Pierce calou-se, apenas me abraçou apertado e quando o mesmo escondeu o rosto em meu pescoço, notei que lágrimas também saiam de seus olhos. O abracei mais forte e respirei fundo me acalmando lentamente. Foquei a visão no local e meu coração falhou umas trezentas batidas, na real até me esqueci como é que ele batia.
— Não... Não pode ser real... — Tentei explicar melhor, mas minha voz não saia, minhas pernas tremiam e eu já estava a suar frio, eu simplesmente não conseguia me mover.
Pierce se desesperou e me apoiou me ajudando a chegar até um banco de concreto, me sentei ao sentir o material frio e Pierce se sentou ao meu lado tomando meu pulso.
— Oscar pelos Deuses Oscar, fale algo se puder cara. — Pierce estava assustado e angustiado, mas eu não conseguia pensar muito
— Oscar, rápido retire o aparelho do bolso dele com cuidado e deixe com o outro rapaz, não podemos ser encontrados pelo rastreador disso ai. — Me aproximei mais dos dois, removi o aparelho e levei até o outro garoto, puxei parte de sua camisa e joguei por cima do aparelho que tocava sem parar.— Cara, é o Lester a procura do irmão. — Cobri lentamente o celular escondendo a foto do garoto com cabelos tingidos, olhos azuis e um sorriso desenhado nos lábios que aparecia no visor.— Relaxa Oscar ele vai ficar bem, necessitamos dar um susto no Lucian ou ele jamais terá alguma noção do que é ter responsabilidade e bom senso. — Concordei e Pierce se pôs a caminhar na frente guiando Ryan, fui logo atrás os seguindo e cuidando para não sermos seguidos.Caminhamos pelo bosque por aproximad
O táxi partiu lentamente, segui para a varanda da casa, o que não ficava muito distante da pista. Fechei o guarda-chuva e o encostei a parede, toquei a companhia e de imediato ouvi um entre baixo vindo de dentro da casa, abri a porta com cuidado e entrei a procura do dono da voz, que por sinal me era muito familiar.— Olá?! Estou entrando, cadê você? — Perguntei enquanto vasculhava o local mal iluminado à procura do dono da voz.— Gregory?! — Um vulto se moveu no sofá me fitando assustado. — Que bom que está aqui, estou precisando de ajuda. — Andy estava muito aflito, sua voz transmitia medo e sua expressão era de dor ele tentou se levantar, mas quase caiu, ato que me assustou.— O que aconteceu Andy? Cadê os meninos? — Larguei minha mochila em uma poltrona e me aproximei dele o fitando ass
— Liubov’, como você já percebeu, não tenho boas notícias então tente manter a calma está bem? — Olhei em seus olhos a cada palavra dita e ele assentiu já sem palavras, ato que me assustava.— Gry, meine liebe, me ajude a enfrentar tudo isso, por favor? — Sua voz saiu baixa e já a ficar embargada pelo choro que se formava.— Sim meu bem, estarei contigo a todo o momento está bem? Não se preocupe. — Acariciei seu rosto ao dizer e Lester assentiu, portanto prossegui. — Bem, o que ocorreu hoje foi o seguinte, Andy e Lucian saíram essa tarde para um passeio e por não conseguirem te acordar, foram sem você, só que pouco depois de chegarem ao parque, uns caras atacaram os dois imobilizando-os com clorofórmio, horas mais tarde Andy despertou completamente sozinho no mesmo local e Luc
As coisas boas caminham de mãos dadas com as ruins, mas até na mais densa sombra, buscarei por ti.Acordei em um local desconhecido, abri os olhos lentamente e ao acostumar-me com a claridade, notei que se tratava de uma velha cabana. Olhei em volta e senti algo incomodar em minha boca, mexi a mandíbula e o pano que me impedia de gritar se moveu, continuei a mover os dentes e senti o pano partir-se lentamente, esse povo nem pra arrumar um pano descente serve. Sorri com meus pensamentos e após um tempo movendo os dentes senti o pano escorregar de meu rosto e cair sobre o sofá. Tornei a me mover e percebi que meus pulsos e calcanhares estavam amarrados com cordas, respirei fundo e encostei-me ao sofá entediado. O interior da cabana era repleto de fotos o que indicava ser a sede de algum acampamento para crianças escoteiras, as janelas e porta estavam bem conservadas e trancavam bem, o que prejudicava minhas futuras
