— Ouvi cada palavra que ele tinha a me dizer e quando ele terminou me levantei.
— Obrigado doutor, irei agora mesmo quanto antes melhor, mas onde fica a delegacia? É que é a primeira vez que venho a América.
— Ah! Bem que reparei no seu sotaque. De onde você é rapaz?
— Eu sou da Rússia senhor.
— Bem distante. Olha rapaz, meu plantão acaba em cinco minutos e posso te levar até a delegacia.
— Ah, por favor. — O médico então se levantou e após arrumar alguns papéis, saímos sem pressa do hospital.
Seguimos para o seu carro e poucos minutos após sair do hospital chegamos à delegacia. Agradeci a ele e quando saí do veículo o médico logo saiu também alegando me acompanhar ao
Há momentos em que achamos que o fim do mundo está onde nós estamos e com isso, tudo o que necessitamos é um forte abraço da pessoa amada. O único ato capaz de acalmar um coração atordoado.Acabei por adormecer ao lado de Lester enquanto acariciava sua mão e em meus sonhos eu via claramente seu lindo sorriso acompanhado do brilho em seus olhos, estava tão bom e aconchegante, me lembro de sorrir o tempo inteiro. Até que um distante “bip” começou a me afastar dos mais belos sonhos e a cada vez que isso se repetia mais alto o bip ficava, ato que já estava a me incomodar, afinal detesto ser interrompido em bons sonhos. E quando eu menos esperei, despertei assustado. Olhei em volta ainda a me acostumar com a claridade do local e o maldito ‘’bip’’ soava ainda mais alto. Meu coração falhara uma batida, olhei para os equipamentos que monitoravam
— Vamos vê-lo? — Me levantei em seguida e o acompanhei até o quarto de Lucian.— Aqui estamos. — Sorri ao dizer e notei um profundo brilho no olhar de Andy.Ele se aproximou rápido da cama e acariciou delicadamente a mão de Lucian. Encostei-me em uma mesa que havia dentro do quarto e os observei. Lucian acordara e com a voz ainda muito baixa, estava a falar com Andy. Ele estava fraco, mas mesmo com tudo isso ainda tinha muita força naquele corpo fragilizado. Me perdi em pensamentos e assustei-me com a porta a se abrir. Olhei para a mesma e meu coração falhara inúmeras batidas quando vi Lester na mesma.— LES! — Corri em sua direção e o apoiei. Ele caminhava meio cambaleante e estava muito ofegante. — Seu maluco, você não pode sair por ai assim. Venha vou levá-lo de volta.
— Eu... Eu sinto muito Andy. — Ele disse abaixando o olhar e eu me sentei ao seu lado o abraçando forte.— Não se preocupe Lu, vou ajudá-lo com isso. — Falei em um sussurro e lhe beijei os dedos da mão. O médico voltara para perto da cama com alguns remédios.— Bom Sr. Lanthier, esses remédios irão ajudá-lo a se recuperar e se seguir todas as recomendações logo voltará para casa. Bem, amanhã cedo o doutor Jon volta e ele quer vê-lo, dependendo do que ele disser poderá voltar amanhã mesmo. E quanto a você Sr. Lincihfiel, recomendo que volte para casa e leve contigo o Sr. Kravczyk já tem mais de quatro dias que esse rapaz não dorme direito, vocês precisam descansar. — Dito isso, o médico se retirou nos deixando a sós.&md
— Bom dia liubov’! — Sorri ao vê-lo acordado e com uma ótima aparência, já livre dos aparelhos.— Que bom vê-lo melhor Sr. Lanthier. — Disse o doutor ao se aproximar e examinar Lester.— Eu já posso ir embora Jon? — Perguntou ele fitando o médico.— Não, ainda terá de ficar em observação rapaz, mas logo você ficará bem e poderei liberá-lo também.Sorrimos ao ouvir o que o médico falava e Lester o ouvia atento já meio ansioso. Logo Jon nos deixou a sós no quarto. Lester estava animado, conversava e brincava com os garotos, nem parecia àquele frágil rapaz de ontem, aproximei-me dele e me sentei ao seu lado me metendo no assunto deles....Joguei-me na cama ent
E após vários tormentos, eis que a densa chuva passa novamente e novas soluções surgem a acalmar corações atormentados.O dia se iniciara tranquilo, o vento frio adentrava o quarto o inundando com sua presença e nos acordando com o seu suave aroma de dia pós-amanhecido. Acordei lentamente me sentando na larga poltrona onde adormeci abraçado ao Andy.Levantei-me delicadamente o acomodando na poltrona e segui pelo quarto, caminhando lentamente sem saber para onde ir. Até que parei no banheiro de frente para o espelho e ali paralisei sem conseguir mudar a direção do meu olhar.Eu via claramente o reflexo de toda a destruição e horror em que minha face se encontrava, todas aquelas cicatrizes e marcas arroxeadas me tornavam uma aberração ambulante. Minha voz desapareceu diante de tamanho horror, e
Seguimos por grandes corredores em cor opaca e após passar por grandes portas em grades de ferro, chegamos a uma sala e com uma mesa dentro onde o advogado nos aguardava.— Bom dia, garotos! Sentem-se. — Ao contrário do policial, nosso advogado era extremamente educado.Nos sentamos a sua frente e ele começou a falar. Conversa vai e conversa vem e após muitas recomendações ele nos disse que poderíamos voltar pra casa agora mesmo. Meu coração falhara uma batida e imagino que o dos garotos fizera o mesmo. Senti a mão de Ryan passando pela minha perna e quando a peguei notei que estava extremamente gelada, ato que me assustou muito. Virei-me para ele no mesmo instante e sua face estava pálida, muito mais que o comum. Levantei-me no mesmo instante e me aproximei dele o abanando com as mãos.Pierce logo percebeu e
Meu coração falhara algumas batidas, senti meu rosto esquentar e o sorriso que cresceu no mesmo estava incontrolável. Levantei-me na cama em um pulo e abracei forte o Dr. Jon o agradecendo por me dispensar antes do previsto. Mas o susto que o Gry levou foi memorável, ele gritou meu nome assustado e ruborizado puxou-me de volta para o seu lado novamente.— Desculpe-nos por isso doutor! Lester nunca consegue controlar suas emoções. — Ao ouvir o Greg se desculpando com o doutor, eu só conseguia rir. Até o doutor riu da situação logo o acalmando.— Ah sem problemas quanto a isso. Já estou acostumado com esse temperamento dele, tanto que estranho ao cuidar do Lucian porque de uma forma ou de outra acabo esperando tal reação. — Após ouvi-lo, Gregory sorriu bem mais tranquilo e me abraçou pela cintura. &m
O caminho foi tranquilo, mas silencioso. Lucian estava mais do que estranho e ao notar isso Gregory me fitou apreensivo, mas nada disse. Deitei-me em seu ombro e ele me abraçou acariciando meus cabelos. Pela primeira vez, Lucian não havia se preocupado em verificar se eu estava usando o cinto de segurança ou algo mais, ele apenas encostou-se à janela do veículo e ficou a observar o nada. Ao perceber isso, Andy acariciou seu rosto e o puxou para deitar-se em seu ombro, ele nada disse, apenas ficou quieto acariciando a coxa de Andy devagar. E o silêncio pareceu aumentar. O táxi fora parando e ao levantar o rosto, notei que já estávamos na frente de casa. Gregory pagara ao taxista e saímos do carro sem pressa, porém, o silêncio nos perseguia.Andy destrancou a porta e a abriu, Lucian foi o primeiro a entrar, entrei logo após o Gry e segui o Lu com o olhar.<