava, todas aquelas cicatrizes e marcas arroxeadas me tornavam uma aberração ambulante. Minha voz desapareceu diante de tamanho horror, e
Seguimos por grandes corredores em cor opaca e após passar por grandes portas em grades de ferro, chegamos a uma sala e com uma mesa dentro onde o advogado nos aguardava.— Bom dia, garotos! Sentem-se. — Ao contrário do policial, nosso advogado era extremamente educado.Nos sentamos a sua frente e ele começou a falar. Conversa vai e conversa vem e após muitas recomendações ele nos disse que poderíamos voltar pra casa agora mesmo. Meu coração falhara uma batida e imagino que o dos garotos fizera o mesmo. Senti a mão de Ryan passando pela minha perna e quando a peguei notei que estava extremamente gelada, ato que me assustou muito. Virei-me para ele no mesmo instante e sua face estava pálida, muito mais que o comum. Levantei-me no mesmo instante e me aproximei dele o abanando com as mãos.Pierce logo percebeu e