— Algum problema Serg? — Sua voz sonolenta soou baixa, mas bem audível pelo quarto. Paul me fitava enquanto coçava lentamente seus lindos olhos azuis. Sorri para ele e me sentei em sua frente com o aparelho em mãos.— Não. Eu acho, é que recebi uma estranha mensagem de voz. Vamos ouvi-la, espero que não seja nada de grave ou idiota. — Sorri ao posicionar o aparelho na cama, Paul apenas assentiu fitando o aparelho. Ativei a opção viva voz e a mensagem se reproduziu." — Bom dia guys, bem imagino que já tenha amanhecido, mas, de qualquer forma, isso não interessa, porque, enviei está mensagem com o intuito de explicar meu último ímpeto. Bom, com relação à hora em que a mensagem foi enviada, já devo estar na América. Sim meus caros vocês ouviram bem, são exatame
— Lester! — Andy sorria com um brilho no olhar, um brilho que agora sim era real e não apenas um reflexo.— Como se sente meine engel? — Me sentei na beira da cama e acariciei sua face delicadamente lhe arrancando um sorriso.— Bem melhor agora que estás aqui comigo meu anjo. — Sua voz soava baixa e receosa, talvez ele achasse que eu ainda não soubesse do ocorrido.— Que bom sedução. Agora relaxe que eu já sei de tudo. — Sorrimos e ele se sentou melhor na cama.— Menos mal. Tudo bem contigo Les? — Andy me fitava com um olhar diferente, ali refletia insegurança ou seria medo? Não consegui identificar.— Sim, mas pode ficar ainda melhor. — Levantei-me e caminhei lentamente pelo quarto, sendo acompanhado pelo olhar de Andy.— O que quer dizer com isso Les? — A voz de Andy soou preocupada.— Sei
E quando menos esperamos, no momento em que as coisas realmente parecem estar prestes a se solucionarem, eis que um profundo sentimento vem à tona.Após alguns minutos, reparei que Lester havia adormecido em meu peito, exatamente como eu queria. Sentei-me melhor na cama e afastei os cabelos de seu rosto, acariciando-o delicadamente. O garoto não se moveu quando o toquei, o que significa que ele dormia mais um de seus sonos pesados. Minhas mãos deslizavam pelo seu frágil corpo a procura de seu celular.Vasculhei todos os seus bolsos, desde o do casaco até o de sua calça, até que o encontrei no lado esquerdo bem no fundo do bolso da frente. O peguei e logo procurei pelo número de Gregory. Achei sem dificuldades, estava identificado como Gry e ao efetuar a ligação surgiu no visor uma foto de Gregory sorrindo ao lado de Lester que o beijava a bochecha.<
Oscar então tornou a me agredir, só que dessa vez ele batia forte em minhas coxas, pernas e glúteos. Minha pele queimava intensamente e a única coisa que eu tinha em mente nesse momento, era o quanto eu estava aliviado por Lester ter ficado em casa e por eles terem deixado Andy no meio do caminho. Eu não suportaria vê-los fazendo mal aos meus garotos. E ao parar para pensar nessas criaturas que eu tanto amo, notei que eu havia me desligado do mundo real e o quão bom e perigoso era o poder da mente. Uma completa droga natural, mas foi ai que notei que essa droga natural podia falhar, no momento em que senti uma dor insuportável, dor que jamais senti na vida, pior do que tudo que se pode imaginar, tanto que nem reparei o quão alto eu berrava, apenas tive a sensação de que minha garganta rasgaria ou se soltaria de meu corpo. E quanto mais eu gritava, mais esse ato me surpreendia, porque eu n&atil